Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Wall Street no vermelho já de olhos postos na Fed. 40 empresas inundam mercado de dívida

Os investidores antecipam que a Fed faça uma pausa na subida dos juros diretores na reunião que decorre este mês, mas que os mantenha em terreno restritivo. No mercado da dívida, as "yields" das obrigações soberanas dos EUA agravaram-se em todas as maturidades, num dia em que pelo menos 40 empresas em todo o mundo emitiram dívida.

DR
Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 05 de Setembro de 2023 às 21:44

Wall Street fechou a sessão em terreno negativo, numa altura em que os investidores se preparam para a reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana marcada para este mês.

Os investidores antecipam que o ciclo de subida de taxas de juro possa ser travado neste encontro, mas acreditam que os juros diretores se vão manter em terreno restritivo durante algum tempo.

O industrial Dow Jones caiu 0,56% para 34.641,97 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) desvalorizou 0,42% para 4.496,83 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite recuou ligeiramente (-0,08%) para 14.020,95 pontos.

As ações energéticas destacaram-se do lado dos ganhos, depois de a Rússia e a Arábia Saudita terem anunciado mais cortes na oferta de crude até dezembro.

Numa altura em que o mercado tenta prever a decisão da Fed, o mercado esteve atento às palavras proferidas por dois membros do banco central durante esta terça-feira.

Cristopher Waller, membro do conselho de governadores da Fed, afirmou em entrevista à CNBC que os decisores de política monetária do banco central podem apenas "sentar-se e esperar pelos dados", dando sinais de que apoia uma pausa no ciclo de subida do aumento da taxa dos fundos federais após o encontro em setembro.

Já Loretta Mester, líder da Fed de Cleveland afirmou, em sentido contrário, que o banco central precisa de aumentar "um pouco mais" as taxas de juro, não deixando claro o que deve fazer a Reserva Federal durante a reunião marcada para os próximos dias 19 e 20 de setembro.

No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma esmagadora probabilidade de 95% de os juros diretores se manterem inalterados após a reunião de política monetária deste mês.

Por outro lado, o Goldman Sachs reviu em baixa - de 20% para 15% - a probabilidade de recessão nos EUA. Para o banco de investimento, o arrefecimento da inflação e a robustez do mercado de trabalho dão sustentação para esperar uma pausa de subida dos juros diretores nos EUA.

 

No mercado da dívida, as rendibilidades das obrigações norte-americanas em todas as maturidades agravaram-se, num dia em que pelo menos 40 empresas em todo o mundo com "rating" elevado decidiram colocar dívida no mercado em todo o mundo.

Ver comentários
Saber mais Wall Street Fed EUA EUA economia negócios e finanças macroeconomia mercado e câmbios bolsa mercado de dívida juros banco central
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio