Notícia
Europa no vermelho com investidores de olho na Fed. Petróleo regressa aos ganhos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Juros recuam com perspetiva de maior subida dos juros da Fed
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro recuaram, numa altura em que os investidores estão a apostar em ativos mais seguros - depois de o presidente da Reserva Federal dos EUA ter reafirmado a sua prioridade na estabilização dos preços, pondo em cima da mesa um aumento do ritmo da subida das taxas de juro.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - caiu 0,7 pontos base para 2,633%, enquanto os juros da dívida italiana desceram 3,8 pontos base para 4,379%.
Os juros da dívida pública francesa desvalorizaram 0,3 pontos base para 3,163%, os juros da dívida espanhola recuaram 2 pontos base para 3,637%, e os da dívida portuguesa desceram 1,6 pontos base para 3,473%.
Europa no vermelho com investidores de olho na Fed
As bolsas europeias fecharam no vermelho, numa altura em que os investidores analisam os últimos comentários do presidente da Fed, Jerome Powell, sobre o curso da política monetária.
O Stoxx 600, referência para a região, cedeu 0,22% para 459,98 pontos, com os setores do imobiliário e o dos recursos naturais a liderarem quedas (-3,24% e 2,72%, respetivamente).
Nas principais praças europeias, o francês CAC-40 perdeu 0,12%, o espanhol Ibex 35 perdeu 0,45%, o italiano FTSE Mib recuou 0,72% e o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,63%. Só o alemão Dax fugiu às quedas, tendo somado uns ligeiros 0,01%.
Jerome Powell falou na terça e quarta-feira perante os membros do Senado e da Câmara das Representantes dos Estados Unidos - que juntas formam o Congresso -, onde admitiu que a Fed está disposta a aumentar o ritmo das subidas das taxas de juro, mas também ressalvou que nenhuma decisão oficial foi tomada. Mas a possibilidade foi o suficiente para colocar os mercados em sobressalto e provocar a procura por ativos mais seguros, como as obrigações.
No que ao Banco Central Europeu diz respeito, os economistas da Bloomberg esperam que as próximas duas subidas sejam de 50 pontos base e outras duas de 25 pontos base.
Petróleo regressa aos ganhos com perda de força do dólar
Depois de negociar no vermelho nas três primeiras sessões da semana, o "ouro negro" segue hoje a recuperar nos principais mercados internacionais.
Na terça-feira, o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, deu a entender – no Senado – que a Fed poderia endurecer o ritmo das subidas dos juros diretores, o que deu força ao dólar e penalizou o petróleo. Mas ontem Powell já foi mais moderado no seu discurso na Câmara dos Representantes, o que está a fazer com que a nota verde perca alguma força.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,76% para 77,24 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 0,70% para 83,24 dólares.
O facto de o dólar estar agora a ceder terreno ajuda à tendência de subida da matéria-prima, uma vez que os ativos denominados na nota verde, como é o caso do petróleo, ficam mais atrativos para quem negoceia com outras moedas.
A contribuir para a valorização do crude está também a pertubação no fornecimento de combustível em França, devido a uma greve dos funcionários de terminais de gás natutal liquefeito.
Além disso, a queda dos stocks norte-americanos de crude na semana passada atenuou muitos receios do impacto da subida dos juros diretores nas economias.
Dólar cai face ao euro com mais pessoas a pedir subsídios de desemprego nos EUA
O dólar segue a cair face ao euro, num dia em que foi divulgado que o número de novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA aumentou na semana passada. Um mercado laboral mais débil é sinal de algum arrefecimento da economia, e consequente descida da inflação – e, perante os sinais de menos pressão nos preços, a Fed poderá reduzir o ritmo de subida dos juros diretores, levando assim os investidores a ganharem mais confiança e a apostarem em ativos mais arriscados.
A moeda norte-americana recuou 0,2743% para 0,9454 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da "nota verde" face a dez divisas rivais, desce 0,44% para 105,216 pontos.
O Departamento de Trabalho dos EUA disse esta quinta-feira que os pedidos iniciais de subsídio de desemprego dos EUA dispararam mais de 10% na semana passada, o que poderá fazer com que a Reserva Federal não aumente o ritmo de aumento das taxas de juro, deixando espaço para o mercado apostar em ativos mais arriscados em vez de portos seguros, como o dólar e as obrigações.
