Notícia
Europa fecha no verde. Juros aliviam e petróleo tomba
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa fecha no verde. Stoxx 600 regista maior avanço desde meados de outubro
As bolsas europeias fecharam o terceiro dia consecutivo no verde, impulsionadas por leituras da inflação menos expressivas do que o esperado em França, tal como na Alemanha na véspera.
O Stoxx 600, referência para a região, somou 1,38% para os 440,19 pontos, tendo conseguido a maior subida desde 10 de outubro, em que valorizou 2,75%. Dos 20 setores que compõem o índice, o do retalho foi o que maior avanço registou: 3,25%.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax valorizou 2,18%, o francês CAC-40 somou 2,30%, o espanhol Ibex cresceu 1,93%, o italiano FTSE Mib avançou 1,74% e o Aex, em Amesterdão, aumentou 1,40%. Já o britânico FTSE 100 subiu 0,41%.
O avanço das bolsas europeias acontece num dia em que a "yield" das dívidas soberanas aliviam na Zona Euro, o que sinaliza um maior apetite dos investidores pelo risco. As atas da última reunião da Fed, em dezembro, estão também na mira dos investidores, que esperam obter pistas sobre quais os próximos passos em termos de política monetária.
Juros da Zona Euro seguem a aliviar com queda da inflação francesa a ajudar
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a aliviar pelo terceiro dia consecutivo. Depois de já terem descido ontem motivadas pelo abrandamento da inflação alemã, hoje a causa vem do arrefecimento da inflação francesa.
Após um recorde de 7,1% em novembro, a inflação em França caiu para 6,7%, bem abaixo das expectativas que apontavam para uma subida para 7,2%, o que motivou a trajetória descendente dos "yields" das obrigações da Zona Euro.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a região, recuou 11,5 pontos base para 2,265%, enquanto os juros da dívida italiana na mesma maturidade aliviam 22,3 pontos base para 4,259%.
Os juros da dívida francesa a 10 anos, por sua vez, diminuem 13,7 pontos base para 2,774%, enquanto a "yield" da dívida espanhola perde 14,3 pontos base para 3,297% e os juros da dívida portuguesa recuam 14,3 pontos base para 3,244%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a 10 anos aliviam 16 pontos base para 3,486%.
Euro sobe face ao dólar, que perde força em dia de atas da Fed
O euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando a subir 0,68% para os 1,0620 dólares.
A moeda única europeia negoceia com ganhos, num dia em que os investidores aguardam a divulgação das atas da Reserva Federal norte-americana (Fed), relativas à reunião de dezembro, da qual saiu um aumento das taxas de juro de 50 pontos base.
Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais, recua 0,38% para os 104,142 pontos. Os investidores esperam retirar das atas pistas sobre quais os próximos passos da política monetária.
Ouro segue a valorizar
O ouro segue a valorizar, num dia em que as"yields" das dívidas soberanas seguem a aliviar, na sequência de uma inflação mais baixa em vários países da Europa.
O metal amarelo soma 1,01% para os 1.858,45 dólares por onça, depois de durante o dia ter chegado a tocar nos 1.865,12 dólares por onça, renovando máximos desde 13 de junho.
Já a platina desvaloriza 0,42% para os 1.082,67 dólares, enquanto o paládio valoriza 2,71% para os 1.758,56 dólares e a prata cresce 0,54% para os 24,14 dólares.
A leitura da inflação em França e na Alemanha, referente a dezembro, recuou mais do que o esperado para 6,7% e 8,6%, respetivamente. A perspetiva de um abrandamento no aumento dos preços no consumidor impulsionou o ouro, que tende a ser visto como uma cobertura de risco contra a inflação e incertezas económicas.
Petróleo afunda 5% com receios em torno da China
Os preços do petróleo estão a negociar em forte baixa, numa sessão em que a fraca liquidez pesa na volatilidade e em que o aumento de casos de covid na China ofusca, pelo menos para já, os esforços de reabertura do país – que é o maior importador mundial de crude.
O contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a mergulhar 5,11% para 73 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 4,98% para 78,01 dólares.
