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Stoxx 600 perde há cinco sessões. China ofusca ganhos na energia e automóveis
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Stoxx 600 perde há cinco sessões. China ofusca ganhos na energia e automóveis
A Europa fechou a sessão desta terça-feira em terreno negativo, à exceção de Milão - que avançou muito ligeiramente.
Os dados económicos dececionantes vindos da China ofuscaram as subidas dos setores da energia e dos serviços financeiros.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 desvalorizou 0,23% para 456,9 pontos, tendo terminado a quinta sessão consecutiva no vermelho.
Dos setores que compõem o índice de referência europeu, os setores do petróleo & gás, automóvel e serviços financeiros comandaram os ganhos. Já os setores dos produtos químico e das "utilities" (água, luz, gás) lideraram as perdas.
As ações da Shell ganharam 0,96% e os títulos da Totalenergies arrecadaram 2,01%.
O setor dos serviços financeiros foi sobretudo impulsionado pela subida dos títulos do Partners Group, que escalaram 12,95% após o grupo ter reportado uma receita no primeiro semestre que superou as estimativas.
Entre as principais praças europeias, Madrid recuou 0,14%, Frankfurt desvalorizou 0,27% e Paris recuou 0,34%. Londres desvalorizou 0,10% e Amesterdão recuou ligeiramente (-0,04%). Já Milão registou uma subida marginal de 0,04%.
O índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços na China – da S&P Global em parceria com o Caixin Insight Group - recuou de 54,1 em julho para 51,8 em agosto, o nível mais baixo em oito meses.
Os investidores estiveram ainda a digerir a mais recente sondagem do BCE. As expectativas dos consumidores relativamente à inflação para os próximos meses manteve-se em 3,4%, sendo que as expectativas para os próximos três anos subiram de 2,3% para 2,4%, face ao inquérito de junho.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se, esta terça-feira, o que significa que as obrigações perderam terreno - isto num dia em que os ativos de risco também estiveram em baixa, com os investidores a digerirem os dados do inquérito do Banco Central Europeu (BCE) - que mostraram que os consumidores ainda esperam que a inflação continue a subir.
A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos subiu 3,6 pontos base para 3,316%, enquanto a das Bunds alemãs, referência para a região, aumentou 3,3 pontos base para 2,608%.
Já os juros da dívida soberana italiana com o mesmo prazo somaram 5,1 pontos base para 4,333%, a rendibilidade da dívida espanhola cresceu 3,7 pontos base para 3,645% e os juros da dívida francesa também a dez anos avançaram 3,8 pontos base para 3,135%.
Hoje as atenções viraram-se para o inquérito às expectativas dos consumidores do BCE, que revelou que as expectativas de inflação a três anos aumentaram para 2,4% em julho, de 2,3% em junho, acima da meta de 2% do banco central.
Brent primeira vez desde novembro na linha dos 90 dólares
O petróleo segue a valorizar, tanto em Londres como em Nova Iorque, no mesmo dia em que tanto a Arábia Saudita como a Rússia anunciaram mais cortes unilaterais na produção e exportação de crude.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,84% para 89,75 dólares por barril, depois de ter chegado a tocar na fasquia dos 90 dólares, como não era visto desde novembro do ano passado.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 1,32% para 86,68 dólares por barril.
Tanto a Rússia como a Arábia Saudita voltaram a cortar na exportação de petróleo, de forma unilateral (face à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, o chamado grupo OPEP+). O tempo redução ficou acima do que era esperado pelo mercado.
Euro em queda após inquérito do BCE
O euro segue a recuar 0,68% face à nota verde, a negociar nos 1,0723 dólares, num dia em que foi conhecida a mais recente sondagem mensal do Banco Central Europeu.
As expectativas dos consumidores relativamente à inflação para os próximos meses manteve-se em 3,4%, sendo que as expectativas para os próximos três anos subiram de 2,3% para 2,4%, face ao inquérito de junho.
