Notícia
Carlos Costa: Sem coronabonds Zona Euro pode enfrentar uma nova crise
O governador do Banco de Portugal alertou, em entrevista ao Expresso, para a gravidade da situação que enfrentamos e apela a uma ação solidária a nível europeu.
28 de Março de 2020 às 10:48
O governador do Banco de Portugal já tinha defendido a emissão de coronabonds, para ajudar os países a responder à crise do novo coronavírus. Em entrevista ao Expresso, Carlos Costa, reitera a necessidade de se avançar com estes títulos com garantia de todos os países do euro, alertando que a alternativa à ausência de uma resposta comum é uma nova crise na Zona Euro.
Carlos Costa, em entrevista ao Expresso, alerta para "uma situação de incerteza total", para a qual "nenhuma economia está preparada". O governador do Banco de Portugal considera que "são necessárias soluções inovadoras. Uma opção que merece uma análise mais aprofundada é a possibilidade de o Mecanismo Europeu de Estabilidade [MEE] emitir coronabonds, com os recursos a serem canalizados para os Estados-membros e reembolsáveis a longo prazo através do orçamento comunitário".
O mesmo responsável considera que é necessária uma resposta financeiramente solidária de todos os Estados-membros. "Caso contrário, corremos o risco de a Zona Euro quebrar pelo elo mais fraco, devido aos custos muito significativos que a resposta a esta crise vai comportar ou à incapacidade de mobilização de recursos", alerta.
Em relação à moratória de crédito concedida a nível nacional pelos bancos, Carlos Costa diz que "o sistema financeiro tem um papel crítico a desempenhar, evitando que dificuldades temporárias de tesouraria das empresas e das famílias se transformem em situações de insolvência" e "é preciso garantir o rendimento das famílias, para evitar uma espiral negativa entre a procura e a oferta".
Carlos Costa, em entrevista ao Expresso, alerta para "uma situação de incerteza total", para a qual "nenhuma economia está preparada". O governador do Banco de Portugal considera que "são necessárias soluções inovadoras. Uma opção que merece uma análise mais aprofundada é a possibilidade de o Mecanismo Europeu de Estabilidade [MEE] emitir coronabonds, com os recursos a serem canalizados para os Estados-membros e reembolsáveis a longo prazo através do orçamento comunitário".
Em relação à moratória de crédito concedida a nível nacional pelos bancos, Carlos Costa diz que "o sistema financeiro tem um papel crítico a desempenhar, evitando que dificuldades temporárias de tesouraria das empresas e das famílias se transformem em situações de insolvência" e "é preciso garantir o rendimento das famílias, para evitar uma espiral negativa entre a procura e a oferta".