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Moody’s corta rating do Japão em um nível
A agência de rating justifica a decisão com incertezas sobre a capacidade do Japão de atingir as metas de redução do défice e impulsionar o crescimento económico.
A agência de notação financeira Moody’s cortou o rating do Japão esta segunda-feira, 1 de Dezembro, uma decisão que representa um revés para o primeiro-ministro Shinzo Abe, um dia antes de dar início à sua campanha eleitoral focada na economia.
A Moody’s cortou o rating em um nível, de Aa3 para A1, o mesmo patamar de países como Bermuda, Israel e República Checa.
A agência de rating justifica a decisão com incertezas sobre a capacidade do Japão de atingir as metas de redução do défice e impulsionar o crescimento económico.
Segundo a Moody’s, há um risco crescente de uma subida dos juros da dívida nipónica, o que tornará mais difícil, para o país, gerir a sua dívida.
A Standard & Poor’s atribui um rating de AA- ao Japão, nível equivalente ao Aa3 que a Moody’s atribuía antes da redução. Já a Fitch coloca o Japão no patamar de A+, nível equivalente ao da Moody’s, após o corte.
Em meados de Novembro, o primeiro-ministro japonês anunciou a convocação de eleições antecipadas e o adiamento por 18 meses da subida da taxa do IVA. Shinzo Abe quer "dar voz ao povo" para que este se pronuncie sobre o actual plano de estímulo da economia.
A decisão de Abe convocar eleições surge depois de ter sido anunciado que o Japão entrou em recessão técnica no terceiro trimestre, após uma queda do produto interno bruto (PIB) entre Julho e Setembro que, segundo os economistas, está associada à subida da taxa de IVA no início deste ano.
O partido de Abe tem actualmente mais de 60% dos lugares na câmara baixa do Parlamento nipónico e com esta estratégia, pretende renovar o seu mandato até 2018 e avançar com o seu programa de estímulos económicos, que foi baptizado de "Abenomics".