Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fed aponta subir juros para março e admite acelerar subidas se inflação não aliviar

As atas da reunião de janeiro mostram que o Comité da Fed está disposto a assumir uma posição mais agressiva caso a taxa de inflação se mantenha em níveis elevados.

O banco central, liderado por Jerome Powell, deverá subir a sua taxa diretora pela primeira vez na reunião de março.
Brendan Smialowski/Reuters
16 de Fevereiro de 2022 às 19:16
  • ...

A Reserva Federal norte-americana, liderada por Jerome Powell (na foto), anunciou na reunião que decorreu nos dias 25 e 26 de janeiro, que é "apropriado" começar a subir "em breve" os juros diretores, devido à persistente inflação acima dos 2% e à robustez do mercado laboral.

 

Segundo as atas da reunião, divulgadas esta quarta-feira, os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da Fed mostram que o banco central está pronto para avançar com a primeira subida de juros em março, para controlar a inflação, num momento em que a economia está próxima de uma situação de pleno emprego.

 

"A maioria dos participantes observou que, se a inflação não se mover como esperam, seria apropriado para o Comité remover a política acomodatícia a um ritmo mais rápido do que estão atualmente a antecipar", referem as atas do encontro de janeiro.

 

A expectativa de uma subida de juros em março já está amplamente descontada pelo mercado, com alguns especialistas a anteciparem a possibilidade da Fed decidir uma subida mais agressiva de 50 pontos base. Os investidores estão a descontar um agravamento de 150 pontos base nas taxas de juro em 2022, para travar a escalada da inflação.

 

A taxa de inflação nos Estados Unidos atingiu 7,5% em janeiro, máximos de quatro décadas, números que têm merecido a atenção dos membros do banco central.

 

"Os participantes observaram que as leituras recentes de inflação continuaram a exceder significativamente a meta de longo prazo do Comité e a inflação elevada persistiu por mais tempo do que o previsto, refletindo os desequilíbrios de oferta e procura relacionados com a pandemia e a reabertura da economia", aponta o documento.

 

Os membros do Comité da Fed realçam ainda que a "inflação elevada é um fardo para as famílias dos EUA".

 

Redução do programa para breve

 

As atas do encontro de janeiro mostram também que os membros do FOMC estão determinados em começar a reduzir o balanço de ativos em 2022. No encontro do mês passado, a Fed indicou que a compra de ativos termina em março e que começará a reduzir o seu balanço a partir do momento em que iniciar a subida dos juros.

 

"Um número de participantes (do FOMC) comentaram que as condições iriam provavelmente permitir começar a reduzir o tamanho do balanço algures este ano", referem as atas.

 

O documento mostra ainda que alguns membros da Fed são a favor de terminar as compras de ativos mais cedo, de modo a dar um sinal mais forte que o Comité está comprometido em controlar a inflação.

 

A Fed mantém um balanço de cerca de 9 biliões de dólares, em obrigações que comprou com os seus programas de compra de dívida ao longo dos últimos anos.

Ver comentários
Saber mais taxas de juro Fed atas política monetária FOMC Jerome Powell
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio