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Goldman Sachs quer deixar de ser só o banco dos ricos

A abertura às massas, com contas a custos reduzidos, insere-se na estratégia do gigante norte-americano de diversificar as fontes de financiamento.

25 de Abril de 2016 às 16:14
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O Goldman Sachs está a preparar o lançamento de uma conta bancária de custos reduzidos para chegar às massas, deixando para trás a sua identificação de ter apenas clientes com elevado património financeiro, revela o Financial Times. As novas contas "online" terão o custo de um dólar.

Durante os seus 150 anos de história, o gigante de Wall Street caracterizou-se por ser o banco dos mais ricos e poderosos. Mas os últimos anos têm trazido dificuldades ao sector financeiro, nomeadamente aos bancos de investimento que são confrontados com a elevada volatilidade e maior regulação. Uma tendência à qual o Goldman Sachs não escapa, tendo visto os lucros recuarem 60% no primeiro trimestre, segundo o Business Insider. E, na busca por novas fontes de financiamento, a instituição vira-se agora para as massas.

O Goldman Sachs lançou, na semana passada, uma plataforma –que herdou com a aquisição dos 16 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões de euros) de depósitos da GE Capital –, a GSBank.com. Através desta compra, concluída há uma semana, o banco captou cerca de 145 mil clientes de retalho. Além destes, no final de 2015, o Goldman Sachs tinha 98 mil milhões de dólares (87,3 mil milhões de euros) em depósitos, mais do que os 83 mil milhões de dólares (73,9 mil milhões de euros) que registava um ano antes. Mas quer mais.

Para isso, oferece uma taxa de juro anual de 1,05% num depósito aberto "online" e com um custo de um dólar. Uma remuneração que, segundo o Financial Times, supera a oferecida por bancos como o Citibank, JPMorgan ou Bank of America.

Devan Goldstein, especialista em banca da NerdWallet, explicou ao jornal britânico que a marca Goldman deverá ser suficiente para captar interesse pois "é sinónimo do sonho de riqueza na América". Já Jeffery Harte, analista na Sandler O’Neill, sublinhou ao mesmo jornal que esta abertura às massas não deverá, no entanto, ser suficiente para compensar as receitas de "trading" perdidas.
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