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Nova dívida emitida por Portugal em 2022 já custa 1,4%

A taxa de juro média a que Portugal se financiou nos mercados, entre o início do ano e setembro, subiu para 1,4%. Ao longo do ano passado, este montante estava em 0,6%.

Miguel Martín é, desde o início de setembro, o novo presidente do IGCP, que tem de navegar a subida de juros no mercado de dívida pública.
D.R.
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O custo da emissão de nova dívida emitida por Portugal tem vindo a agravar ao longo deste ano. Os encargos para o país alinham com a tendência internacional no mercado obrigacionista, que se ajusta à escalada da inflação e à subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE).

A taxa de juro média a que Portugal se financiou nos mercados, entre o início do ano e setembro, subiu para 1,4%. Até ao mês passado este valor ficava em 1,3%, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo IGCP - Agência de Gestão de Tesouraria e Dívida Pública.

É um aumento ainda maior quando comparado com 2021, ano em que Portugal se financiou, em média, com uma taxa de juro de 0,6%, ou com os 0,5% registados em 2020 - a mais baixa de sempre para o país. Já o custo do "stock" de dívida - que engloba toda a dívida e não apenas as colocações desse ano - ainda desceu para 1,9%, depois de em 2020 se ter fixado em 2,2%.

Desde 2011, o custo da nova dívida tinha vindo a descer, tendo em 2020 tocado em mínimos históricos, graças aos programas de compra de ativos da autoridade monetária liderada por Christine Lagarde. Mas, no ano passado, fortemente marcado pela pandemia, o custo da dívida emitida pelo país já tinha começado a subir, uma tendência se aprofundou.

O agravamento no mercado primário ocorre numa altura em que também se assiste a uma escala das "yields" no mercado secundário relacionada com a inversão na política do BCE. Em julho e setembro, a autoridade monetária anunciou duas subidas consecutivas das taxas de juro de referência.
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