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DBRS coloca "rating" da Grécia sob revisão com implicações negativas

O actual impasse nas negociações para um possível acordo entre o Governo de Alexis Tsipras e as instituições europeias levou à decisão da DBRS. Isto porque, explica a agência de notação financeira, está em causa a capacidade de a Grécia cumprir com as suas necessidades de financiamento.

Bloomberg
05 de Fevereiro de 2015 às 13:45
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A DBRS colocou na madrugada desta quinta-feira, 5 de Fevereiro, o "rating" para a Grécia sob revisão com implicações negativas. A agência de notação financeira justifica a decisão com a mudança no Governo helénico e o impasse em relação a um possível acordo com as autoridades internacionais. Algo que, salienta, põe em causa a capacidade do país em cumprir com os seus compromissos creditícios.

 

"A próxima revisão agendada para a avaliação à Grécia é dia 12 de Junho", salienta o comunicado emitido pela DBRS. Mas a agência de notação financeira justifica que "o desvio foi causado pelas crescentes preocupações da DBRS acerca da potencial deterioração da solvabilidade da Grécia, como resultado das acções do novo Governo grego, após as eleições gerais de 25 de Janeiro".

 

A instituição destaca a importância da "assistência financeira da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional". "Aumentou a incerteza sobre se o novo Governo grego chegará a acordo com a troika, sobre a extensão do actual programa de assistência financeira, ou sobre a criação de um novo programa", diz em comunicado, o que levou "a um maior receio da DBRS acerca da capacidade de a Grécia cumprir com as suas necessidades de financiamento".

 

"Isto deve-se às propostas do novo Governo para reformular os termos do ajustamento orçamental e reestruturar a dívida", explica a instituição. Intenções que, diz, mereceram respostas "pouco encorajadoras, no que toca à probabilidade de alcançar um acordo acerca de um novo programa".

 

A DBRS detalha que a revisão do "rating" para a Grécia, actualmente em "B", terá em conta o progresso das negociações com a troika e "o acesso dos bancos helénicos aos instrumentos de financiamento do BCE". Mas as propostas do novo Governo, liderado por Alexis Tsipras, que visam "a reestruturação da dívida pública, o ajustamento financeiro, bem como o ímpeto à actividade económica e emprego", também estarão em causa.

 

Por fim, a agência de notação financeira analisará "as condições do mercado financeiro, incluindo os depósitos dos bancos e os 'spreads' das obrigações gregas". A DBRS esclarece que as revisões de "rating", por norma, são concluídas no espaço de três meses.

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