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Esforços diplomáticos no Médio Oriente dão alento às bolsas europeias
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
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Esforços diplomáticos no Médio Oriente dão alento às bolsas europeias
Os principais índices europeus enceraram a sessão em alta esta segunda-feira, com os "traders" a optarem por ativos de maior risco numa altura em que avaliam os esforços diplomáticos dos Estados Unidos e aliados para impedir um escalar do conflito entre o Hamas e Israel.
O Stoxx 600, índice de referência do Velho Continente, subiu 0,23% para 450,20 pontos, com os setores retalhista e mineiro a sustarem os ganhos ao valorizarem 2%. Ainda a impulsionar estiveram a banca, as viagens e os serviços financeiros - que avançaram quase 1%.
O principal índice polaco, WIG20, subiu mais de 5%, liderado pelo setor da banca, depois de as sondagens apontarem para que a Coligação Cívica, em conjunto com outros dois partidos, tenha alcançado uma maioria parlamentar, ao contrário do Partido Lei e Justiça (PiS), que foi Governo até agora. A motivar os ganhos está a possibilidade de uma flexibilização do regime de regulação bancária.
Apesar de o sentimento de mercado estar a receber algum impulso dos esforços diplomáticos dos EUA, a analista Marija Veitmane da State Street Global Markets recomenda, em declarações à Bloomberg, "prudência em adicionar risco às posições, uma vez que o conflito ainda pode escalar".
"Adicionalmente, as preocupações em torno de taxas de juro elevadas durante mais tempo ainda não desapareceram, o que para nós ainda é um grande impedimento para uma valorização das ações e outros ativos de risco", completou.
Os investidores estiveram ainda a avaliar comentários do governador do Banco de Espanha, Pablo Hernandez de Cos, que afirmou que a subida dos encargos financeiros com empréstimos por todo o mundo pode significar que o Banco Central Europeu já fez o suficiente para controlar a inflação.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,34%, o francês CAC-40 valorizou 0,27%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,55%, o britânico FTSE 100 subiu 0,41% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,59%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,2%.
Juros agravam-se na Zona Euro. "Yield" da dívida italiana alivia com novo orçamento
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão a agravar-se, com os investidores a retornarem aos ativos de maior risco, com a situação no Médio Oriente sem uma escalada substancial.
Apenas os juros da dívida italiana aliviaram um ponto base para os 4,756%, depois de Roma ter anunciado um novo orçamento para 2024 que totaliza 24 mil milhões de euros.
Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravaram-se 4,4 pontos base para 3,476%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo vencimento somou 4,7 pontos base para 2,780%.
Já os juros da dívida espanhola subiram 2,8 pontos base para 3,899% e os da dívida francesa somaram 3,8 pontos base para 3,402%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica avançaram 9,5 pontos base para 4,477%.
Shekel em mínimos de 2015 face ao dólar
A moeda israelita caiu hoje para o nível psicológico de quatro shekels por um dólar, tocando assim em mínimos de oito anos face à divisa norte-americana. Desde o ataque do Hamas sobre Israel que a moeda israelita já desvalorizou mais de 4% face ao dólar.
Embora o Banco de Israel nunca tenha indicado um nível específico para intervir no mercado cambial, os participantes do mercado veem o nível atual como um patamar psicológico.
"Apesar de o banco central ter tornado claro que vai tentar impedir a queda da moeda, não vejo o shekel retornar aos níveis do início do mês até que o conflito na região acalme", afirmou à Reuters a analista Helen Given da Monex.
Já face às principais divisas rivais, o dólar segue a desvalorizar, isto numa altura em que aumentam os esforços diplomáticos por parte dos Estados Unidos para impedir que o conflito entre o Hamas e Israel se expanda.
O dólar recua 0,35% para 0,9482 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra um cabaz de 10 divisas – cai 0,31% para 106,319 pontos.
