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IGCP adia reembolso de 514 milhões para 2028 e 2034
O instituto que gere a dívida portuguesa esteve no mercado a recomprar títulos com maturidades em 2022 e 2024, em troca de obrigações que vencem em 2028 e 2034.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) recomprou, esta quarta-feira, 514 milhões de euros em dívida que vencia em 2022 e 2024, adiando estes reembolsos por seis e 10 anos, respetivamente.
O instituto que gere a dívida portuguesa conseguiu recomprar 330 milhões de euros da linha de obrigações com maturidade em outubro de 2022 e outros 184 milhões de euros que venciam em fevereiro de 2024.
O valor total desta troca fixou-se, assim, em 514 milhões de euros, um montante que o IGCP já não terá que reembolsar nos próximos três anos e que apenas terá que pagar a partir de 2028. Ou seja, ganha, no mínimo, mais seis anos para devolver este montante, além de reduzir os custos associados a estas obrigações.
Os títulos que foram alvo da oferta de troca tinham uma taxa de cupão de 2,2%, na maturidade a 2022, e de 5,65%, na linha de fevereiro de 2024. Taxas superiores às das linhas que o IGCP ofereceu em troca: 2,125% e 2,25%, nos títulos de 2028 e 2034, respetivamente.
O IGCP tem acelerado a troca de dívida nos últimos meses, tendo estado no mercado em agosto, numa operação em que conseguiu recomprar 1.361 milhões de euros em títulos que venciam em 2023 e 2024, em troca de títulos com maturidades em 2028 e 2037.
Estas operações têm como objetivo reduzir os esforços de reembolsos nos próximos anos. Segundo a informação divulgada no site do IGCP, os maiores esforços de reembolsos estão, neste momento, concentrados em 2022 e 2027. Portugal tem que reembolsar no próximo ano 22 mil milhões de euros e, em 2027, 19,21 mil milhões de euros.