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Moody’s mantém Novo Banco em vigilância negativa e alerta para perdas dos credores

A Moody’s anunciou que vai estender o período de avaliação ao “rating” do Novo Banco, com implicações negativas, até ter dados sobre a conclusão da oferta de recompra de dívida. E alerta para o risco de liquidação caso a oferta de compra de dívida falhe.

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26 de Julho de 2017 às 14:47
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Os analistas da Moody’s avisam que, se a operação de recompra de dívida anunciada esta semana pelo Novo Banco não for bem-sucedida, existe "um aumento do risco de uma resolução ou liquidação do banco e de consequentes perdas para os credores seniores". E a agência decidiu estender o período de avaliação ao "rating" do Novo Banco até ter visibilidade sobre o desfecho e conclusão" desta operação, revelou num comunicado divulgado esta quarta-feira, 26 de Julho.

Desde 5 de Abril que a agência tem a notação do banco liderado por António Ramalho sob vigilância com implicações negativas. O resultado dessa análise está dependente do sucesso da operação de gestão da dívida que terá de gerar uma solidez de 500 milhões de euros para a Lone Star poder completar a compra do Novo Banco.

Actualmente o "rating" dado à dívida do Novo Banco é de Caa2, o oitavo nível de "lixo", que sinaliza vulnerabilidade na qualidade de crédito da entidade. Já o "rating" de depósitos é de Caa1, o sétimo nível de "lixo". A Moody’s justifica o "rating" de Caa2, em revisão para mais descidas, com a perspectiva que a operação de gestão dos passivos provocar perdas nos obrigacionistas.

 

E a Moody’s refere que a oferta feita pelo Novo Banco infligirá perdas superiores ao pressuposto pelo actual "rating", o que reforça a vigilância negativa de que a notação está a ser alvo. "Tendo em conta os termos e as condições da oferta, as perdas para os investidores podem ser potencialmente superiores que o intervalo de entre 10% a 20% indicado pelo nosso ‘rating’ de Caa2, reforçando a actual revisão para mais descidas".

 

A agência explica que "na conclusão da avaliação ao ‘rating’, a Moody’s irá considerar o potencial de perdas adicionais para estes investidores, baseado no grau de aceitação da oferta, assim como do preço de recompra que será aplicado às obrigações afectadas".

 

E acrescenta que o período de vigilância negativa "reflecte também o risco de perdas maiores que o esperado para os obrigacionistas caso o Novo Banco falhe em recapitalizar-se num mínimo de 500 milhões de euros através o exercício de gestão de passivo. Isso significaria uma quebra no acordo de venda à Lone Star e um risco mais elevado do Novo Banco ser alvo de um resolução ou de uma liquidação". 


(notícia em actualizada às 14:55 com mais informação)

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