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Após emissão sindicada, IGCP avança com dois leilões de curto prazo na próxima semana

A agência que gere a dívida pública vai na próxima semana ao mercado em busca de, no máximo, 1.750 milhões de euros a seis e a 12 meses.

Bruno Simão
10 de Janeiro de 2020 às 16:22
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O IGCP, a agência que gere a dívida pública, vai na próxima quarta-feira, 15 de janeiro, emitir dívida de seis meses e um ano, tendo como objetivo angariar entre 1.500 e 1.750 milhões de euros. O anúncio foi feito esta sexta-feira, 10 de janeiro, pela entidade liderada por Cristina Casalinho.

"O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 15 de janeiro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro (BT) com maturidades em 17 de julho de 2020 e 15 de janeiro de 2021, com um montante indicativo global entre 1.500 milhões de euros e 1.750 milhões de euros", anunciou o IGCP em comunicado enviado às redações.

Esta será a segunda emissão do ano do IGCP após esta semana ter sido realizada a habitual emissão sindicada do início do ano. O Estado português conseguiu angariar quatro mil milhões de euros com uma taxa final de 0,499%.

Da última vez que foi ao mercado emitir dívida de curto prazo, em outubro, o IGCP não conseguiu juros ainda mais negativos, ao contrário do que tinha acontecido nas outras emissões de 2019. 

No mercado secundário, a 'yield' associada às obrigações portuguesas a seis meses situa-se hoje nos -0,512% e a um ano nos -0,526%.

No programa de financiamento para 2020, o IGCP anunciou que prevê emitir 13,25 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro em 2020, sendo que se optar por emitir o máximo do intervalo irá garantir já 13,2% do financiamento anual em BT.

Contudo, ao longo do ano serão amortizados quase 12 mil milhões de euros, colocando a emissão em termos líquidos em pouco mais de mil milhões de euros.

Tendo em conta que o IGCP se consegue financiar a taxas cada vez mais reduzidas, o custo da "nova dívida" tem vindo a cair gradualmente. O custo médio da dívida emitida entre janeiro e novembro situou-se nos 1,1%, um novo mínimo, pelo menos, desde 2010, segundo os dados da agência.
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