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DBRS prevê securitização de 200 mil milhões a 210 mil milhões de euros na Europa
A agência DRBS prevê a emissão de securitização na Europa de 200 mil milhões de euros a 210 mil milhões de euros este ano, ainda que dependente da evolução da pandemia e da inflação, segundo o relatório divulgado esta terça-feira.
18 de Janeiro de 2022 às 16:03
De acordo com o relatório "European Structured Finance Outlook 2022", publicado pela agência de notação financeira, a securitização, isto é a transformação de dívida e títulos de crédito em carteiras vendáveis, registou uma tendência ascendente na Europa no ano passado, registando uma emissão recorde em muitos setores, o que contrasta com 2020.
"2020 foi o ano do choque, 2021 foi o ano de recuperação do choque e 2022 será o ano em que o mercado de securitização vai tentar olhar além dos receios da pandemia e prosperar e sobreviver sob as nuvens das condições do mercado benignas e questões geopolíticas renovadas", refere.
A agência sublinha, contudo, que estas previsão estão dependentes da evolução das medidas para conter a pandemia e das medidas implementadas para controlar a inflação.
A inflação é um dos temas destacados como dos que mais deverá afetar o mercado, com o relatório da DBRS a salientar que para conter o aumento da inflação, bem como um aperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
A agência assinala ainda ser expectável que o mercado de securitização europeu enfrente uma mudança para os mercados de capitais sustentáveis, uma vez que o ESG [Environmental, Social e Governance, sigla em inglês] irá continuar no radar dos investidores, reguladores e dos mercados.
Os riscos geopolíticos, bem como o Brexti e as tensões comerciais globais, crises migratórias, guerras comerciais e problemas na cadeia de fornecimento são ainda alguns dos riscos que podem aumentar a incerteza no mercado.