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BCE comprou 348 milhões de euros em dívida de empresas num dia

No primeiro dia do programa de compra de obrigações de obrigações de empresas. Analistas defendem que Draghi deu um arranque “forte” ao novo programa.

Reuters
14 de Junho de 2016 às 12:43
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A entidade liderada por Mario Draghi anunciou o valor investido em obrigações de empresas, no novo programa do BCE que arrancou a 8 de Junho. O montante empregue neste programa foi de 348 milhões de euros e corresponde apenas ao primeiro dia de compras.

"Aparenta ser um forte arranque e pode implicar um volume mensal acima de cinco mil milhões de euros", referiram os analistas do Commerzbank, numa nota a investidores. Isto apesar de realçarem que os dados de apenas um dia não serem suficientes para fazer uma tendência.

Apesar deste novo programa ter arrancado a meio da semana passada, os dados divulgados apenas contemplam um dia. "Foram as compras de um único dia que foram liquidadas antes de sexta-feira e incluem apenas o mercado secundário", referem os analistas do Deutsche Bank, numa nota a investidores.

No entanto, consideram que o valor das compras de dívida de empresa, que consideram "elevados", "ajudam a confirmar as nossas expectativas de que o BCE planeia conduzir compras significativas de obrigações empresariais tornando-nos mais confiantes na nossa estimativa de mais de cinco mil milhões de euros por mês será atingida numa fase inicial, pelo menos".

O programa de compra de obrigações empresariais surge como complemento aos programas de compras de obrigações governamentais, dívida titularizada e obrigações cobertas. O BCE defende que este novo plano "ajuda a fortalecer adicionalmente a transmissão das compras de activos do Eurosistema para as condições de financiamento da economia real".

Este novo programa inclui aquisições de obrigações de empresas que tenham pelo menos um "rating" em grau de investimento e o BCE pode comprar os títulos tanto em mercado secundário, como no primário. Algumas das emitentes incluídas no arranque das compras foram a Telefónica, a Engie e a Generali, da AB Inbev e da Siemens, por exemplo. Em Portugal, há três empresas elegíveis para o programa: a EDP, a REN e a Brisa Concessões. 

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