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Europa avança com impulso da banca, turismo e minas. Juros da dívida sobem e petróleo também
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Europa ganha terreno com impulso da banca, turismo e minas
As bolsas europeias prosseguiram a tendência de alta, depois dos mínimos de duas semanas atingidos na segunda-feira devido aos receios de contágio perante o risco de falência da gigante chinesa do imobilário Evergrande. Hoje, os investidores preferiram focar as atenções na Reserva Federal norte-americana, que pelas 19:00 de Lisboa anuncia as suas decisões de política monetária.
Os observadores de mercado esperam que a Fed mantenha os juros diretores nos atuais mínimos históricos, em torno de zero, mas não sabem o que será decidido quanto ao seu programa de estímulos, que passa pela compra mensal do equivalente a 120 mil milhões de dólares em obrigações.
Existe um consenso cada vez maior de que o banco central dos EUA poderá anunciar o início do ‘tapering’ – retirada gradual dos estímulos –, mas também há quem considere que a Fed vai adiar essa desaceleração na compra de dívida, uma vez que o mercado de trabalho ainda não está robusto e que o espectro de um aumento permanente da inflação está a desvanecer-se.
O Stoxx 600 fechou a somar 0,97%, para 463,13 pontos, perto do seu máximo histórico de 486,16 pontos.
As cotadas dos setores cíclicos, como as viagens & lazer, energia e banca, lideram os ganhos do Stoxx 600.
O segmento dos bancos ganhou 3,1%, impulsionado pelo bom desempenho do HSBC e do Standard Chartered – que estiveram a aliviar depois da queda associada aos receios com a Evergrande.
Já a subida dos preços do minério de ferro sustentou o setor mineiro, que subiu 3%. Na passada sexta-feira, esta indústria foi das que mais penalizou a Europa devido à queda do preço do minério de ferro – com a menor produção de aço pela China a afetar a procura.
O preço do minério de ferro caiu abaixo dos 100 dólares por tonelada, depois de ter sido reportado que a China produziu menos aço em agosto. O país é o maior produtor mundial de aço – que recorre ao minério de ferro no seu fabrico – e as autoridades chinesas ordenaram uma menor produção durante dois meses, isto de modo a que Pequim progrida nas suas metas climáticas e controle também os mercados das matérias-primas.
As medidas da China para despoluir o setor industrial provocaram então uma queda vertiginosa do minério de ferro, já que estava a ser menos procurado por estar a haver um corte na produção de aço. Mas entretanto desde ontem que o preço está a recuperar, o que tem animado o setor.
Também o setor das viagens & lazer esteve entre as boas performances do dia, a somar 2,5%, com a britânica Entain a ser sustentada pela oferta de compra lançada pelo grupo norte-americano de jogos online Draftking – que oferece 22,4 mil milhões de dólares, o dobro da proposta da MGM no início deste ano que foi rejeitada.
Do lado negativo, destaque para os cuidados de saúde (0,4%) e "utilities" (água, luz, gás – que cederam 0,2%), que foram os dois únicos grupos no vermelho. As "utilities" têm estado a ser fortemente penalizadas pelo intensificar de uma crise originada na escalada dos preços do gás natural e da eletricidade.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o espanhol IBEX 35 pulou 0,6%, o alemão Dax somou 1%, o francês CAC-40 valorizou 1,3%, o italiano FTSEMIB avançou 1,4% e o britânico FTSE 100 subiu 1,5%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,8%.
Juros das dívidas europeias aliviam
O mercado de obrigações da Zona Euro alivia, invertendo a tendência de abertura da sessão.
A referência europeia - as Bunds alemãs a 10 anos - viu o juro ficar ainda mais negativo, em 0,9 pontos, para -0,328%.
Em Espanha, a yield dos títulos de dívida pública com a mesma maturidade caiu 1,5 pontos para 0,308% e em Itália perdeu 3,1 pontos para 0,662%. Portugal esteve entre as maiores quedas, já que o juro da dívida benchmark cedeu 3 pontos para 0,208%.
O alívio deste lado do Atlântico acontece numa altura em que o foco dos investidores está na política monetária dos EUA, com a Reserva Federal norte-americana prestes a dar mais sinais sobre a estratégia de saída dos estímulos.
