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Juros da dívida portuguesa passam os 7,3% a 10 anos

As taxas de juro implícitas nas obrigações portuguesas acentuaram a tendência de ganhos e sobem, no prazo a 10 anos, mais de 10 pontos base para um valor acima dos 7,3%. A tendência de subida é partilhada por toda a Europa.

13 de Setembro de 2013 às 13:26
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As “yields” das obrigações portuguesas estão a subir em todos os prazos, mantendo-se acima dos 7% a 10 anos pelo sexto dia consecutivo. Neste prazo, a subida é de 10,6 pontos base para 7,338%, um máximo intra-diário de 16 de Julho deste ano. A dois anos, a subida desta sexta-feira é de 20,6 pontos base para 5,758%, tal como acontece no prazo a cinco anos, que regista também uma subida de 17,3 pontos base para 6,901%.

 

No resto da Europa a tendência é também de subida, com as taxas de juro a 10 anos em Espanha a subirem 1,3 pontos base para 4,477%, em Itália a avançarem 3 pontos base para 4,559%, e na Irlanda a valorizarem 1,2 pontos base para 4,029%.

 

Com subidas menos acentuadas estão as “yields” alemãs e francesas a 10 anos, que sobem, respectivamente, 0,3 e 0,5 pontos base para 2,003% e 2,561%.

 

Esta sexta-feira foi anunciado que o IGCP, Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, vai emitir uma linha de dívida a três meses e outra a 18 meses na próxima quarta-feira, em que o Estado pretende alcançar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros, um valor abaixo do objectivo inicial.

 

Também esta sexta-feira o Eurogrupo está reunido, na Lituânia, tendo-se manifestado contra a flexibilização das metas do défice para Portugal, defendida esta semana, na Assembleia República, pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, através do seu presidente, Jeroen Dijsselbloem e do comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn.

 

"Acho que é importante manter o que acordámos no âmbito do programa, incluindo também as metas do défice. Não acho que seja um bom sinal manter viva a discussão", afirmou Dijsselbloem, à chegada de uma reunião com os ministros das Finanças da Zona Euro, na capital lituana.

 

Olli Rehn alinhou com o presidente do Eurogrupo, considerando que o país deve cumprir aquilo que está acordado com a troika. “Relativamente à consolidação orçamental, é importante que o país mantenha os seus compromissos e metas", afirmou Olli Rehn.  

 

Quanto ao programa cautelar para Portugal, Olli Rehn considerou, numa resposta através de carta ao eurodeputado do PSD Nuno Teixeira, que o país tem "várias opções possíveis para uma fase pós-programa" de assistência, mas qualquer apoio no regresso aos mercados em 2014 obrigará a "condicionalidades", mantendo a supervisão da troika.

 

"Várias são as opções possíveis no que toca à fase pós-programa, embora seja prematuro avançar com um cenário e um esquema específicos, neste momento parece provável que Portugal possa solicitar algum tipo de apoio para facilitar o seu regresso aos mercados", refere o membro do executivo comunitário, que acrescenta que "a questão da melhor forma de assegurar uma saída harmoniosa de Portugal do actual programa foi longamente debatida entre as autoridades portuguesas e os seus parceiros internacionais".

 

"Ambos os tipos de programas implicam uma certa forma de condicionalidade que, no entanto, não seria muito diferente de uma mera supervisão pós-programa, que de qualquer forma será aplicável a Portugal em conformidade com o pacote duplo", faz notar o finlandês.

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