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Depósitos das famílias registam maior redução anual desde dezembro de 1980

A fuga das poupanças das famílias dos depósitos aconteceu pelo quinto mês consecutivo em maio, com uma descida de 800 milhões de euros face a abril - o maior recuo homólogo desde o início da série do Banco de Portugal.

Os juros dos depósitos caíram pelo segundo mês consecutivo, tendo atingido       os 0,05% em setembro, segundo dados do Banco de Portugal.
Tiago Sousa Dias
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As poupanças das famílias guardadas nos depósitos dos bancos caem há cinco meses consecutivos. Em maio, o "stock" de depósitos de particulares totalizava 173,7 mil milhões de euros, menos 800 milhões de euros do que no final de abril, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

A elevada recorde por certificados de aforro, juntamente com uma baixa remuneração dos depósitos tem levado a uma redução do montante parado nos bancos.

Relativamente a maio de 2022, os depósitos de particulares nos bancos residentes decresceram 2,7%. "Trata-se da maior descida relativamente a um mês homólogo registada na série publicada (desde dezembro de 1980)", destaca o BdP.


No que diz respeito às empresas, no final de maio, o "stock" de depósitos nos bancos residentes era de 64,3 mil milhões de euros, menos 1,2 mil milhões de euros do que em abril, descendo pelo quarto mês consecutivo. Estes depósitos cresceram 1,5% em relação a maio de 2022 (1,8% em abril).

Crédito à habitação desacelera há 10 meses

No final de maio deste ano, o montante total de empréstimos para habitação era de 99,5 mil milhões de euros, menos 100 milhões do que no final de abril. "A taxa de variação anual destes empréstimos desacelerou pelo décimo mês consecutivo, passando de 4,8% em julho de 2022 para 0,9% em maio de 2023.", explica o BdP.

Por seu turno, os empréstimos ao consumo totalizavam 20,8 mil milhões de euros, o que reflete um crescimento de 4,4% em relação a maio do ano passado.

No final de maio, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas foi de 73,9 mil milhões de euros, menos 200 milhões de euros do que em abril.

O montante de empréstimos decresceu 2,3%, quando comparado com o mesmo mês de 2022. "Esta redução foi expressiva em todas as dimensões de empresas (exceto nas microempresas), e nos setores da eletricidade, gás e água, do alojamento e restauração e das indústrias transformadoras", destaca o BdP.

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