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Juros da dívida afundam à espera de mais estímulos do BCE

A menos de duas semanas da próxima reunião da instituição monetária da Zona Euro, a aposta em mais estímulos cresce a passos largos. Uma expectativa que tem pesado nos juros da dívida, que voltaram a recuar em força esta sessão.

18 de Novembro de 2015 às 17:44
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As taxas de juro da dívida soberana recuaram na Zona Euro. Uma tendência que Portugal liderou, com a "yield" das obrigações a 10 anos a encerrar abaixo de 2,5% na sessão desta quarta-feira, 18 de Novembro. Isto numa altura em que aumenta a expectativa de que o Banco Central Europeu irá avançar com mais estímulos à economia em Dezembro.

Após a queda de 11,2 pontos base na terça-feira, a taxa de juro da dívida portuguesa a 10 anos recuou esta sessão 9,4 pontos para 2,472%. Chegou mesmo a negociar em 2,461%, o valor mais baixo desde 29 de Outubro. Uma tendência de queda comum a quase todas as obrigações nacionais, sendo que a taxa a 15 anos liderou os desempenhos. Recuou 10,6 pontos para 3,083%.

Este comportamento foi comum entre os países da Zona Euro, em especial na periferia. As "yields" de Espanha e Itália caíram, respectivamente, 3,8 pontos para 1,732% e 4,2 pontos para 1,524%. Apesar de também a taxa da dívida alemã a 10 anos ter recuado – 1,8 pontos para 0,506% -, o "spread" de Portugal encolheu para 196,64 pontos.

A justificar estes desempenhos está a crescente expectativa de que o BCE irá anunciar mais estímulos à economia da Zona Euro. Numa altura em que faltam apenas duas semanas para a próxima reunião de política monetária - será a 3 de Dezembro -, a incerteza reside sobre as medidas a implementar. Em cima da mesa está a possibilidade de a instituição liderada por Mario Draghi alargar a duração ou o montante das compras de activos, mas também cortar a taxa de depósitos, actualmente em -0,20%.

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