Petróleo cai com acordo dos EUA para aliviar sanções contra Venezuela
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa nos principais mercados internacionais, devido à informação de que os Estados Unidos concordaram em flexibilizar as sanções contra a Venezuela.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ceder 0,73% para 85,05 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,87% para 90,10 dólares.
Os EUA e a Venezuela terão chegado a acordo para um aliviar das sanções norte-americanas à indústria petrolífera venezuelana, em troca de umas eleições presidenciais monitorizadas no próximo ano naquele país da América do Sul, avançou o The Washington Post.
Os investidores continuam a avaliar também o potencial impacto que um escalar do conflito Israel-Hamas poderá ter nos preços do petróleo.
Ouro recua em movimento de correção após maior ganho diário em sete meses
O ouro está a desvalorizar, num movimento de correção, depois de ter registado o maior ganho diário desde meados de março, de 3,42%, na passada sexta-feira.
Ainda assim, o metal segue a negociar acima dos 1.900 dólares por onça, com o escalar do conflito no Médio Oriente a manter os investidores cautelosos.
O metal amarelo recua 0,61% para 1.921,10 dólares por onça.
"Creio que estamos a ver alguma consolidação saudável de ganhos recentes... uma retirada de mais-valias normal por parte dos 'traders' de futuros a curto-prazo", disse à Reuters o analista Jim Wyckoff da Kitco Metals.
"Temos uma situação geopolítica séria no Médio Oriente, por isso penso que os preços do ouro vão subir nas próximas semanas e o patamar dos 2.000 dólares não está fora da equação", completou.
Wall Street começa semana no verde. Época de resultados e Médio Oriente centram atenções
Os principais índices em Wall Street abriram a negociar em alta esta segunda-feira. Esta semana os investidores irão centrar atenções nos dados das vendas a retalho nos Estados Unidos, bem como nos resultados de algumas grandes empresas, como o Goldman Sachs, Bank of America, Morgan Stanley, Johnson & Johnson, Tesla e Netflix.
Ainda sob as atenções do mercado estará o desenrolar do conflito entre o Hamas e Israel, numa altura em que tudo indica estar iminente uma ofensiva terrestre por parte de Israel à Faixa de Gaza.
O S&P 500, referência para a região, sobe 0,66% para 4.356,42 pontos, o industrial Dow Jones avança 0,71% para 33.909,68 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,71%, para 13.502,82 pontos.
Entre os movimentos de mercado, a Nvidia avança 0,7%, mesmo depois de a Reuters ter noticiado que iria tomar medidas para prevenir as fabricantes de "chips" norte-americanas de venderem para a China.
A Albermarle, a maior produtora de químicos provenientes do lítio do mundo, sobe 2%, após ter retirado uma proposta de compra da Liontown Resources por 4,16 mil milhões de dólares.
Em sentido contrário, a Lululemon pula quase 8%, com a sua ascensão ao índice de referência mundial, S&P 500, em vias de acontecer esta semana, com a saída da Activision Blizzard, que foi adquirida pela Microsoft.
Euribor desce a três e a seis meses e sobe a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a sexta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,172%, mais 0,001 pontos que na sexta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a julho de 2023, a Euribor a 12 meses representava 39,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 35,1% e 23,0%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, recuou hoje em 4,103%, menos 0,018 pontos que na sessão anterior, depois de ter subido para 4,138% em 02 de outubro, um novo máximo desde novembro de 2008.
No caso da Euribor a três meses, esta baixou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,975%, menos 0,010 pontos, depois de ter subido em 10 de outubro até 3,988%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Lisboa sobe numa Europa tingida de vermelho. Varsóvia escala quase 5% após eleições
O Stoxx 600 – referência para o mercado europeu – perde 0,13% para 448,58 pontos, com os investidores atentos ao esforço diplomático dos EUA para conter o conflito entre EUA e Hamas e ao resultado das eleições polacas. O mercado prepara-se ainda para o arranque da "earnings season" referente ao terceiro trimestre deste ano.
