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Bolsas europeias e petróleo regressam aos ganhos em tempo de avaliação da Ómicron
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Bolsas europeias regressam aos ganhos em tempo de avaliação da Ómicron
As bolsas europeias encerraram em alta, depois de na sexta-feira passada terem registado a maior queda desde junho de 2020. Os investidores decidiram voltar às suas apostas, enquanto avaliam a ameaça que a nova variante da covid-19, a Ómicron, pode constituir para a retoma económica.
O Stoxx 600 fechou a somar 0,78%, para 467,66 pontos, o maior ganho diário desde 1 de novembro, depois de na sessão anterior ter caído 3,72% – naquele que foi o seu maior tombo desde 11 de junho de 2020.
As cotadas do setor do lazer & viagens, que foi um dos que teve pior desempenho na última sessão, estiveram hoje entre as subidas de destaque.
Também os títulos ligados à energia registaram um avanço, à boleia da retoma do preço do petróleo nesta segunda-feira. Já as empresas mineiras tiveram um impulso com a subida das cotações dos metais industriais.
"Alguns investidores estão a aproveitar os preços mais baixos para comprar [o chamado ‘buying the dip’]", comentou à Bloomberg uma estratega da State Street Global Advisors. "No entanto, existe alguma divisão, pois há investidores que se mantêm muito cautelosos", acrescentou.
A subida de hoje, diz Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, deve-se à "estabilização dos preços depois da entropia causada pelos receios da nova variante Ómicron na semana passada. Um movimento que parece ser a ‘bonança depois da tempestade’".
"Esta semana os investidores em ações estarão a avaliar o potencial nível de ameaça que a nova variante pode representar para a recuperação económica. O pouco que se sabe sobre a Ómicron dificulta a previsão do que significará – se será um novo ‘cisne negro’ ou apenas turbulência temporária para os mercados", acrescenta Veyret na sua análise diária
E prossegue: "No meio deste clima de incerteza crescente, os investidores deverão confiar nas notícias macro e acompanhar de perto os discursos dos banqueiros centrais, especialmente os da Reserva Federal. Caso a Fed anuncie um atraso na redução gradual de estímulos, ou outras medidas dovish, isso poderá trazer mais suporte para os ativos mais arriscados".
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,2%, o francês CAC-40 valorizou 0,5%, o espanhol IBEX 35 pulou 0,6%, o italiano FTSEMIB avançou 0,7% e o britânico FTSE 100 subiu 0,9%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,7%.
Dólar recupera. Inflação alemã pressiona euro
Esta segunda-feira, o Índice do Dólar da Bloomberg- que compara a "nota verde" com 16 divisas - começou a estabilizar, com uma recuperação de 0,29%, para 96,37 pontos, depois de uma queda de 0,3% na sexta-feira.
Já o euro continua a derrapar. A queda matinal de 0,42% agravou-se, com a divulgação dos números das inflação alemã, para 0,45%, valendo agora 1,1266 dólares.
A taxa homóloga da inflação da Alemanha de acordo com os padrões harmonizados atingiu os 6% em novembro e deve subir ainda mais antes de uma descida no próximo ano, diz Carsten Brzeski, responsável macro global do ING.
A inflação mais elevada, juntamente com as novas restrições relacionadas com o vírus, "vai afetar o consumo privado até ao final do ano e no início de 2022", alerta o economista.
Farmacêuticas injetam confiança nos investidores e ouro cai
A corrida ao ouro continua a abrandar. O "metal dourado" segue a cair 0,90% para os 1.786,35 dólares por onça. Para a Bloomberg Intelligence, este é um sinal claro de que "apesar do medo causado nos mercados, devido à nova variante ómicron, o apetite pelo risco voltou".
"O pânico em torno da variante ómicron tem aliviado ao longo do fim de semana", indica a Jinrui Futures, numa nota citada pela Bloomberg. Ainda assim, é referido que a informação sobre esta variante é ainda escassa, mas que caso a taxa de mortalidade e a gravidade dos sintomas sejam limitadas, "o impacto nos mercados de capitais poderá ser controlável".
Desde que a nova variante foi identificada, em meados da semana passada, os principais fabricantes ocidentais de vacinas covid-19, incluindo a Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson, começaram a testar a eficácia dos seus produtos contra a estirpe.
Petróleo sobe mais de 3% a recuperar do mergulho de sexta-feira
Os preços do "ouro negro" seguem em terreno positivo, depois de na sexta-feira terem caído mais de 11% devido aos receios de que a nova variante de covid identificada na África do Sul endureça as restrições à circulação e penalize a procura por combustíveis.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro soma 3,37% para 70,45 dólares por barril.
Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 2,75% para 74,72 dólares.
A retoma de hoje dos preços está a funcionar como uma correção, enquanto o mundo aguarda por mais dados acerca da nova variante da covid-19, a Ómicron.
Entretanto, a Arábia Saudita e a Rússia estão a considerar fazer uma pausa nos recentes esforços para aumentar a produção global de crude, de acordo com fontes próximas das discussões citadas pela Dow Jones. Isto depois de Washington e outros países terem decidido libertar reservas de petróleo para tentar baixar os preços.
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP) decidem na quinta-feira, 2 de dezembro, as novas quotas de produção.
Wall Street recupera do tombo trazido pela ómicron. Farmacêuticas brilham entre os ganhos
Depois dos tombos na sessão de sexta-feira, um dia que trouxe ao S&P 500 a maior queda desde fevereiro, os índices norte-americanos começam a semana em tons de verde, a recuperar das quedas da sessão anterior.
Nesta altura, o industrial Dow Jones está a subir 0,66% para 35.130,36 dólares, enquanto o tecnológico Nasdaq avança 1,2% para 15.677,88 pontos. O S&P 500 sobre 0,83% para 4.632,85 pontos.
As empresas farmacêuticas, especialmente as fabricantes de vacinas contra a covid-19, estão em destaque na sessão em Wall Street. Empresas como a Moderna e a BioNTech já tinham visto os títulos escalar antes da abertura do mercado, com a indicação de que cada uma das empresas está a trabalhar numa versão das respetivas vacinas que tenha já em conta a variante ómicron. Nesta altura, os títulos da Moderna sobem 8,59% para 357,96 dólares; já a BioNTech ganha tem uma subida mais modesta, de 1,75%, a cotar nos 354,10 dólares.
Mas é a Krystal Biotech quem "rouba" a cena em Wall Street nestes primeiros minutos de negociação. A empresa está a valorizar 124,97% para 89,56 dólares - a maior subida desde o IPO da ocmpanhia. Esta cotada chegou a valorizar mais de 130% nos primeiros minutos.
A subida da Krystal está a decorrer à boleia de resultados promissores num medicamento para pacientes com distrofia muscular.
O arranque de sessão em Wall Street fica ainda marcado pela recuperação das empresas do setor de turismo e viagens, como as companhias aéreas, que registaram as maiores quedas na sessão de sexta-feira.
PSI-20 segue a velocidade de cruzeiro
A Bolsa de Lisboa mantém a tendência positiva de abertura, com o PSI-20 a valorizar 1,36%. Das 19 cotadas, 16 sobem, duas descem e uma mantém-se inalterada.
Todos os pesos pesados da bolsa estão do lado verde. Altri (2,99%), Galp Energia (2,20%) e Jerónimo Martins (2,03%) lideram os ganhos com valorizações expressivas. Em sentido inverso, Mota Engil (0,88%) e Ibersol (0,37%) são as únicas empresas que registam perdas. A Pharol mantém-se inalterada.
Lisboa está alinhada com as principais praças europeias, todas positivas. O índice Stoxx 600 avança 0,94%, com todos os setores a verde, liderados pelo turismo.
Europa pintada de verde. Setor do turismo lidera ganhos
As praças da Europa estão pintadas de verde nesta altura, a recuperar das fortes quedas registadas na sexta-feira. No caso do Stoxx 600, a queda foi de 3,7% - a mais elevada desde junho de 2020.
Esta manhã, o Stoxx 600 está a valorizar 0,71% para 467,33 pontos, com quase todos os setores em terreno positivo. Apenas o setor automóvel escapa aos tons de verde, ao ceder 0,54%.
As subidas no Stoxx 600 estão a ser liderada pelas empresas do turismo (2,67%), já que as companhias deste setor de atividade foram aquelas que mais caíram na sexta-feira. Por exemplo, a Carnival Corp, negociada em Londres, caiu cerca de 16% na sexta-feira; hoje está a valorizar cerca de 6%.
Além do setor do turismo e lazer, também as empresas de petróleo e gás estão em destaque, a valorizar 1,67%, num dia em que o petróleo está a escalar mais de 4%.
O PSI-20 avança 0,5%, enquanto o espanhol IBEX aprecia 0,65%; o alemão DAX avança 0,4%, o CAC 40 aprecia 0,58% e em Londres o FTSE sobe 0,75%. A bolsa de Amesterdão ganha 0,89%, enquanto a bolsa de Itália avança 0,8%.
