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Preferência pela segurança mantém juros portugueses em alta
As taxas de juro implícitas na dívida pública portuguesa estão a subir nas maturidades inferiores a sete anos, num dia em que os investidores procuram refúgio em activos relativamente mais seguros apesar da descida da taxa de desemprego em Portugal.
Os juros da dívida portuguesa mantiveram a tendência de subida na maior parte das emissões após a divulgação dos dados do Instituto Nacional de Estatística que dão conta da descida do desemprego durante o segundo trimestre.
A “yield” da dívida a dois anos avança 2,3 pontos base para 3,649% e chegou a acentuar a tendência de subida face ao nível em que se encontravam antes do anúncio do INE, segundo as taxas genéricas da Bloomberg para o mercado secundário de dívida. Já a emissão a cinco anos atenuou a subida para 0,01 pontos base, saldando-se em 5,847% a e taxa a 10 anos passou a estar inalterada nos 6,533%.
Os juros da dívida portuguesa estão em alta num dia em que os investidores estão a demonstrar alguma aversão ao risco, levando os índices accionistas da Europa a recuarem e os juros das economias periféricas a aumentarem.
O INE divulgou uma redução da taxa de desemprego de 1,3 pontos percentuais durante os três meses que terminaram a 31 de Julho, em que se saldou em 16,4% comparando favoravelmente com o primeiro trimestre do ano. Um dado que foi melhor do que esperado pelos economistas consultados pela Reuters.
Na Alemanha, os juros a 10 anos recuam para três pontos base para 1,67%, com os investidores a preferirem a segurança relativa das “bunds”. Em Espanha, a “yield” implícita na dívida com o mesmo prazo aumenta 1,2 pontos base para 4,579% e em Itália ascende na mesma medida (1,2 pontos base) para 4,267%.