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DBRS mantém rating de Portugal três níveis acima de lixo

A agência de notação financeira canadiana DBRS Morningstar decidiu manter o rating e o outkook da dívida soberana portuguesa.

Portugal emitiu certificados ao retalho que tinham indexado parte dos juros ao crescimento do PIB.
Pedro Nunes/Reuters
26 de Fevereiro de 2021 às 21:18
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A DBRS reiterou o rating da República em BBB Alto (três níveis acima de lixo), com outlook (perspetiva para a evolução da qualidade do crédito) estável.

"A disrupção trazida à economia portuguesa pela crise sanitária global tem sido severa. A economia registou uma contração de 7,6% em 2020 devido à rápida propagação da covid-19 e das subsequentes restrições à mobilidade", sublinha o relatório da agência de notação financeira canadiana.

 

A magnitude do choque, frisa, "reflete a natureza aberta e de pequena dimensão da economia, bem como o contributo do turismo para o PIB".

 

"Uma vez que o programa de vacinação [contra a covid] está a avançar", a DBRS estima que a economia deverá recuperar este ano, "se bem que a robustez da retoma continue a ser incerta".

Por isso, a agência considera que o impacto sobre o perfil de crédito de Portugal "dependerá da duração da crise e até que ponto esta poderá alterar estruturalmente as perspetivas de crescimento de médio prazo e debilitar as finanças públicas".

A DBRS reiterou o rating da República em BBB Alto (três níveis acima de lixo), com outlook (perspetiva para a evolução da qualidade do crédito) estável.

 

"A disrupção trazida à economia portuguesa pela crise sanitária global tem sido severa. A economia registou uma contração de 7,6% em 2020 devido à rápida propagação da covid-19 e das subsequentes restrições à mobilidade", sublinha o relatório da agência de notação financeira canadiana.

 

A magnitude do choque, frisa, "reflete a natureza aberta e de pequena dimensão da economia, bem como o contributo do turismo para o PIB".

 

"Uma vez que o programa de vacinação [contra a covid] está a avançar", a DBRS estima que a economia deverá recuperar este ano, "se bem que a robustez da retoma continue a ser incerta".

 

Por isso, a agência considera que o impacto sobre o perfil de crédito de Portugal "dependerá da duração da crise e até que ponto esta poderá alterar estruturalmente as perspetivas de crescimento de médio prazo e debilitar as finanças públicas".

 

A DBRS refere que a confirmação da perspetiva estável equilibra o abrupto choque sanitário e económico com as melhorias em indicadores chave para o rating nos anos anteriores a esta crise.

 

"O aumento do investimento e a diversificação das exportações para bens e serviços de maior qualidade apontam para sólidas perspetivas de crescimento no médio prazo", diz a DBRS no seu relatório.

 

Além disso, "os anos de excedentes orçamentais primários [não incluindo os juros] e a redução da dívida pública face ao PIB deram ao governo margem de manobra para providenciar estímulos orçamentais temporários para amortecer o impacto do choque da covid na economia".

 

A DBRS recorda que há também um compromisso por parte dos partidos políticos no sentido de reequilibrar as contas assim que a situação melhore.

 

Por outro lado, "os fundamentais do crédito junto dos maiores bancos portugueses foram reforçados antes da crise da covid-19", diz.

 

A agência recorda ainda que o rating é sustentado igualmente pelo facto de Portugal ser membro da Zona Euro e pertencer à estrutura de governação económica da União Europeia – se bem que as heranças da crise da Zona Euro continuem a contribuir para as vulnerabilidades, nomeadamente o alto endividamento público, o ainda elevado crédito malparado do sistema financeiro e o potencial relativamente baixo de crescimento económico.

 

"Estes problemas herdados da crise do euro poderão ser ainda mais difíceis de gerir se as consequências adversas da atual crise da covid se revelarem duradouras", alerta.

(notícia atualizada às 21:41)

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