Dos 20 setores que compõem o "benchmark" europeu, tecnologia e "utilities" comandam as perdas, depois de a Bloomberg ter noticiado que os EUA estão a ponderar mais restrições ao acesso da China aos semicondutores produzidos no país.
Os investidores estão atentos às ações do grupo Ocado, as quais afundam 3,84%, após o Barclays ter revisto em baixa a recomendação das ações de "equal-wight" para "underweight", devido aos riscos que podem ter impacto no cumprimento do "guidance" a médio prazo.
Já a Atos valoriza 2,23%, após a empresa ter anunciado que o "chairman" Bertrand Meunier vai abandonar o cargo, pelo que adiou a data de fecho do acordo de venda do negócio ao multimilionário Daniel Kretinsky.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt desvaloriza 0,26%, Paris recua 0,55% e Madrid cede 0,39%.
Amesterdão cai 0,26% e Milão cede 0,32%. Já Londres negoceia na linha de água (0,02%) e Lisboa sobe 0,44%.
Na Polónia, o índice WIG20 chegou a subir quase 5%, tendo entretanto aliviado para uma subida de 3,26%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se na Zona Euro. O mercado mantém-se atento ao esforço diplomático dos EUA para conter o conflito entre EUA e Hamas.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – agrava-se 3,9 pontos base para 2,722%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 sobe 4,3 pontos base para 3,475%.
A rendibilidade das obrigações espanholas a 10 anos cresce 3,4 pontos base para 3,905%.
Os juros dos títulos italianos a 10 anos somam 2,4 pontos base para 4,791%.
Dólar da Nova Zelândia cresce após conservadores vencerem eleições
O dólar da Nova Zelândia cresce 0,33% para 0,5926 dólares norte-americanos, depois de o até agora partido da oposição, o Partido Nacional, ter vencido as eleições legislativas, contra o Partido Trabalhista, que formou governo durante seis anos.
O euro avança 0,08% para 1,0531 dólares.
O franco suíço cai 0,12% para 1,1066 dólares, tendo a volatilidade implícita do par chiado a 6,7%, como não era visto desde o passado dia 31 de março.
O zloty cede 0,29% para 0,2354 dólares. Os investidores digerem a mais recente sondagem à boca das urnas este domingo e que aponta para a vitória do partido no poder, Lei e Justiça (PiS), mas a maioria parlamentar aos partidos de oposição.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – cai 0,14% para 106,5 pontos.
Ouro corrige após escalar mais de 2%
O ouro recua mais de 1%, com os investidores de olhos postos na tentativa dos EUA de conter o conflito entre Israel e Hamas.
O metal amarelo cede 1,08% para 1.911,90 dólares por onça. A prata segue a tendência negativa, enquanto paládio e platina negoceiam praticamente inalterados. Na sexta-feira, o metal amarelo cresceu mais de 2%.
O presidente norte-americano, Joe Biden, está a ponderar visitar Israel nos próximos dias, enquanto os responsáveis do seu governo mantêm conversações, através de canais confidenciais, com o Irão, avança a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do processo.
A agência de informação acrescenta que ainda não foi tomada nenhuma decisão. Contactada pela Bloomberg, fonte oficial da Casa Branca afirmam que não há nenhuma viagem a anunciar.
A notícia surge numa altura em que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, regressa a Israel depois de uma ronda de contactos com vários países árabes. Biden afirmou que "seria um erro" se Israel ocupar a Faixa de Gaza.
Petróleo cede com investidores de olhos postos em Israel
O petróleo desvaloriza, numa altura em que os investidores se mantêm atentos aos mais recentes desenvolvimentos do conflito entre Israel e o Hamas.
O West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – desvaloriza 0,31% para 87,42 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desliza 0,37% para 90,55 dólares por barril.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, regressa esta segunda-feira a Israel depois de uma ronda de contactos com vários países árabes. Ainda do lado dos EUA, o presidente Joe Biden considerou que "seria um erro" se Israel ocupar a Faixa de Gaza.
Recorde-se que Israel prepara uma ofensiva na região.