Em sentido contrário, nos países da moeda única, a Bloomberg Economics divulgou esta terça-feira estimativas que antecipam que o programa de compra de ativos do Banco Central Europeu (BCE) continue até dezembro de 2023. Ao ritmo atual, este timing poderia levar o stock de dívida no balanço para 5,3 biliões de euros (incluindo 86 mil milhões do envelope de emergência).
Stocks de crude nos EUA no nível mais baixo dos últimos 3 anos içam petróleo
Os preços do "ouro negro" estão a negociar em terreno positivo, impulsionados pelos baixos níveis dos inventários nos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em novembro avança 1,50% para 71,55 dólares por barril.
Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 1,52% para 75,49 dólares.
A contribuir para animar o mercado está o facto de as reservas norte-americanas de crude terem diminuído em 3,5 milhões de barris na semana passada, para 413,96 milhões de barris – o nível mais baixo desde outubro de 2018.
Ao mesmo tempo, as taxas de utilização das refinarias da Costa Leste dos EUA aumentaram para 93% na semana passada, o patamar mais elevado desde maio de 2019, segundo os dados da Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia).
Nota verde a perder terreno
A moeda única europeia está a ganhar terreno ao dólar norte-americano, ao valorizar 0,11% para 1,1739 dólares.
Já a libra esterlina está a desvalorizar 0,06% face ao dólar, para 1,3651 dólares.
A "nota verde" está a descer 0,08% esta tarde, a perder força contra um cabaz composto por divisas rivais. Mais uma vez, também neste tema a espera por desenvolvimentos saídos da reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos está a pesar no valor desta divisa.
Ouro avança 0,16% à espera da Fed
O ouro está a negociar de forma estável esta tarde, numa altura em que a espera pelas palavras do líder da Reserva Federal dos EUA se faz sentir. O metal precioso está a avançar 0,16%, com a onça a negociar nos 1.777,35 dólares. Caso o ouro continue a avançar, esta poderá ser a quarta sessão consecutiva de ganhos para este metal.
A Fed divulgará um comunicado às 19 horas (hora de Lisboa) sobre este encontro focado em política monetária, sendo esperadas declarações de Jerome Powell, o "chairman" da Fed ainda esta quarta-feira, meia hora após a divulgação da informação.
Wall Street em alta e a dividir atenções entre gigante Evergrande e a Fed
Os três principais índices dos Estados Unidos arrancaram a sessão desta quarta-feira em alta, animados pelas notícias vindas da China. No arranque, o índice industrial Dow Jones avança 0,49% para 34.086,63 pontos, o tecnológico Nasdaq aprecia 0,24% para 14.781,52 pontos e o S&P 500 avança 0,39% para 4.371,16 pontos. O setor financeiro e a energia estão a liderar os ganhos no S&P 500.
A notícia de que o gigante imobiliário chinês Evergrande chegou a um acordo com os detentores de obrigações para evitar o incumprimento de uma das suas dívidas foi conhecida esta quarta-feira, acalmando parte dos receios dos investidores. Numa declaração à Bolsa de Shenzhen, o grupo, que está sobrecarregado com cerca de 260 mil milhões de euros de dívida, disse que uma das suas filiais, a Hengda Real Estate, tinha negociado um plano de pagamento de juros sobre uma obrigação com vencimento em 2025.
Mas há outro tema incontornável na agenda dos investidores - a reunião da Fed. É esperado que Jerome Powell, o líder da Fed, avance alguns detalhes sobre quando e de que forma é que poderá ser feita a retirada gradual de estímulos à economia.
Europa no verde com atenções viradas para reunião da Fed
As praças europeias estão a valorizar pela segunda sessão consecutiva, depois do tombo registado na segunda-feira com os receios ligados à crise do gigante imobiliário Evergrande. Esta manhã, o anúncio de que uma das unidades do grupo, a Hengda Real Estate, vai pagar o cupão de uma obrigação de 232 milhões de yuans acalmou parte dos receios nos mercados.
A reunião da Reserva Federal dos EUA e as declarações do "chairman" Jerome Powell estão no centro das atenções esta quarta-feira. É esperado que seja através destas palavras que os investidores possam obter mais detalhes sobre os planos da Fed para a retirada gradual de estímulos à economia.
Na Europa, as principais bolsas estão a registar ganhos, com o índice inglês a liderar os ganhos. O Stoxx 600, o índice pan-europeu que agrupa as 600 maiores cotadas do continente, está a valorizar 0,60% para 461,41 pontos.
