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Fitch sobe “rating” da Grécia

A agência de notação financeira elevou o “rating” da Grécia para “B-”, considerando que a economia helénica começa a dar sinais de reequilíbrio. As perspectivas são “estáveis”.

14 de Maio de 2013 às 17:58
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A agência de “rating” Fitch subiu a nota de notação financeira da Grécia em um nível, de “CCC” para “B-”, com uma perspectiva “estável”, devido ao reequilíbrio da economia grega, atingido através de claros progressos ao nível da eliminação do défice orçamental e corrente, e da desvalorização interna, justifica a Fitch.

 

A capacidade de recuperação ainda está em dúvida, porque o preço a pagar por estas melhorias reflectiu-se no desemprego galopante e na perda de produção. Ainda assim, o alívio na dívida pelo alargamento dos prazos levou a um sentimento económico em máximos dos últimos três anos em território helénico, retraindo a possibilidade de saída da Zona Euro, segundo um relatório da agência Fitch.

 

“O Programa de Ajuste Económico está no trilho da estabilidade social e política. O Governo actual manifestou muito mais vontade em cumprir o programa que os seus antecessores, comprometendo-se com a consolidação orçamental e mais reformas estruturais. Contudo, a recuperação económica ainda não é tangível, e a resistência às reformas ainda é elevada, sublinhando os riscos contínuos da sua implementação”, refere a Fitch no relatório divulgado esta terça-feira.

 

“O ajustamento orçamental primário grego superior a 9% do PIB em 2009-2012, e cerca de 16% de ajustamentos cíclicos”, tornaram a consolidação grega “a mais ambiciosa das economias mais avançadas. O défice corrente diminuiu de 10% do PIB em 2011 para 3% em 2012”, salienta. O programa revisto do FMI dá à Grécia mais dois anos (2015 e 2016) para atingir um excedente orçamental primário de 4,5% do PIB. Este relaxamento reflectiu-se nas expectativas da Fitch, que apontam para uma contracção de 4,3% em 2013 (-6,4% em 2012) e de uma fraca recuperação em 2014.

 

“As reformas estruturais são progressivas. O sistema financeiro estabilizou: 16 a 17 mil milhões de euros retomaram aos bancos desde meio de 2012, e a recapitalização está bem encaminhada”. Ainda este mês, ocorreu a primeira privatização desde o programa de ajustamento económico. Também 80% da competitividade perdida foi recuperada, e algumas reformas no mercado de trabalho foram levadas a cabo, acrescenta a agência.

 

Contudo, a Fitch alerta que as reformas que têm de ser implementadas na Grécia para melhorar o mercado interno produtivo “permanecem como o maior desafio”, sendo que o progresso nesta área vai determinar o sucesso do programa de ajustamento económico e uma recuperação sustentável, avisa.

 

A reestruturação da dívida pública e privada tornou o programa mais seguro e deverá moderar o aumento da dívida pública para cerca de 180% em 2013-2014. “A estabilidade da Zona Euro mantém-se, assim, intacta, sem riscos para a estabilidade financeira global que afectem a confiança dos investidores”, concluiu a agência no seu relatório.

 

(Notícia em actualização)

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