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Caixa Geral de Depósitos paga 2,9% para emitir 300 milhões em dívida verde

O banco liderado por Paulo Macedo esteve esta terça-feira no mercado para emitir "green bonds" a quatro anos.

O presidente da Caixa Geral de Depósitos reconhece que haverá aumentos nas prestações da casa, mas não espera incumprimentos generalizados.
Miguel A. Lopes/Lusa
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A Caixa Geral de Depósitos esteve esta terça-feira no mercado para a primeira emissão de dívida verde, mas a segunda dentro do âmbito ESG (com critérios ambientais, sociais e de governo societário) pelo banco liderado por Paulo Macedo. Foram colocados 300 milhões de euros em títulos a quatro anos junto de investidores institucionais, com um juro de 2,9%.

"A operação hoje realizada tem a particularidade de ser a primeira emissão "verde" realizada pela Caixa; i.e., direciona os fundos captados para o financiamento de operações de crédito nos domínios ambientais; neste caso, promovendo a eficiência energética ao financiar habitações com certificado energético das classes A+, A e B", explicou a CGD em comunicado.

A emissão foi colocada com um prémio de 140 pontos base sobre a "mid swap" do euro com a mesma maturidade. O preço final a pagar na emissão destas obrigações ficou assim em 2,9%, enquanto a taxa de cupão a pagar foi fixada em 2,875%.

A procura por "green bonds" séniores preferenciais com maturidade a 15 de junho de 2026 foi de 375 milhões de euros, ou seja, 1,25 vezes a oferta. Ao todo a emissão recebeu ordens de investidores provenientes de 12 países diferentes. Na distribuição geográfica da colocação junto dos investidores destacaram-se França (21%), Espanha (20%), Portugal (14%), Alemanha (11%) e Reino Unido (10%).

Por tipo de investidores salienta-se os fundos de investimento, que tomaram cerca de 80% do total da emissão. A característica sustentável da emissão "permitiu atrair o interesse de investidores ESG que representaram 78% da alocação da emissão", segundo o banco.

"Trata-se da segunda emissão com características ESG da Caixa, prosseguindo a concretização dos compromissos assumidos no domínio do financiamento sustentável, criando valor para os seus clientes e reduzindo o impacto ambiental da sua atividade", acrescenta.

Em setembro do ano passado, a CGD conseguiu uma procura três vezes superior à oferta na emissão de dívida sustentável. Colocou, na altura, 500 milhões em obrigações a seis anos, com uma "yield" de 0,4%.

As condições de mercado são, no entanto, diferentes já que a expetativa de aperto na política monetária europeia tem levado a um agravamento generalizado dos juros nos mercados internacionais.

Os "b
ookrunners" da emissão foram o Caixa BI, o Commerzbank (B&D), o Crédit Suisse, o JP Morgan e o Sociéte Generale. As novas obrigações serão admitidas à negociação no Luxemburgo.

(Notícia atualizada às 20:10 com mais informação)
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