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IGCP avança com segunda troca de dívida num mês

O instituto que gere a dívida pública portuguesa vai recomprar títulos de dívida que vencem em 2022 e 2024, em troca de obrigações com maturidade em 2028 e 2034.

Bruno Simão
21 de Setembro de 2021 às 13:17
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Um mês depois de ter realizado uma troca de obrigações, o IGCP - Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública anunciou que vai realizar, esta quarta-feira, uma nova de troca de dívida. A operação vai permitir adiar o reembolso de obrigações em mais de seis anos.

 

A oferta anunciada esta terça-feira tem como objetivo recomprar títulos que chegam à maturidade em 2022 e 2024 e vender obrigações que só terão de ser reembolsadas a partir de 2028.

 

A operação decorre amanhã pelas 10:00 horas e o IGCP propõe a recompra de obrigações com maturidade em outubro de 2022 e fevereiro de 2024. Em troca, o instituto oferece títulos que vencem em outubro de 2028 e abril de 2034.

 

Os títulos que o IGCP vai recomprar têm uma taxa de cupão de 2,2%, na maturidade a 2022, e de 5,65%, na linha de fevereiro de 2024. Taxas superiores às das linhas que o IGCP está a oferecer: 2,125% e 2,25%, nos títulos de 2028 e 2034, respetivamente.

 

 

Resumo da operação

 

IGCP compra: 

ISIN: PTOTESOE0013– OT 2.2% 17out2022

ISIN: PTOTEQOE0015– OT 5.65% 15fev2024

 


IGCP vende:

ISIN: PTOTEVOE0018– OT 2.125% 17out2028

ISIN: PTOTEWOE0017– OT 2.25% 18abr2034

 

Esta nova operação ocorre menos de um mês depois do instituto liderado por Cristina Casalinho ter estado no mercado a realizar uma troca de dívida, onde recomprou 1.361 milhões de euros em dívida que vencia em dois e três anos. O IGCP conseguiu, em agosto, atirar o pagamento de 1.080 mil milhões para 2028 e 281 milhões para 2037.

 

A linha com maturidade em fevereiro de 2024 é a mesma que foi alvo de oferta de troca, na operação do mês passado. No entanto, enquanto em agosto o IGCP oferecia em troca obrigações que venciam em 2037, agora propõe aos investidores que fiquem com títulos que vencem em abril de 2034.

 

O IGCP tem acelerado estas operações de troca de dívida, limpando linhas com taxas mais elevadas. Uma estratégia que permite à República baixar o custo médio da dívida, assim como adiar o prazo de reembolsos.

 

Antes da troca de agosto, o IGCP tinha estado no mercado em julho, mês em que conseguiu recomprar 1,12 mil milhões de dólares das obrigações emitidas em dólares, que venciam em outubro de 2024 e que tinham uma taxa superior a 5%.

 

Já em abril, o IGCP tinha estado no mercado a realizar uma troca de dívida, que permitiu empurrar o pagamento de mil milhões de euros para depois de 2028 e reduzir os pagamentos de dívida nos próximos três anos. Os maiores esforços ao nível dos reembolsos situam-se, precisamente, a partir de 2024, sendo 2027 o ano em que estão previstos os maiores pagamentos a credores.

 

 

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