Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Juros a dez anos descem e aproximam-se dos 3%

A "yield" associada às obrigações portuguesas a dez anos desce pela terceira sessão consecutiva para negociar pouco acima dos 3%, no valor mais baixo desde o início do mês. Na Europa, a tendência também é de alívio.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Fevereiro de 2016 às 12:34
  • 3
  • ...

Os juros da dívida portuguesa estão a descer em todas as maturidades esta segunda-feira, 29 de Fevereiro, acompanhando a tendência de alívio que se estende à generalidade dos países europeus.

 

A ‘yield’ associada às obrigações portuguesas a dez anos desce 6,1 pontos base para 3,021%, o valor mais baixo desde 5 de Fevereiro. Já a cinco anos a queda é de 7,3 pontos base para 1,977%.

 

Além dos juros, também a percepção de risco da dívida portuguesa – medida pela comparação com a dívida alemã – está no nível mais baixo desde o início do mês.

O prémio de risco que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa em detrimento da alemã, o chamado "spread" cai 1,8 pontos para 288,8.

Esta descida explica-se pelo facto de os juros da dívida alemã estarem a cair menos do que os da dívida portuguesa. Enquanto em Portugal a ‘yield’ da dívida de referência desce mais de 6 pontos base, na Alemanha o alívio é de apenas 4 pontos para 0,107%.

Em Espanha, os juros associados às obrigações a dez anos caem 0,6 pontos para 1,566% e, em Itália, na mesma maturidade, a descida é de 2,3 pontos para 1,450%.

Esta manhã, o Eurostat revelou que a taxa de inflação na Zona Euro deverá ter voltado para valores negativos em Fevereiro, o que aumenta a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) vai adoptar uma resposta mais firme perante as ameaças de deflação na região da moeda única, já na próxima reunião de política monetária, que se realiza nos próximos dias 9 e 10 de Março.

A possibilidade de reforçar os estímulos já no próximo mês foi admitida pelo próprio presidente da instituição, Mario Draghi, que poderá rever o pacote de incentivos que incluem já taxas de juro de depósitos negativas e um programa de compra de activos de 1,5 biliões de euros.

 

 

 

 

Ver comentários
Saber mais Portugal Alemanha Espanha Itália Eurostat Zona Euro Banco Central Europeu BCE Mario Draghi economia negócios e finanças mercado de dívida
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio