Notícia
Europa encurta ganhos com impasse nos EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa encurta ganhos com impasse nos EUA mas DAX bate novo recorde
A Europa encerrou a sessão em terreno positivo, tendo porém encolhido os ganhos com a notícia de que as negociações sobre o tecto de dívida dos EUA estavam num impasse. Frankfurt, ainda assim, alcançou máximos históricos.
Os negociadores do lado do "speaker" da maioria republicana da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, abandonaram abruptamente a reunião à porta fechada com os representantes da Casa Branca pouco depois de o encontro ter começado, segundo avançou a Bloomberg. Esta situação volta a colocar em dúvida a viabilidade financeira do governo federal, que poderá entrar em incumprimento já a partir de 1 de junho.
O Stoxx 600 - "benchmark" para o mercado europeu - somou 0,66% para 468,85 pontos, tendo durante a sessão alcançado máximos de fevereiro do ano passado.
Entre os 20 setores que compõem o índice de referência europeu, os dos serviços financeiros e indústria comandaram os ganhos. Já o setor do retalho foi o que mais desvalorizou.
Os investidores estiveram atentos às ações da JD Sports, as quais tombaram 7,56%, após a Foot Locker ter reportado resultados trimestrais que ficaram abaixo das expectativas e cortado no "guidance" para este ano.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt foi a que mais brilhou, tendo o DAX valorizado 0,7% e alcançado um novo recorde, ao tocar nos 16.375 pontos.
Paris somou 0,61%, Madrid ganhou 0,69% e Londres valorizou 0,19%. Já Amesterdão cresceu 0,24% e Milão subiu 1,05%.
Por cá, a bolsa de Lisboa contrariou a tendência europeia e caiu 0,22%.
Juros aliviaram na Zona Euro. Reino Unido vê agravamento
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram ligeiramente, num dia em que os investidores se dividiram entre a aposta em ativos mais seguros - como as obrigações e o ouro -, mas também de risco, uma vez que as ações na região fecharam o dia com ganhos.
A "yield" das Bunds alemãs, com maturidade a 10 anos, cederam 1,8 pontos base para 2,423% e os juros da dívida italiana recuaram 5,3 pontos base para 4,250%.
Os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade recuaram 4,1 pontos base para 3,185%, os juros da dívida espanhola deslizaram 4,5 pontos base para 3,461% e os juros da dívida francesa caíram 2,9 pontos base para 2,999%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a 10 anos agravaram-se 3,6 pontos base para 3,988%.
Petróleo retoma com menor risco de "default" nos EUA
Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, animados pela expectativa de um acordo nos Estados Unidos para aumentar o tecto do endividamento do país.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,22% para 72,02 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,50% para 76,24 dólares.
Se as negociações para um aumento do limite de endividamento (o chamado "debt ceiling") do governo federal dos EUA não forem bem sucedidas, o país pode entrar em incumprimento já a 1 de julho – o que penalizará também as compras de crude.
O receio de um "default" tem pesado nos preços do petróleo, mas tudo aponta agora para que haja um acordo entre a Casa Branca e os líderes da Câmara dos Representantes e do Senado, viabilizando assim a sua aprovação no Congresso.
Ouro sobe com quebra da nota verde
O metal amarelo está a negociar em ligeira alta, numa altura em que o dólar cede algum terreno – o que torna mais atrativo o investimento no ouro para quem negoceia noutras moedas, uma vez que o metal precioso é denominado na nota verde.
O ouro a pronto (spot) segue a subir 0,14% para 1.960,79 dólares por onça no mercado londrino de metais (LME).
Já no mercado nova-iorquino (Comex) os futuros do ouro valorizam 0,18% para 1.960 dólares por onça.
tentada deste metal precioso.
Euro valoriza face ao dólar
O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, num dia em que os investidores aguardam pelo discurso do presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, Jerome Powell, na tentativa de obter pistas sobre o curso da política monetária.
A moeda única europeia sobe 0,20% para 1,0792 dólares.
Ainda assim, o dólar caminha para fechar a segunda semana com ganhos, impulsionado por expectativas crescentes de que a autoridade monetária poderá continuar a subir os juros durante mais tempo.
A dar força a esta perspetiva estiveram comentários de diferentes governadores da Reserva Federal norte-americana, como é o caso da presidente da Fed de Dallas, Lorie Logan, que sugeriu que o ciclo de aumentos não terminou.
Euribor sobe a três e a seis meses para novos máximos desde novembro de 2008
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira, nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,878%, mais 0,020 pontos, mas abaixo do máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu hoje, para 3,707%, mais 0,020 pontos que na quinta-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, para 3,415%, mais 0,032 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa acelera para ganhos com acordo nos EUA à vista
Os principais índices europeus estão a valorizar esta sexta-feira, impulsionados por ganhos em Wall Street, bem como otimismo em torno das negociações do tecto da dívida dos Estados Unidos. Isto, após o líder da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, ter afirmado que um acordo poderá ser atingido já este fim de semana.
O índice de referência, Stoxx 600, sobe 0,39% para 467,61 pontos, com o setor dos serviços financeiros, mineiro e automóvel a registarem ganhos a rondar 1%.
O mercado acionista tem estado a negociar dentro de um determinado patamar, depois da recuperação em março da turbulência gerada pela crise na banca. Até agora, uma época de resultados positiva não se tem traduzido em ganhos.
"Um acordo nos Estados Unidos é largamente esperado para este fim de semana, apesar de termos de ver que condições vão ser acordados e qual o impacto para a economia", explicou o analista Victor Alvarez, da Tressis, à Bloomberg.
"O mercado está em modo de 'risk-on', mas ainda muito indeciso", completou.