Petróleo a recuperar do tombo de sexta-feira. Brent sobe mais de 4%
O petróleo está a subir esta manhã, a recuperar das quedas de cerca de 10% registadas na sexta-feira passada, à "boleia" da variante ómicron.
Os investidores continuam de olho neste tema, a analisar especialmente se esta variante poderá trazer novas restrições que possam pesar na procura por petróleo. Relativamente ao "selloff" de sexta-feira, o Goldman Sachs considerou a queda do petróleo como "excessiva".
Nesta altura, tanto o West Texas Intermediate (WTI) como o brent do Mar do Norte estão a valorizar. O WTI, negociado em Nova Iorque, está a subir 4,89% para 71,48 dólares por barril.
Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência ao mercado português, está a subir 4,33% para 75,87 dólares por barril.
Além da ómicron, há ainda outro fator a ter em conta na agenda do petróleo esta semana, a reunião da OPEP+.
Juros da dívida a subir na Zona Euro
Os juros da dívida soberana estão a subir esta manhã em vários países da Zona Euro. As "bunds" germânicas, a referência na Zona Euro, estão a subir 1,4 pontos base para -0,327%.
Em Itália, a subida é mais significativa, com a yield a agravar-se 2,2 pontos base para 0,993%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos estão a avançar 1,3 pontos base para 0,361%. Em Espanha, os juros com a mesma maturidade estão a subir 1,2 pontos base para 0,436%.
Euro e libra em queda. Com ânimos mais calmos iéne cede
Com os ânimos mais calmos em torno da variante ómicron, depois de os mercados tombaram na passada sexta-feira e os investidores procurarem ativos-refúgio, algumas das moedas que se incluem nesse campo estão a cair esta manhã. É o caso do iéne, habitualmente mais procurado em tempos de incerteza, que está a cair 0,09%.
Maior é o tombo do euro: a moeda única europeia cai 0,42% perante o dólar, para 1,1270 dólares. Também a libra esterlina está a ceder esta manhã, neste caso a cair 0,05% para 1,3330 dólares.
Do outro lado do Atlântico, o dólar valoriza 0,24% perante um cabaz composto por divisas rivais.
Ouro em queda com procura por ativos-refúgio a abrandar
O ouro começa a semana a derrapar, numa altura em que a corrida a este tipo de metal dá sinais de estar a abrandar. Na sexta-feira, o ouro registou ganhos de 0,77%, voltando a negociar acima da fasquia dos 1.800 dólares, devido aos receios e à incerteza trazida pela nova variante de covid-19. Batizada de ómicron, esta variante afastou os investidores do risco, aproximando-os de ativos-refúgio, mais procurados em tempos de incerteza, como é o caso do ouro.
Com os ânimos já mais calmos, o ouro está a cair 0,43% esta manhã, com a onça a negociar nos 1.794,77 dólares.
"O pânico em torno da variante ómicron tem aliviado ao longo do fim-de-semana", indica a Jinrui Futures, numa nota citada pela Bloomberg. Ainda assim, é referido que a informação sobre esta variante é ainda escassa, mas que caso a taxa de mortalidade e a gravidade dos sintomas sejam limitadas, "o impacto nos mercados de capitais poderá ser controlável".
Futuros apontam para abertura em alta na Europa. Investidores de olho na ómicron
Os futuros da Europa antecipam uma abertura em terreno positivo, depois das significativas quedas registadas na passada sexta-feira devido à nova variante de covid-19, a ómicron. Na sexta-feira, o Stoxx 600 registou a maior queda desde junho de 2020, perdendo 3,72%.
No arranque desta semana, os futuros apontam para ânimos mais calmos, ainda que a ómicron continue a ser um tema a merecer atenções. Nesta altura, os futuros do Stoxx 50 estão a valorizar 1,4%, sugerindo um movimento de recuperação após a "onda vermelha" que varreu a Europa na sexta-feira.
Já a sessão asiática fica marcada pelos tons de vermelho, sem uma nota de recuperação. O índice MSCI Ásia-Pacífico caiu cerca de 0,9%. Já o Hang Seng, em Hong Kong caiu 0,84%, aproximando-se do fecho mais baixo em mais de um ano.
No Japão, tanto o Topix como o Nikkei registaram perdas acima de 1,5%, num dia em que o país fechou as fronteiras a estrangeiros devido à nova variante. O Nikkei caiu 1,63% e o Topix cedeu 1,84%.