Ouro valoriza com sinais de enfraquecimento do emprego nos EUA
O ouro continua a valorizar após o número de novos pedidos de subsídios de desemprego nos EUA ter aumentado para o valor mais alto desde dezembro, o que poderia fazer com que a Reserva Federal afinal não endureça mais a sua política monetária.
O metal amarelo avança 0,91% para 1.830,37 dólares por onça.
Na quarta-feira Jerome Powell, presidente da Fed, revelou que o banco central estava "preparado para aumentar a velocidade da subida dos juros diretores" caso o mercado laboral continue resiliente.
No entanto, esta quinta-feira o número de pedidos de auxílio por desemprego aumentou mais do que se antecipava, o que pode fazer com que a Fed opte por não aumentar o ritmo do aperto monetário.
Pedidos de subsídio de desemprego aumentam e dão força a Wall Street
As principais praças de Nova Iorque estão a negociar em terreno positivo revertendo assim as perdas dos últimos dias depois de o número de novos pedidos de subsídio de desemprego ter subido para o valor mais elevado desde dezembro - um sinal de que o mercado laboral poderá estar a arrefecer.
O "benchmark" S&P 500 sobe 0,32% para 4.005,23 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,21% para 11.600,15 pontos e o industrial Dow Jones avança 0,45% para 32.944,86 pontos.
Os investidores estão ainda a digerir as palavras do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que referiu ontem na Câmara dos Representantes que a dimensão da subida dos juros diretores em março iria depender de dados relacionados com o emprego e com a inflação.
Alguns economistas esperam bons dados relativamente às estatísticas sobre os salários que vão ser divulgadas esta sexta-feira. Um forte crescimento do emprego, já que amanhã também divulgada a taxa de desemprego, seriam más notícias para os mercados, escreveram analistas do Citi numa nota vista pela Bloomberg.
"Dado que boas notícias [para a economia] são más notícias para os mercados, pensamos que estes dados podem levar a um maior 'sell-off' no mercado acionista e apoiar uma maior subida das taxas de juro", revela o documento.
Taxas Euribor a 3, 6 e 12 meses renovam máximos de novembro de 2008
A taxa Euribor subiu hoje a três, seis e 12 meses para novos máximos desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,978%, mais 0,034 pontos, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, também avançou hoje, para 3,461%, mais 0,010 pontos do que na quarta-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 2,948%, mais 0,004 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre no vermelho. Credit Suisse com perdas pelo quarto dia consecutivo
Os principais índices europeus começaram o dia a negociar no vermelho, com os investidores a afastarem-se do risco, numa altura em que as preocupações com uma política monetária mais agressiva vão pautando o sentimento dos investidores.
O índice de referência da região, Stoxx 600, perde 0,47% para 458,82 pontos, com o setor mineiro, do imobiliário, viagens e petróleo e gás a caíram mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, o Credit Suisse perde 4,22%, registando quedas pelo quarto dia consecutivo - a mais longa série desde meados de dezembro, - depois de o banco ter adiado do relatório anual e detalhes de compensação referentes a 2022.
Já a Hugo Boss perde mais de 3%, após o "guidance" para 2023 ter sido abaixo do esperado pela casa de investimento Jefferies.
"As ações europeias devem continuar a negociar neste patamar dada a inflação persistente e um crescimento global moderado", afirmou o analista Paul de la Baume, do FlowBank, numa nota vista pela Bloomberg.
Nas principais praças europeias, o madrileno IBEX 35 perde 0,51%, o DAX desce 0,12% em Frankfurt e o parisiense CAC-40 recua 0,42%. Por sua vez, o londrino FTSE 100 cai 0,13% e o milanês FTSEMIB desvaloriza 0,82%. Já em Amesterdão, o AEX decresce 0,74%.
Juros agravam-se na Zona Euro, após dois dias de alívio
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, após dois dias de alívio, numa altura em que os investidores se podem estar a virar para os ativos de menor risco, como as obrigações.
A influenciar a negociação está uma entrevista ao governador do Banco de França, Francois Villeroy de Galhau, que reiterou esperar que a inflação em França atinja o pico entre março e junho.
O membro do conselho do Banco Central Europeu referiu ainda que o BCE quer trazer "a inflação de volta aos 2% até ao fim de 2024 ou nos primeiros meses de 2025", acrescentando que esta meta é "um comprometimento e não uma previsão".
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos - referência para a região - agrava-se 4 pontos base para 2,681%, enquanto os juros da dívida italiana somam 5,7 pontos base para 4,474%.