No entanto, a volatilidade poderá estar mais elevada uma vez que cerca de 1,7 biliões de contratos de derivados associados a ações expiram esta sexta-feira, segundo dados compilados pelo Goldman Sachs e vistos pela Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,32%, o francês CAC-40 valoriza 0,45%, o italiano FTSEMIB ganha 0,47%, o britânico FTSE 100 sobe 0,23% e o espanhol IBEX 35 pula 0,22%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,6%.
Juros aliviam na Zona Euro, com os investidores a avaliarem PPI da Alemanha
Os juros estão a aliviar ligeiramente na Zona Euro, numa altura em que os investidores vão avaliando o índice de preços no produtor em abril na Alemanha que acelerou 0,3% em termos mensais, quando era esperada uma descida de 0,5%.
A "yield" da dívida nacional a dez anos recua 1,2 pontos base para 3,214%, ao passo que a "yield" das Bunds alemãs a dez anos - referência para o mercado europeu - perde 1,3 pontos base para 2,428%.
Os juros das obrigações italianas a dez anos cedem 0,8 pontos base para 4,295%, enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade aliviam 1,6 pontos base para 3,489%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica aliviam 1,9 pontos base para 3,933%.
Dólar interrompe ganhos e desvaloriza ligeiramente
O dólar está a recuar face às principais divisas, interrompendo os ganhos registados na sessão asiática, em que foi impulsionado pela possibilidade de uma acordo relativamente ao tecto da dívida dos Estados Unidos, que, por sua vez, levanta expectativas de que as taxas de juro nos EUA possam ficar elevadas durante mais tempo.
O dólar recua 0,08% para 0,9278 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda face a dez divisas rivais - desce 0,19% para 103,385 pontos.
Ouro avança, mas caminha para queda semanal
O ouro está a valorizar, mas ainda assim a caminho de uma queda semanal de cerca de 2%, com o progresso relativamente a um acordo sobre o tecto da dívida dos EUA a reduzir a procura por este ativo.
O ouro sobe 0,4% para 1.965,36 dólares por onça, tendo já estado a negociar abaixo da fasquia dos 1.960 dólares por onça.
Ao mesmo tempo, a possibilidade de novas subida ds taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana, segundo sinalizaram alguns responsáveis esteve também a pesar no metal precioso.
Há "um crescente otimismo relativamente ao 'debt-ceiling'", explicaram analistas da ANZ numa nota, vista pela Bloomberg, acrescentando que "o ouro aumentou as suas perdas com a possibilidade de mais subidas dos juro diretores a pesar no sentimento dos investidores".
Petróleo a passo rápido para primeiro ganho semanal em mais de um mês
O petróleo está a caminho do primeiro ganho semanal em mais de um mês, com o sentimento positivo a ser sustentado na possibilidade de os Estados Unidos evitarem um "default" catastrófico, numa altura em que decorrem as negociações relativamente aos limites da dívida norte-americana.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,83% para 72,46 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,92% para 76,56 dólares.
Ainda assim, o crude segue am baixa cerca de 10% desde o início do ano, com falta de impulsos da recuperação da economia chinesa, que tem sido mais lenta que o esperado, bem como o aperto da política monetária por parte dos bancos centrais.
Com o otimismo em torno de uma solução à vista na questão do "debt-ceiling", "os preços do petróleo parecem estar a ir em consonância com o ambiente de risco", comentou o analista Yeap Jun Rong, da IG Asia, à Bloomberg.
Os incêndios no Canadá, em Alberta - a região responsável pela maior produção de energia, continuam a provocar disrupções na produção, o que poderá estar também a apertar o mercado e a suportar os preços. A Rystad Energy, citada pela Bloomberg, estima que a entrega de 240 mil barris por dia possa ter sido interrompida devido a estes fogos.
Futuros da Europa apontam para terceiro dia de ganhos. China deixa Ásia sem rumo
Os futuros da Europa estão a apontar para uma abertura em terreno positivo, com a negociação ainda a ser influenciada por um possível acordo relativamente ao tecto da dívida norte-americana entre o presidente, Joe Biden e os líderes do Congresso.
Kevin McCarthy, líder da Câmara dos Representantes, mostrou-se, esta quinta-feira, otimista relativamente a um acordo, numa altura em que as negociações estão centradas nos mais altos responsáveis da Casa Branca e do Congresso.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 ganham 0,4%, colocando o "bechmark" a caminho do terceiro dia de ganhos, que marcaria a maior série em cinco semanas.
Na Ásia, a sessão foi mista, com os ganhos no Japão e Coreia da Sul a compensar as perdas das tecnológicas chinesas cotadas em Hong Kong, que foram penalizadas após a Alibaba ter revelado resultados abaixo do esperado pelos analistas.
Ainda a pressionar a negociação na China estiveram dados económicos divulgados ao longo da semana que mostram que a segunda maior economia do mundo está a perder "momentum" com as empresas a aumentarem de forma reduzida o investimento e a população a ser igualmente contida nos gastos.
"A recuperação económica na China está a desacelerar", afirmou Ashish Shah, analista da Goldman Sachs Asset Management, à Bloomberg, acrescentando que, "todos esperávamos que não podiam ser uma linha reta - e que iam haver altos e baixos".
Do lado oposto, as bolsas japonesas estão a caminho de seis semanas de ganhos, numa altura marcada por otimismo derivado das reformas na governação das empresas e da política monetária praticamente inalterada.
Na China, Xangai avançou 0,1% e em Hong Kong, o Hang Seng desceu 1%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,8% e no Japão, o Topix somou 0,1% e o Nikkei ganhou 0,7%.