Notícia
Grécia volta ao mercado pela primeira vez desde fim do resgate
Volvidos três programas de assistência financeira externa, a Grécia prepara-se para, "num futuro próximo", regressar ao mercado de dívida, o que acontece pela primeira vez desde o fim do terceiro e último resgate, que terminou no verão passado.
28 de Janeiro de 2019 às 13:53
A Grécia vai ao mercado "num futuro próximo" pela primeira vez desde o fim do resgate, com uma emissão sindicada de entre 2.000 e 3.000 milhões de euros em dívida a cinco anos, foi hoje anunciado.
Segundo a Bolsa de Atenas, a dívida vencerá em abril de 2024 e o Estado grego contratou os bancos BofA Merrill Lynch, Goldman Sachs, HSBC, JP Morgan, Morgan Stanley e Societe Generale para colocar esta emissão.
O objetivo é colocar entre 2.000 e 3.000 milhões de euros a uma taxa de juro de cerca de 3,5% e com pagamento de juros de cerca de 3%.
A concretizar-se a operação, o rendimento da dívida ficará abaixo da de 4,65% da emissão de dívida a cinco anos colocada em julho de 2017 e da de 4,95% da emissão do executivo do conservador Andonis Samarás, em 2014.
Nos últimos dias as taxas de juro da dívida grega a dez anos têm-se situado em cerca de 4% no mercado secundário e em cerca de 3% no prazo de cinco anos.
Depois do final do terceiro programa de assistência financeira em agosto de 2018, a Grécia estava à espera do momento adequado para testar o mercado, ao qual previsivelmente se seguirão outras emissões nos próximos meses.
A Grécia tem atualmente uma reserva financeira de 33.000 milhões de euros, pelo que necessita de recorrer aos mercados, e prevê subir proximamente em cerca de 7.000 milhões de euros adicionais, com o objetivo de enviar aos mercados uma mensagem positiva.
Para isto, o Ministério das Finanças pediu a todos os organismos financiados pelo Estado para transferirem a partir de 1 de março todas as reservas para o Banco da Grécia.
O sucesso das próximas emissões de dívida dependerá da conjuntura dos mercados e do efeito que possa ter o relatório da Comissão que será apresentado em 27 de fevereiro sobre o progresso das reformas, bem como das próximas avaliações das agências de 'rating'.
Em 19 de janeiro, a Standard and Poor's (S&P) decidiu manter a notação da dívida grega a longo prazo em "B+" com perspetiva positiva e confirmou o 'rating' a curto prazo em "B".
Juros da dívida em mínimos de quatro meses
A turbulência que marcou as últimas semanas provocada pela cisão dos Gregos Independentes (Anel) do governo liderado por Alexis Tsipras acalmou, graças a dois momentos-chave. O primeiro com a aprovação da moção de confiança a que se submeteu o próprio primeiro-ministro helénico e, num segundo momento, na semana passada o parlamento grego ratificou o acordo para a alteração do nome da Macedónia.
Estes dois acontecimentos permitiriam devolver confiança aos investidores, sobretudo porque existem condições para Tsipras cumprir a legislatura até às eleições gerais previstas para o final de outubro.
O desanivuar sentido reflete-se na negociação da dívida pública helénica no mercado secundário, com a taxa de juro correspondente aos títulos gregos no prazo a 10 anos a recuar para mínimos de quatro meses.
Outro dado que aponta para a estabilização da vida política na Grécia prende-se com o aguardado anúncio do aumento do salário mínimo, a primeira subida em praticamente 10 anos. Apesar de já ter sido noticiada esta possibilidade, o líder do Syriza e chefe de governo Tsipras só deverá anunciar a decisão depois de um encontro com os restantes membros do executivo helénico que decorre esta segunda-feira.
Segundo a Bolsa de Atenas, a dívida vencerá em abril de 2024 e o Estado grego contratou os bancos BofA Merrill Lynch, Goldman Sachs, HSBC, JP Morgan, Morgan Stanley e Societe Generale para colocar esta emissão.
A concretizar-se a operação, o rendimento da dívida ficará abaixo da de 4,65% da emissão de dívida a cinco anos colocada em julho de 2017 e da de 4,95% da emissão do executivo do conservador Andonis Samarás, em 2014.
Nos últimos dias as taxas de juro da dívida grega a dez anos têm-se situado em cerca de 4% no mercado secundário e em cerca de 3% no prazo de cinco anos.
Depois do final do terceiro programa de assistência financeira em agosto de 2018, a Grécia estava à espera do momento adequado para testar o mercado, ao qual previsivelmente se seguirão outras emissões nos próximos meses.
A Grécia tem atualmente uma reserva financeira de 33.000 milhões de euros, pelo que necessita de recorrer aos mercados, e prevê subir proximamente em cerca de 7.000 milhões de euros adicionais, com o objetivo de enviar aos mercados uma mensagem positiva.
Para isto, o Ministério das Finanças pediu a todos os organismos financiados pelo Estado para transferirem a partir de 1 de março todas as reservas para o Banco da Grécia.
O sucesso das próximas emissões de dívida dependerá da conjuntura dos mercados e do efeito que possa ter o relatório da Comissão que será apresentado em 27 de fevereiro sobre o progresso das reformas, bem como das próximas avaliações das agências de 'rating'.
Em 19 de janeiro, a Standard and Poor's (S&P) decidiu manter a notação da dívida grega a longo prazo em "B+" com perspetiva positiva e confirmou o 'rating' a curto prazo em "B".
Juros da dívida em mínimos de quatro meses
A turbulência que marcou as últimas semanas provocada pela cisão dos Gregos Independentes (Anel) do governo liderado por Alexis Tsipras acalmou, graças a dois momentos-chave. O primeiro com a aprovação da moção de confiança a que se submeteu o próprio primeiro-ministro helénico e, num segundo momento, na semana passada o parlamento grego ratificou o acordo para a alteração do nome da Macedónia.
Estes dois acontecimentos permitiriam devolver confiança aos investidores, sobretudo porque existem condições para Tsipras cumprir a legislatura até às eleições gerais previstas para o final de outubro.
O desanivuar sentido reflete-se na negociação da dívida pública helénica no mercado secundário, com a taxa de juro correspondente aos títulos gregos no prazo a 10 anos a recuar para mínimos de quatro meses.
Outro dado que aponta para a estabilização da vida política na Grécia prende-se com o aguardado anúncio do aumento do salário mínimo, a primeira subida em praticamente 10 anos. Apesar de já ter sido noticiada esta possibilidade, o líder do Syriza e chefe de governo Tsipras só deverá anunciar a decisão depois de um encontro com os restantes membros do executivo helénico que decorre esta segunda-feira.