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Juros de Itália disparam devido à recessão e com receio da inflação

Os juros italianos estão a disparar, numa altura em que está confirmada a entrada em recessão económica ao mesmo tempo que os dados da inflação dão margem para que o Banco Central Europeu (BCE) prossiga com a normalização da política monetária.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, garante que "não razões para perder a esperança" Reuters
01 de Fevereiro de 2019 às 11:26
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As taxas de juro implícitas na dívida italiana estão a subir mais de 10 pontos na generalidade dos prazos. A "yield" da dívida a 10 anos está a crescer 14,8 pontos base para 2,737%, um movimento acentuado e que reflete o atual contexto.

 

O instituto de estatística italiano confirmou esta quinta-feira, 31 de janeiro, que a economia entrou em recessão. O produto interno bruto (PIB) contraiu 0,2% no quarto trimestre, quando comparado com os três meses anteriores, isto já depois de no terceiro trimestre a economia ter contraído 0,1%.

 

A juntar-se a este indicador, foi revelado esta sexta-feira que a atividade industrial do país contraiu mais em janeiro. Os analistas estimavam uma estabilização da indústria. Este resultado aumenta os receios em torno das debilidades da economia italiana.

 

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, já veio a terreiro garantir que "não razões para perder a esperança", uma vez que as medidas que estão a ser implementadas pelo Executivo vão ajudar na recuperação da economia, admitindo que o seu impacto só será sentido na segunda metade do ano.

 

Contudo, os investidores parecem não estar tão certos, elevando os juros associados à dívida e provocando a queda do principal índice bolsista.

 

Um cenário que se acentuou depois de conhecidos os dados para a inflação na Zona Euro. Apesar da taxa de inflação até ter abrandado para 1,4%, o que corresponde ao valor mais baixo desde abril do ano passado, a inflação subjacente - que exclui os produtos energéticos e produtos alimentares não transformados uma vez que estes são historicamente mais voláteis - subiu para 1,1%, o valor mais elevado em três meses. Este é um sinal de pressão nos preços que pode dar motivos ao Banco Central Europeu (BCE) para continuar o rumo de normalização da política monetária. 

 

Um contexto que provoca a subida das taxas de juro na Europa. Em Itália está a ser mais acentuado o movimento – devido ao contexto interno -, mas não é exclusivo. A "yield" implícita na dívida portuguesa a 10 anos está a subir 2,3 pontos base para 1,643%, enquanto a bund está a crescer 1 ponto para 0,159%.

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