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EDP aumenta emissão de dívida híbrida a 60 anos para mil milhões. Juro final nos 4,5%
As obrigações verdes podem ser reembolsadas ao fim de cinco anos. A elétrica decidiu emitir mil milhões de euros e a taxa de juro baixou para 4,5%.
A Energias de Portugal (EDP) realizou esta quarta-feira uma emissão de títulos de dívida verde híbrida a 60,25 anos, que têm a opção de serem reembolsados ao fim de 5,25 anos.
De acordo com a Bloomberg, que está a avançar com detalhes finais da operação que está hoje no mercado, a elétrica decidiu emitir mil milhões de euros, acima dos 750 milhões de euros previstos inicialmente esta manhã.
Como os títulos são verdes, o encaixe terá que ser utilizado para financiar projetos de energias limpas. O Negócios apurou que a EDP vai alocar o valor do encaixe para refinanciar projetos eólicos ou solares, que já estão em produção ou novos, nas várias geografias onde opera.
As obrigações verdes (60,25NC5,25) têm a maturidade em abril de 2079, sendo que o reembolso pode acontecer em abril de 2024.
Estes títulos são híbridos pois uma parte do retorno é fixa (taxa de juro) e outra é equiparada a capital. No caso dos títulos que a EDP está a emitir, a taxa de rendibilidade será fixa dos primeiros cinco anos, sendo depois alterada caso a empresa não avance com o reembolso em 2024.
A EDP avançou com uma emissão deste género em 2015, tendo colocado 750 milhões de euros com uma "yield" associada de 5,5%.
A Standard & Poor’s atribuiu um rating de "BB" a estes títulos que estão hoje a ser emitidos, uma notação financeira que se encontra dois níveis abaixo da classificação da dívida da elétrica ("BBB-"). A Moody’s atribuiu um rating de Ba2.
O Barclays, Deutsche Bank ("Structuring Advisor") , Credit Agricole, MUFG, HSBC, Natwest, Santander e UniCredit são os bancos responsáveis pela operação.
(notícia atualizada, pela última vez, às 17:30 com a procura final da operação)