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"Rating" de Portugal fora do "lixo" na primeira avaliação da ARC

A ARC Rating, empresa de notação financeira que resultou da fusão da portuguesa CPR com outras quatro companhias, atribuiu um "rating" de BBB- a Portugal, citando a recuperação da economia e a estabilidade política.

04 de Maio de 2015 às 10:36
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A ARC Ratings, na primeira avaliação que faz a Portugal, classificou a dívida portuguesa com uma notação financeira de "BBB-", o que representa o primeiro nível acima da categoria de "lixo". O "outlook" é estável.


Numa nota publicada no dia 1 de Maio, a ARC cita sete factores para justificar o "rating" atribuído a Portugal: a estabilização da economia depois da crise; uma recuperação económica mais apoiada nas exportações; estabilidade política e continuidade de políticas entre os partidos do arco da governação; gestão proactiva que limita os riscos associados à elevada dívida pública (130% do PIB); queda do desemprego; programa de compra de dívida pública por parte do Banco Central Europeu e a integração na Zona Euro.

A agência lista também os factores de risco que Portugal enfrente actualmente, destacando-se o histórico de fraco crescimento económico; a falta de competitividade da economia; o montante elevado da dívida pública; a elevada alavancagem da economia e os riscos de contágio associados a uma possível saída da Grécia do euro.

A ARC estima que a economia portuguesa registe um crescimento de médio entre 1,5% e 2% no médio prazo e que a dívida pública registe uma descida "muito moderada" face ao actual nível de 130% do PIB.

Como factores positivos para Portugal a ARC cita ainda o "regresso da confiança dos investidores", a melhoria da posição externa e a estabilidade no sector financeiro.

Uma revisão em alta do rating de Portugal poderá acontecer caso ocorra uma "forte melhoria da competitividade da economia real", o que representaria uma "transformação estrutural" da economia. Em sentido inverso, o "rating" poderá ser cortado caso ocorra um cenário de deflação e sejam aplicadas políticas fracturantes.

As três grandes agências de notação financeira (Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s) classificam a dívida de Portugal no nível de "lixo".

 

A ARC Ratings, que tem sede em Lisboa, resulta da união da Companhia Portuguesa de Rating (CPR) com a indiana Credit Analysis and Research Limited (CARE), a Global Credit Rating Company Limited (GCR) da África do Sul, a Malaysian Rating Corporation Berhad (MARC) e a brasileira SR Rating. A união ocorreu em 2014.

 

A CPR era detida a 100% pela SAER (Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco). Agora é detida 100% por uma "holding" onde existem cinco accionistas dos quais um deles é a SAER e os outros quatro são as outras agências de "rating".

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