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TAP conclui emissão de 375 milhões com forte procura

A forte procura por parte de várias dezenas de fundos europeus permitiu à TAP aumentar o valor da emissão que realizou esta sexta-feira no mercado internacional, bem como reduzir ligeiramente a taxa de juro exigida pelos investidores.

22 de Novembro de 2019 às 17:16
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A TAP fechou esta sexta-feira a sua primeira emissão de obrigações junto de investidores institucionais, tendo captado uma procura robusta que permitiu à companhia aérea nacional colocar mais do que o previsto e baixar ligeiramente o custo de financiamento face ao registado no início da operação.

 

O Negócios apurou junto de fontes de mercado que o livro de ordens foi coberto várias vezes face à oferta inicial de 300 milhões de euros, sendo que as ordens de compra foram emitidas por parte de várias dezenas de fundos europeus, entre os mais de 100 investidores que a TAP contactou no "road show" que realizou em várias capitais europeias nos últimos dias.

 

As obrigações a cinco anos (maturidade em 2024) que a TAP colocou hoje no mercado apresentam uma rendibilidade ("yield") de 5,75% (inferior aos 5,875% iniciais) para uma emissão de 375 milhões de euros (mais 75 milhões do que o valor inicial). A taxa de cupão (juro que é pago periodicamente) foi fixada em 5,625%.

 

O Negócios apurou que a emissão obteve uma boa recetividade no mercado e que a empresa ficou agradada com os resultados, pois conseguiu cumprir um dos principais objetivos de alongar a maturidade da dívida, a um preço que é similar aos seus custos de financiamento e que compara de forma favorável com as emissões realizadas por empresas comparáveis nos últimos dias.

 

A Virgin Australia emitiu no final do mês passado 325 milhões de dólares em obrigações denominadas em dólares, que pagaram uma taxa equivalente em euros de 6,25%. Fora do setor das companhias de aviação, mas com um rating comparável à TAP, a Jaguar Land Rover emitiu ontem 500 milhões de euros em obrigações com uma "yield" de 5,875%.

 

No prospeto da operação, a TAP assinala que um dos objetivos da emissão passava por refinanciar dívida existente e estender a sua maturidade média. Com a colocação destas obrigações a cinco anos, a TAP tem agora a sua dívida com uma maturidade média acima de 5 anos. Antes estava em quatro anos e num passado não muito recente o prazo era bem inferior.

 

Num comunicado emitido esta sexta-feira na CMVM, a dar conta do fecho da operação, a TAP reforça que "As receitas resultantes da oferta destinar-se-ão à antecipação do reembolso de determinados empréstimos no âmbito do passivo existente da TAP e extensão do respetivo prazo médio de maturidade; ao pagamento de comissões e despesas relacionadas com a oferta das Obrigações e para financiar as necessidades decorrentes da atividade normal da sociedade".

 

Para avançar com a emissão, a TAP solicitou rating das agências de notação financeira. A Standard & Poor’s atribuiu um "rating" inicial de "BB-" à empresa de transporte aéreo portuguesa, o que se situa no terceiro patamar do nível considerado "lixo".

  

Já a Moody’s atribui uma notação de B2, classificação corresponde ao quinto nível do chamado "lixo" – sendo, pois, considerado um investimento especulativo (por oposição ao investimento de qualidade).

 

O Morgan Stanley, o Citi e o JPMorgan foram os bancos responsáveis pela operação concluída esta sexta-feira.    

 

Nas operações de financiamento, a TAP fez recentemente uma emissão de obrigações no retalho em Portugal e tem como objetivo dispersar capital em bolsa, embora ainda sem data prevista.

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