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Leão: Emissão de dívida "histórica" representa "poupança significativa para os contribuintes"

João Leão assinala que a "realização de uma emissão com uma maturidade maior permite também alongar a maturidade média da dívida, sem contribuir desfavoravelmente para o aumento de encargos".

O IVAucher é uma das medidas do Orçamento para 2021, proposto por João Leão, para incentivar o consumo na restauração, alojamento e cultura.
Pedro Nunes/Reuters
03 de Fevereiro de 2021 às 16:50
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O Ministério das Finanças congratuou-se com o resultado da emissão de dívida a 30 anos realizada hoje pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), que vai contribuir para alongar a maturidade média da dívida, captar novo tipo de investidores e representa ainda "uma poupança significativa para o país e para os contribuintes".

Numa nota enviada à imprensa, o ministério liderado por João Leão explica que o Tesouro optou por lançar esta emissão sindicada de dívida a 30 anos para "completar a curva de rendimentos" das Obrigações do Tesouro, e assim "reforçar a qualidade do acesso ao mercado e atrair investidores real money, como seguradoras e fundos de pensões, habitualmente presentes na parte longa da curva".

O IGCP colocou 3 mil milhões de euros em títulos com maturidade em 12 de abril de 2052, com uma taxa de juro de 1,02%, numa operação que atraiu uma procura recorde de 40 mil milhões de euros.

 

"Portugal nunca tinha conseguido alcançar condições financeiras tão favoráveis para uma emissão com uma maturidade tão longa, representando uma poupança significativa para o país e para os contribuintes", refere o comunicado das Finanças, acrescentando que "o resultado desta emissão histórica comprova o trabalho e a política económica e financeira que Portugal tem conseguido executar no atual contexto, mostrando a confiança que os investidores colocam no futuro da nossa economia".

O IGCP nunca tinha suportado um custo de financiamento tão baixo para emitir a 30 anos e nas emissões anteriores desta maturidade nunca a procura superou os 10 mil milhões de euros.

 

João Leão assinala que a "realização de uma emissão com uma maturidade maior permite também alongar a maturidade média da dívida, sem contribuir desfavoravelmente para o aumento de encargos".

"Tendo por referência que as OT emitidas durante o ano de 2020 tiveram uma maturidade média aproximada de 10 anos, a emissão de hoje, com prazo 30 anos (abril de 2052) e um custo de 1,022%, contribui positivamente para um alongamento da maturidade média e para a diminuição do custo médio da dívida total", explica a mesma fonte.

A emissão a 30 anos que esteve esta quarta-feira no mercado surgiu depois de em janeiro Portugal ter conseguido o feito de emitir dívida a 10 anos pela primeira vez com uma taxa negativa. No mercado secundário os títulos a 10 anos estão atualmente com uma taxa em redor de 0%.

Nesta emissão de hoje, relativamente aos países investidores, o maior grupo foi o de França, Itália e Espanha, com 37,1% agregadamente, seguidos do Reino Unido (17,6%), Alemanha (14,9%), países nórdicos (9,9%) e Portugal (7,8%). Seguiu-se o resto da Europa (6,7%), América do Norte (3,8%) e outros (2,1%), refere o IGCP.

 

Por perfil de investidor, o grosso foi composto por gestores de fundos (40,7%), seguindo-se a banca/bancos privados (32,1%), os fundos de pensões (14,2%), os fundos de cobertura de risco (4,5%), bancos centrais e instituições oficiais (4,3%) e outros (4,2%).

(notícia atualizada às 19:12)

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