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Portugal paga 1,55% para emitir 1.000 milhões em obrigações a seis anos

O IGCP optou por colocar o montante máximo indicativo para o leilão de obrigações, tendo pago uma taxa de juro de 1,5529%.

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Maio de 2015 às 10:37
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Portugal vendeu 1.000 milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) a seis anos. Um leilão no qual a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) conseguiu pagar uma taxa de juro de 1,5529%. A procura pela operação ascendeu a 1,72 vezes a oferta.

 

O instituto liderado por Cristina Casalinho optou, assim, pelo montante máximo indicado para esta operação, aquando do anúncio na passada sexta-feira, 22 de Maio. Desta forma, a linha de obrigações em causa (OT 3,85% 15Abr2021) tem agora um montante total de 9,46 mil milhões de euros.

 

Já a taxa de juro de 1,5529%, à qual o IGCP colocou as obrigações, ficou abaixo do registado no mercado secundário. É que na sessão desta quarta-feira, 27 de Maio, a "yield" das OT a seis anos sobe 5,2 pontos base para 1,577%.

 

A procura dos investidores por esta operação ascendeu a 1.722 milhões de euros. Ou seja, a procura ultrapassou a oferta em 1,72 vezes.

 

A última vez que o IGCP colocou títulos com o mesmo prazo foi em 2010, no auge da crise das dívidas soberanas, tendo pago 6,156% por apenas 556 milhões de euros. Contudo, o Portugal vendeu em 2014 títulos com maturidade a cinco anos. Na altura, pagou 1,8563% para vendeu 1.000 milhões em obrigações.

 

"Não há surpresas, a taxa saiu em linha com o que está a ser feito no mercado secundário", aponta Filipe Silva. O director de gestão de activos do Banco Carregosa nota que "continuamos a ver descer o custo médio da dívida portuguesa, com sucessivas colocações com taxas abaixo da média da nossa dívida o que, a prazo, há-de ter um efeito positivo".

 

Esta é já a sétima operação com obrigações do Tesouro que o IGCP realiza este ano. A 29 de Abril, o instituto liderado por Cristina Casalinho vendeu 2.500 milhões, numa dupla emissão sindicada de OT a 10 e 30 anos. Ainda nesse mês, Portugal foi ao mercado realizar uma troca de títulos de curto prazo por outros com maturidades mais curtas.

 

Isto depois de ter vendido obrigações a 10 anos em Fevereiro, em dois leilões distintos. Mas foi em meados do primeiro mês do ano que o IGCP realizou a operação mais significativa. Também num duplo leilão de OT a 10 e 30 anos, o instituto liderado por Cristina Casalinho angariou 5.500 milhões de euros. Tudo somado, Portugal já conseguiu em 2015, em termos líquidos, 16,2 mil milhões de euros.

 

(Notícia actualizada às 11h02, com mais informação)

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