Notícia
Juros dos depósitos vão continuar a subir, garante Mário Centeno
Mário Centeno recusou a tese de que os bancos portugueses estão a ser muito lentos a subir a taxa de juro que oferecem pelos depósitos.
29 de Junho de 2023 às 08:03
Os juros dos depósitos vão continuar a subir nos próximos tempos, disse o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, acentuando que "há margem" para isso acontecer.
Falando no programa 'Grande Entrevista', da RTP, transmitido na noite desta quarta-feira, Mário Centeno mostrou-se convicto de "que as taxas de juros dos depósitos vão continuar a subir nos próximos tempos", havendo "margem para isso acontecer e deve acontecer".
Mário Centeno recusou, contudo, a tese de que os bancos portugueses estão a ser muito lentos a subir a taxa de juro que oferecem pelos depósitos, referindo que a remuneração dos juros dos depósitos já aumentou 91%.
O supervisor do sistema bancário referiu ainda, a propósito das comparações com outros países europeus sobre as taxas de juro dos depósitos, que quando as taxas de juro estiveram negativas para os créditos, em Portugal as dos depósitos nunca foram negativas, ao contrário do que sucedeu noutros países europeus.
Essa situação, disse, fez com que os bancos portugueses tivessem registado, durante a era dos juros negativos, as margens financeiras mais baixas - o que se deveu ao facto de por cá a maioria dos créditos estar indexado a taxa variável.
Durante a entrevista, Mário Centeno disse ainda que o processo de apoios à banca visou sempre e teve sempre por objetivo principal proteger as poupanças dos cidadãos e a confiança no sistema financeiro.
Falando no programa 'Grande Entrevista', da RTP, transmitido na noite desta quarta-feira, Mário Centeno mostrou-se convicto de "que as taxas de juros dos depósitos vão continuar a subir nos próximos tempos", havendo "margem para isso acontecer e deve acontecer".
O supervisor do sistema bancário referiu ainda, a propósito das comparações com outros países europeus sobre as taxas de juro dos depósitos, que quando as taxas de juro estiveram negativas para os créditos, em Portugal as dos depósitos nunca foram negativas, ao contrário do que sucedeu noutros países europeus.
Essa situação, disse, fez com que os bancos portugueses tivessem registado, durante a era dos juros negativos, as margens financeiras mais baixas - o que se deveu ao facto de por cá a maioria dos créditos estar indexado a taxa variável.
Durante a entrevista, Mário Centeno disse ainda que o processo de apoios à banca visou sempre e teve sempre por objetivo principal proteger as poupanças dos cidadãos e a confiança no sistema financeiro.