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BCE mantém juros da Zona Euro pela quinta vez consecutiva, mas já admite cortes

Como esperado, o Banco Central Europeu não mexeu nas taxas de juro. Mas se o rumo descendente da inflação se mantiver, considera "adequado reduzir o atual nível de restritividade da política monetária".

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O Banco Central Europeu (BCE) voltou a decidir manter as três taxas de juro diretoras da Zona Euro inalteradas, após a reunião desta quinta-feira e conforme o que já era esperado pelo mercado, de acordo com o comunicado publicado pela autoridade monetária.

Esta é a quinta pausa consecutiva no ciclo de subidas que dura desde julho de 2022 e no qual foram concretizados 10 aumentos, num total de 450 pontos base, para tentar domar a inflação na região.

A taxa de depósitos mantém-se, assim, no máximo de sempre de 4%, a aplicável às operações principais de refinanciamento em 4,5% e a de cedência de liquidez em 4,75%.

No comunicado, o BCE diz que "não se compromete previamente com uma trajetória particular para as taxas" e que vai manter-se "dependente dos dados" da inflação, numa abordagem "reunião a reunião para determinar o nível e duração apropriados" da atual política restritiva.

O BCE mantém-se comprometido com a meta dos 2% para a inflação, considerando que as taxas atuais "estão a dar um contributo substancial para o contínuo processo de desinflação". "As decisões futuras do Conselho vão garantir que as taxas de referência permanecem em terreno restritivo enquanto for necessário", afirma o banco central.

Apesar destas ressalvas, a instituição liderada por Christine Lagarde reconhece que a inflação tem descido e, por isso, admite uma redução das taxas de juro diretoras: "Se a avaliação atualizada das perspetivas de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária resultarem num aumento de confiança de que a inflação está a convergir para a meta de forma sustentada, será adequado reduzir o atual nível de restritividade da política monetária".

 

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