Por outro lado, o indicador de força do dólar negoceia em máximos de cinco meses, com os investidores expectantes de que a resiliência da economia norte-americana leve a Reserva Federal (Fed) norte-americana a manter os juros diretores em terreno restritivo.
Além disso, a procura pela nota verde está ser reforçada pelos mais recentes dados sobre a desaceleração do setor do serviços na China, a par da nota do Goldman Sachs, que revê em baixa a probabilidade do advento de uma recessão dos EUA de 20% para 15%.
Assim, o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – cresce 0,51% para 104,76 pontos.
Xi e Powell ofuscam metais preciosos
O ouro perde terreno, num dia em que o dólar negoceia em máximos de março. Os dados (fracos) vindos da china desapontaram os investidores.
Além disso, o mercado prepara-se para a próxima reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, estando mais focado no tempo da manutenção dos juros diretores em terreno restritivo do que propriamente no número de subidas.
Assim, o metal amarelo desvaloriza 0,80% para 1.927,19 dólares a onça. Prata, platina e paládio seguem esta tendência negativa.
O índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços na China – da S&P Global em parceria com o Caixin Insight Group -recuou de 54,1 em julho para 51,8 em agosto, o nível mais baixo em oito meses.
Wall Street no vermelho. Investidores preveem manutenção dos juros em terreno restritivo
Wall Street começou o dia no vermelho, numa altura em que os investidores esperam a manutenção dos juros diretores nos EUA em terreno restritivo por algum tempo, ainda que apontem para que o ciclo de subida seja suspenso na reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana deste mês.
O industrial Dow Jones cai 0,12% para 34.794,23 pontos, enquanto o S&P 500 desliza 0,25% para 4.504,05 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,35% para 13.982,50 pontos.
O governador da Fed Cristopher Waller afirmou, em entrevista à CNBC, que os decisores de política monetária do banco central podem apenas "sentarem-se e esperar pelos dados", dando sinais de que apoia uma pausa no ciclo de subida do aumento da taxa dos fundos federais após o encontro em setembro.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma esmagadora probabilidade de 95% de que os juros diretores se mantenham inalterados após a reunião de política monetária em setembro.
Por outro lado, o Goldman Sachs reviu em baixa a probabilidade de recessão nos EUA de 20% para 15%. Para o banco de investimento, o arrefecimento da inflação a par da robustez do mercado de trabalho dão sustentação para esperar uma pausa de subida dos juros diretores nos EUA.
As ações norte-americanas estão prestes a atravessar aquele que costuma ser o pior mês do ano para o mercado dos Estados Unidos.
Euribor voltam a subir
A taxa Euribor subiu esta terça-feira nos três principais prazos usados como referência no país. A 12 meses, a taxa atualmente mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 4,049%, mais 0,006 pontos que na segunda-feira, depois de ter atingido em 7 de julho um novo máximo desde novembro de 2008.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho de 2022, fixou-se em 3,955%, mais 0,021 pontos face a segunda-feira, mas ainda abaixo dos 3,987% registados em 31 de agosto, um máximo desde novembro de 2008.
Por sua vez, a Euribor a três meses aumentou 0,028 pontos, para 3,798%, contra um máximo de 3,826% em 23 de agosto deste ano.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base – tal como em 15 de junho e 4 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Negócios com Lusa
China penaliza bolsas europeias
Os principais índices europeus abriram a sessão no vermelho, depois de dados dos serviços na China terem ficado abaixo do esperado e estarem assim a renovar preocupações relativamente a uma frágil recuperação económica.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,73% para 454,63 pontos, com todos os setores no vermelho na sua quinta sessão consecutiva de perdas. Entre as cotadas mais penalizadas estão a LVMH e a Hermes, que perdem quase 2%, uma vez que se estima que o mercado chinês contribua para um quinto das receitas.
