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Estado reforça financiamento junto das famílias este ano

No programa de financiamento do Estado para este ano, o IGCP antecipa um reforço do financiamento através do retalho, ou seja, das famílias. Isto num ano em que as necessidades de financiamento do Estado serão inferiores em 1,5 mil milhões de euros face às previsões do ano passado.

Pedro Elias
08 de Janeiro de 2018 às 16:38
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O IGCP, agência que gere a dívida pública nacional, publicou o programa de financiamento do Estado para 2018. Uma das primeiras conclusões é a diminuição das necessidades de financiamento do Estado. Este ano deverão ascender a 10,9 mil milhões de euros. Já em 2017, foram de 12,4 mil milhões.

 

Para colmatar estas necessidades de financiamento, o IGCP diz que vai focar-se na emissão de obrigações do Tesouro, numa estratégia que visa "promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário".

 

As obrigações do Tesouro, que a agência liderada por Cristina Casalinho admite poderem ser realizadas através de leilões ou sindicatos, deverão totalizar os 15 mil milhões de euros.

 

O IGCP não adianta qualquer calendarização para estas emissões, mas admite que serão operações regulares. A agência diz ainda poder vir a explorar operações de "de troca e recompras de títulos".

 

Já quanto ao retalho, "na estratégia de financiamento para 2018 o IGCP também antecipa uma contribuição positiva de 1,8 mil milhões de euros" destes produtos direccionados para as famílias. Apesar de o IGCP admitir este contributo positivo das famílias, o Governo autorizou o IGCP a emitir até quatro mil milhões de euros em Certificados de Aforro e do Tesouro Poupança Crescimento.

 

Os certificados do Tesouro continuam a recolher elevados montantes de poupança dos investidores nacionais. Entre Janeiro e Novembro – ainda não existem números referentes a Dezembro – , os portugueses aplicaram 3.674 milhões de euros nestes certificados, que mudaram de nome e de taxa no final de Outubro. Os CTPM deram lugar aos CTPC, com a taxa média a cair de 2,25% para 1,39%, enquanto o prazo da aplicação aumentou para sete anos.

 

Já esta segunda-feira, tinha sido publicada a resolução do Conselho de Ministros que autoriza a emissão de dívida pública, ficando determinado que o IGCP poderá emitir até 20 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro.

Primeira emissão de BT agendada para a semana

O IGCP publicou ainda o calendário de emissões de curto prazo, agendando a primeira emissão de bilhetes do Tesouro para a próxima semana.


No dia 17 de Janeiro, o IGCP prevê captar entre 1.500 e 1.750 milhões de euros numa dupla emissão. Um primeiro a seis meses e um segundo leilão a 12 meses.

A emissão de BT seguinte está agendada para 21 de Fevereiro, com o Estado a querer emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros. 

O último leilão de curto prazo, no primeiro trimestre, deverá realizar-se a 21 de Março, sendo também um duplo leilão onde o IGCP prevê captar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. 

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