Todos os setores estão pintados de verde neste momento da manhã, com o setor das viagens em destaque, a avançar 2,91%, seguido pelo setor mineiro, que aprecia 2,05%. O setor das "utilities" é aquele que regista ganhos mais ligeiros (0,11%).
O PSI-20 está a apreciar 0,42%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,46%, o alemão DAX valoriza 0,36% e o índice inglês avança 0,86%.
Juros novamente a subir na Europa
Os juros da dívida de vários países europeus estão a subir na manhã desta quarta-feira.
As "bunds" germânicas, a referência na Zona Euro, estão a avançar 0,2 pontos base para -0,318%.
O mesmo cenário repete-se na "yield" de Itália, onde os juros com maturidade a dez anos estão a subir 0,2 pontos base para 0,696%.
Na Península Ibérica, tanto os juros da dívida de Portugal como Espanha estão a avançar. Os juros com maturidade a dez anos sobem 0,2 pontos base em Portugal para 0,240%. Em Espanha, os juros agravam-se 0,6 pontos base para 0,329%.
Preços do petróleo a subir com dados a apontar para descida nos inventários de crude nos EUA
O petróleo está novamente a avançar na sessão desta quarta-feira, numa altura em que os dados apontados pela indústria sugerem uma redução nos inventários de crude nos Estados Unidos. Desta forma, com os inventários a descer, tal poderá sinalizar que a procura está a normalizar, acalmando parte dos receios dos investidores.
Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) está a apreciar 1,56%, com o barril a negociar nos 71,59 dólares.
Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência a Portugal, está a subir 1,4%, com o barril já acima da fasquia de 75 dólares (74,50 dólares).
Perante este cenário, o crude está a caminho de um possível ganho mensal em setembro, apesar de as condições meteorológicas nos Estados Unidos terem trazido alterações à produção.
Euro a negociar de forma estável face ao dólar
A moeda única europeia está a avançar 0,05% perante o dólar, nos 1,1732 dólares.
Já o dólar norte-americano está a depreciar 0,01% esta manhã.
A moeda japonesa, o iene, desvalorizou 0,2% perante o dólar norte-americano após as declarações do Banco do Japão.
Ouro a caminho da quarta sessão consecutiva de ganhos
O ouro está a valorizar pela quarta sessão consecutiva. Esta manhã, este metal precioso está a avançar 0,27%, com a onça a negociar nos 1.779,25 dólares.
O ouro, visto como um ativo-refúgio, é mais procurado em tempos de incerteza. Assim, perante os receios que chegam do mercado chinês devido à crise do gigante imobiliário Evergrande, o ouro tem sido mais procurado nestes dias.
Além disso, também a espera por desenvolvimentos saídos da reunião da Reserva Federal dos EUA está a beneficiar o preço do ouro.
Ao longo da semana, este metal tem vindo a aproximar-se da fasquia dos 1.800 dólares por onça. Desde dia 14 de setembro que o ouro tem estado afastado desta marca.
Futuros apontam para abertura em alta na Europa em dia de espera pela Fed
Os futuros apontam nesta altura para uma abertura em terreno positivo nas principais praças europeias, num dia em que os investidores aguardam por desenvolvimentos saídos da reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos.
A reunião de dois dias da Fed, centrada no tema da política monetária, tem marcado a agenda da semana. São esperadas declarações de Jerome Powell, o chairman da Fed, esta quarta-feira, com os investidores à espera de desenvolvimentos sobre uma possível retirada de estímulos à economia.
A Fed não é a única a dar indicações esta quarta-feira no tema dos estímulos monetários. O Banco do Japão não fez alterações à sua política monetária mas deu ao mercado algumas indicações sobre o comércio internacional. Embora indique que tanto as exportações como as importações continuam a aumentar, o Banco do Japão refere que alguns constrangimentos de produção estão a afetar estes indicadores.
Já o Banco central chinês manteve a taxa de referência para empréstimos em 3,85%, pelo décimo sétimo mês consecutivo. A taxa de referência para empréstimos a um ano registou a sua última variação em abril de 2020, quando o banco central a reduziu 0,20%, a partir de 4,05%.
A sessão na Ásia foi marcada por quedas esta quarta-feira, numa altura em que a crise do Evergrande continua a pairar nos mercados. No Japão, o índice Nikkei cedeu 0,67% e o Topix desvalorizou 1,02%. Em Hong Kong, o Hang Seng cedeu 0,3%.