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Bolsa de Lisboa cede, com Jerónimo Martins em mínimos de mais de quatro meses

A família EDP e a Jerónimo Martins foram as cotadas que mais pressionaram o índice, num dia marcado por um menor apetite pelo mercado de risco tanto na Europa com em Wall Street.

Após a escalada da inflação, as contas do semestre irão revelar se as vendas resistem ao abrandamento no consumo e alívio na subida de preços.
Tiago Sousa Dias
05 de Setembro de 2023 às 16:40
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A bolsa de Lisboa fechou a sessão em terreno negativo, em linha com as principais praças europeias, num dia marcado por um menor apetite pelo mercado acionista, tanto no Velho Continente como em Wall Street. 


O índice PSI desvalorizou 0,56% para 6.148,56 pontos. Entre as 16 cotadas que compõem a principal montra da praça nacional, 10 encerraram em terreno negativo, cinco no verde e uma inalterada.

A família EDP e a Jerónimo Martins foram as cotadas que mais pressionaram o índice. A retalhista comandou as perdas, ao tombar 4,26% para 22,04 euros, tendo assim renovado mínimos de 26 abril e registado a maior queda desde 27 de julho. O movimento ocorre depois de o JPMorgan ter revisto em baixa a recomendação e o preço-alvo da Jerónimo Martins.

Esta terça-feira, o Negócios avançou que a dona do Pingo Doce acumula uma dívida superior a 32 milhões de euros ao Estado a título do pagamento da chamada taxa de segurança alimentar a qual tem vindo a impugnar sucessivamente junto dos tribunais desde que foi imposta há mais de dez anos.

A Mota-Engil foi a cotada que mais contrariou a tendência, tendo somado 2,36% para 3,04 euros, tendo fechado em máximos de julho de 2018, um dia depois de o grupo liderado por Carlos Mota Santos ter anunciado que ganhou o contrato de mais de 30 milhões de euros com a farmacêutica germânica BioNTech, dividindo a meias o valor com a sua parceira de Oliveira de Frades, à qual adjudicou o fabrico e a montagem da estrutura metálica da primeira fábrica de vacinas de RNA mensageiro em África.


A construtora foi acompanhada pela Galp, que ganhou 2,3% para 13,35 euros, tendo terminado em máximos de fevereiro de 2020.

A cotada subiu à boleia da valorização do petróleo no mercado internacional, após a Rússia e a Arábia Saudita terem anunciado o prolongamento dos cortes unilaterais da produção e exportação de crude até ao final do ano.

No setor energético o sentimento foi misto. Além da subida da Galp, a REN permaneceu inalterada em 2,49 euros. Já a EDP recuou 1,09% para 4,09 euros e a EDP Renováveis cedeu 1,52% para 16,5 euros. A Greenvolt perdeu 1,14% para 6,08 euros.

No retalho, além da queda da Jerónimo Martins, a Sonae registou uma desvalorização de 0,57% para 0,9675 euros.

Entre as papeleiras, a Altri somou 0,18% para 4,57 euros, enquanto a Semapa perdeu 0,6% para 13,26 euros e a Navigator recuou 0,83% para 3,36 euros.

O BCP, por seu lado, cedeu 0,53% para 0,2606 euros.


(Notícia atualizada às 17:02 horas). 

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