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Juros da dívida portuguesa voltam a subir em todas as maturidades

A crise nos mercados emergentes está a levar os investidores a serem mais cautelosos e a abandonarem activos de maior risco. Portugal está a ser afectado por esta crise, através da subida dos juros da dívida e da forte queda do mercado bolsista.

29 de Janeiro de 2014 às 15:31
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A evolução dos juros no mercado secundário não está a ser significativa, mas a tendência é definida. Em países como Portugal, Espanha e Itália as taxas estão a subir. Já na Alemanha e em França a evolução é oposta.

 

A taxa de juro das obrigações portuguesas a dois anos está a subir 0,03 pontos base para 2,577%, a taxa a cinco anos está a avançar 4,1 pontos para 4,187% e a 10 anos o ganho é de 3,9 pontos para 5,145%. Entre os restantes países periféricos, a dimensão das subidas é semelhante.

 

Na Alemanha, as "bunds" estão também a registar quedas ligeiras, de cerca de três pontos, com excepção dos prazos a um e 10 anos, em que se observam subidas ligeiras.

 

A contribuir para esta evolução está a crise que se vive em alguns mercados emergentes, como a Argentina, a Turquia, a Ucrânia ou a África do Sul. Para tentarem controlar esta crise, vários bancos centrais decidiram nos últimos dias aumentar as respectivas taxas de juro de referência, caso da Turquia - que ontem mais do que duplicou o valor do dinheiro - e da África do Sul, que hoje anunciou uma subida da taxa de juro do país em meio ponto percentual, para 5,5%.

 

A reunião de hoje da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) está também a condicionar os ânimos entre os investidores. A redução do programa de compra de activos, sinalizado em Maio e iniciada há um mês, está a ser decisiva para desencobrir as fragilidades de alguns países emergentes.

 

Tudo indica que a Fed não vai travar a redução do programa de estímulos à economia e esta tarde deverá anunciar um novo corte no programa em 10 mil milhões de dólares para 65 mil milhões por mês.

 

Rob Carnell, economista-chefe do ING em Londres, diz que "a Reserva Federal não deverá sentir-se inibida na sua intenção de terminar o programa de compra de activos no calendário previsto".

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