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EDP aumenta emissão de dívida híbrida a 60 anos para mil milhões. Juro final nos 4,5%

As obrigações verdes podem ser reembolsadas ao fim de cinco anos. A elétrica decidiu emitir mil milhões de euros e a taxa de juro baixou para 4,5%.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Janeiro de 2019 às 10:35
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A Energias de Portugal (EDP) realizou esta quarta-feira uma emissão de títulos de dívida verde híbrida a 60,25 anos, que têm a opção de serem reembolsados ao fim de 5,25 anos.

De acordo com a Bloomberg, que está a avançar com detalhes finais da operação que está hoje no mercado, a elétrica decidiu emitir mil milhões de euros, acima dos 750 milhões de euros previstos inicialmente esta manhã. 

Esta subida estará relacionada com a forte procura, que atingiu 2,9 mil milhões de euros. Com a procura a superar em três vezes a oferta final, a taxa de juro da emissão foi fixada nos 4,5%. A "yield" inicial era de 4,875%, baixou depois para o intervalo entre 4,5% e 4,625% e foi fixada em 4,5% nos termos finais.

Como os títulos são verdes, o encaixe terá que ser utilizado para financiar projetos de energias limpas. O Negócios apurou que a EDP vai alocar o valor do encaixe para refinanciar projetos eólicos ou solares, que já estão em produção ou novos, nas várias geografias onde opera.

As obrigações verdes (60,25NC5,25) têm a maturidade em abril de 2079, sendo que o reembolso pode acontecer em abril de 2024.

Estes títulos são híbridos pois uma parte do retorno é fixa (taxa de juro) e outra é equiparada a capital. No caso dos títulos que a EDP está a emitir, a taxa de rendibilidade será fixa dos primeiros cinco anos, sendo depois alterada caso a empresa não avance com o reembolso em 2024.  

A EDP avançou com uma emissão deste género em 2015, tendo colocado 750 milhões de euros com uma "yield" associada de 5,5%

A Standard & Poor’s atribuiu um rating de "BB" a estes títulos que estão hoje a ser emitidos, uma notação financeira que se encontra dois níveis abaixo da classificação da dívida da elétrica ("BBB-"). A Moody’s atribuiu um rating de Ba2.

O Barclays, Deutsche Bank ("Structuring Advisor") , Credit Agricole, MUFG, HSBC, Natwest, Santander e UniCredit são os bancos responsáveis pela operação.

Esta quarta-feira, 23 de janeiro, o BCP também está no mercado, tendo anunciado que mandatou vários bancos para reuniões com investidores, e, dependendo das condições, emitir dívida perpétua. Ainda assim, esta emissão dependerá das condições apresentadas, podendo não se concretizar. 

(notícia atualizada, pela última vez, às 17:30 com a procura final da operação)

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