Os juros da dívida pública francesa acrescem 4,3 pontos base para 3,18%, os juros da dívida espanhola sobem 4,2 pontos base para 3,699%, bem como os juros da dívida portuguesa que avançam igualmente 4,2 pontos base para 3,53%.
Fora da região, os juros da dívida britânica somam 3,3 pontos base para 3,379%.
Dólar cai face ao euro, mas segue perto de máximos de três meses
O dólar está a negociar em ligeira baixa face ao euro, seguindo assim perto de máximos de três meses, a tomar balanço da expectativa dos investidores de que a Fed seja mais rápida e mais "hawkish" na subida dos juros diretores.
A moeda norte-americana recua 0,058% para 0,9474 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da "nota verde" face a dez divisas rivais, desce 0,15% para 105,503 pontos.
Os investidores focam-se agora nos dados económicos nos Estados Unidos, na tentativa de compreender se a aceleração verificada em janeiro é uma tendência ou apenas um desvio face à desaceleração que se vinha sentindo.
Dados sobre o desemprego e a inflação vão ser seguidos de perto já que Jerome Powell, presidente da Fed, revelou que vai estar dependente desses valores para tomar decisões de política monetária.
Ouro valoriza, mas de olho na Fed
O ouro está a valorizar, mas ainda assim perto do valor mais baixo este ano, pressionado por especulação de que a Fed à volta do aperto das taxas de juro nas próximas reuniões de política monetária.
O metal amarelo avança 0,18% para 1.817,05 dólares por onça.
Esta quarta-feira Jerome Powell, presidente da Fed, revelou que o banco central estava "preparado para aumentar a velocidade da subida dos juros diretores" caso dados relacionados com o mercado laboral ou os preços sejam acima do esperado.
Esta sexta-feira é divulgado o número de pedidos de desemprego nos Estados Unidos, cujo resultado deverá dar um bom indicativo sobre o caminho a seguir pela Reserva Federal.
Petróleo inverte tendência e sobe ligeiramente. Gás recua 2%, mesmo com baixas temperaturas
O petróleo está a valorizar ligeiramente, invertendo assim as perdas verificadas na sessão asiática.
O "ouro negro" tem sido penalizado pelo tom mais "hawkish" da Reserva Federal norte-americana, que deverá voltar a subir as taxas de juro e manter uma política restritiva durante mais tempo que o esperado.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – valoriza 0,1%, para 82,74 dólares por barril. Por sua vez, o West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – avança 0,04%, para 76,69 dólares por barril.
Durante a sessão asiática o sentimento negativo à volta da política monetária levada a cabo pelos bancos centrais acabou por se sobrepor aos dados sobre os "stocks" de crude nos Estados Unidos, mas tal parece estar a inverter, à medida que as praças europeias começam a negociar.
De acordo com a Administração de Informação em Energia, as reservas tiveram uma queda inesperada de 1,7 milhões de barris na semana passada, o primeiro declínio este ano.
No mercado do gás, os futuros seguem a desvalorizar de forma considerável pelo segundo dia consecutivo, numa altura em que os níveis de importação de gás natural dos países europeus seguem perto de máximos do ano passado e vão-se sobrepondo às temperaturas mais baixas sentidas no Velho Continente.
O gás negociado em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – perde 2,74%, para 40,85 euros por megawatt-hora, depois de ontem ter registado uma queda de quase 3,5%.
Futuros da Europa apontam para ligeira queda. Ásia positiva com Powell a pautar o sentimento
Os principais índices europeus devem negociar esta quinta-feira no vermelho, depois de ontem terem terminado o dia com um ganho ligeiro, com os investidores principalmente focados nos bancos centrais e na possibilidade de um aperto ainda maior e mais rápido das taxas de juro.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,1%.
Na Ásia, a sessão foi em sentido contrário, com os "traders" a encontrarem apoio nas palavras mais "soft" do presidente da Reserva Federal norte-americana. Apesar de Jerome Powell ter reiterado que a taxa de juro final será provavelmente mais elevada do que o esperado, afirmou ainda que a dimensão do aumento deste mês ainda não está decidida.
Na China, os índices da região valorizaram após a inflação ter desacelerado em fevereiro. Já no Japão, os investidores estão a antecipar uma reunião do Banco do Japão esta sexta-feira, onde é esperada a manutenção de uma política monetária de juros ainda negativos, apesar da subida da inflação no país.
Na China, tanto Xangai como o tecnológico Hang Seng, de Hong Kong, subiram 0,3%,. No Japão, o Nikkei ganhou 0,6% e o Topix pulou 0,9%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou apenas 0,1%.