"Os investidores foram mais uma vez desapontados por dados da China, dado que os PMI dos serviços ficaram significativamente abaixo do esperado", disse à Bloomberg James Athey, analista da abrdn.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,66%, o francês CAC-40 desvaloriza 1,02%, o italiano FTSEMIB recua 0,51%, o britânico FTSE 100 perde 0,82% e o espanhol IBEX 35 cai 0,48%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,69%.
Juros inalterados na Zona Euro à espera de dados sobre expectativas do consumidor
Os juros das dívidas soberanas estão praticamente inalterados esta terça-feira, com o mercado focado na divulgação do resultado de um inquérito das expectativas do consumidor referente a julho.
A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravam-se 0,4 pontos base para 3,285%, enquanto a das Bunds alemãs, referência para a região, deslizam 0,1 pontos base para 2,573%.
Os juros da dívida soberana italiana com o mesmo prazo somam 1,4 pontos base para 4,296%, a rendibilidade da dívida espanhola cresce 0,3 pontos base para 3,591% e os juros da dívida francesa também a dez anos recuam 0,3 pontos base para 3,094%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a dez anos recuam 1,3 pontos base para 4,444%.
Valorização do dólar penaliza ouro
O ouro está a recuar esta terça-feira, numa altura em que o dólar continua a valorizar e vai, por isso, tornando o metal amarelo mais dispendioso para compradores com moeda estrangeira.
Depois de ter sido feriado esta segunda-feira, os investidores vão olhando para a decisão da Fed, com o aumento de expectativas de que as taxas de juro possam permanecer inalteradas neste mês de setembro.
O ouro recua 0,35% para 1.935,89 dólares por onça.
No mercado cambial, o dólar sobe 0,27% para 0,9288 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – soma 0,22% para 104,468 pontos.
Petróleo negoceia misto mas perto de máximos do ano
Os preços do petróleo estão a negociar mistos e perto dos valores mais elevados este ano, depois de uma subida derivada de cortes na produção e nas exportações por partes de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que têm levado a um aperto no mercado.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,27% para 85,78 dólares por barril, perto de máximos nos 86 dólares. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desce 0,28% para 88,75 dólares por barril, também perto do valor mais elevado do ano nos 89 dólares.
O crude tem registado fortes ganhos, depois do anúncio de cortes no fornecimento por parte de Riade e Moscovo. É agora esperado que nos próximos dias as duas capitais anunciem uma extensão dos atuais cortes em vigor.
"As três rondas de cortes na produção por parte da Arábia Saudita e parceiros da OPEP+ desde setembro de 2022 explicam por completo o retorno de um grande défice" na procura, escreveram analistas do Goldman Sachs numa nota vista pela Bloomberg.
PMI nos serviços abalam sentimento na China. Europa de mira no vermelho
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura em terreno negativo, numa altura em que os investidores vão olhando para a recuperação económica da China, após terem sido divulgados dados sobre os serviços que mostraram o crescimento mais lento do ano em agosto.
Ainda em foco esta terça-feira vão estar os dados finais dos PMI, o índice compósito e o índice desagregado para os serviços, referente à Zona Euro e às maiores economias da Zona Euro, como Espanha, Itália, França e Alemanha.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,2%.
Na Ásia, a sessão fez-se no vermelho, em reação às estatísticas dos serviços hoje divulgadas, que acentuam que a economia chinesa está a perder impulso. Ainda a impactar a negociação está a entrada nas últimas horas do período de graça para que a imobiliária Country Garden realize os pagamentos de juros das obrigações em dólares.
Os índices da Coreia do Sul também registaram quedas, depois de ter sido publicada a inflação de agosto, que acelerou de forma mais rápida que o esperado, deixando a porta aberta a uma subida de juros por parte do banco central.
"É o típico choque de realidade que está a arrefecer o 'rally' na China hoje, depois de os dados dos PMI nos serviços terem falhado as expectativas, sugerindo maior desaceleração económica daqui para a frente", disse à Bloomberg Hebe Chen, analista do IG Markets.
Pela China, Xangai perdeu 0,8%, no Japão, o Topix recuou 0,4% e o Nikkei cedeu 0,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,2%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,8%.