Wall Street abre no verde à espera das atas da Fed. Cathie Wood estanca sangria da Tesla
Wall Street arrancou a sessão no verde, horas antes de serem divulgadas as atas da última reunião de política monetária de 2022 da Reserva Federal norte-americana (Fed) e atentos à recuperação da economia chinesa.
O industrial Dow Jones sobe 0,32% para 33.241,53 pontos, enquanto o S&P 500 soma 0,49% para 3.842,74 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite arrecada 0,61% para 10.450,22 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, destacam-se as ações da Tesla que somam 1,13%, depois de esta terça-feira terem tombado para mínimos de agosto de 2020. A empresa foi impulsionada pela notícia de que Cathie Wood comprou mais ações da empresa no arranque deste ano.
Por sua vez, a Salesforce avança 3,37%, apesar de ter anunciado um corte na força de trabalho da empresa.
Destaque ainda para a Microsoft que cai 4,34%, após o UBS ter revisto em baixa a recomendação da tecnológica de "comprar" para "manter".
Esta quarta-feira, os investidores vão estar atentos à divulgação das atas da última reunião da Fed, em que o banco central liderado por Jerome Powell (na foto) aumentou a taxa dos fundos federais em mais 50 pontos base, um abrandamento depois de quatro aumentos consecutivos de 75 pontos base para tentar travar a escalada da inflação.
Além das decisões de política monetária, a Fed divulgou na altura as projeções económicas e as perspetivas relativas às taxas de juro para os próximos tempos (um exercício conhecido no meio financeiro como "dot plot").
O documento revelou que os decisores norte-americanos apontam para que a taxa de juro diretora alcance o pico de 5,1% no próximo ano (revendo assim em alta face aos 4,6% estimados em setembro), para depois cair para 4,1% em 2024 e descendo para 3,1% em 2025.
Depois da reunião, Powell afirmou que serão necessários "mais aumentos".
Assim, com a certeza de que há mais subidas dos juros diretores e com as estimativas de pico, resta agora saber qual o ritmo dos aumentos da taxa de juro diretora que será seguido pela Fed no futuro. As atas podem fornecer pistas preciosas.
Taxas Euribor recuam a 3 e 12 meses e sobem no prazo a seis meses
As taxas Euribor desceram hoje a três e 12 meses e recuaram a seis meses.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, subiu hoje para 2,761%, mais 0,022 pontos face aos 2,739% registados na terça-feira.
A média da Euribor a seis meses aumentou de 2,321% em novembro para 2,256% em dezembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
No prazo de 12 meses, a Euribor caiu 0,009 pontos para 3,312%, quando na véspera se tinha fixado nos 3,321%.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,828% em novembro para 3,018% em dezembro.
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, recuou 0,002 pontos para 2,170%, contra 2,172% na véspera.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,825% em novembro para 2,063% em dezembro.
As Euribor começaram a aumentar mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa pinta-se de verde pelo terceiro dia consecutivo
Os principais índices europeus estão hoje a negociar a verde pelo terceiro dia, à medida que aumenta o otimismo sobre a diminuição da pressão da inflação, com França e Alemanha - as duas maiores economias europeias - a registarem uma redução no índice de preços ao consumidor em dezembro. A reabertura da China também está a sustentar o sentimento dos investidores.
O índice de referência para a região, Stoxx 600, avança 0,91% para 438,14 pontos. Dos 20 setores que compõem o "benchmark", banca, tecnologia, retalho e automóvel sobem mais de 1%. Apenas o setor do petróleo e gás regista uma queda de 1,79%.
"Temos as ações europeias a registar ganhos e o aumento da perceção que as taxas de juro vão atingir o pico mais cedo do que era esperado", apontou o analista Guy Foster, da RBC Brewin Dolphin, em declarações à Bloomberg.
A inflação em baixa na Alemanha e em França está também a apoiar a negociação europeia, acrescentou Foster.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax valoriza 1,22%, o francês CAC-40 soma 1,35%, o espanhol Ibex 35 cresce 1,05% e o italiano FTSE MIB avança 0,68%. Já o britânico FTSE 100 cresce 0,21% e o AEX, em Amesterdão, sobe 0,74%.
Juros da Zona Euro aliviam com inflação a descer em França
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a aliviar pelo terceiro dia. Depois de ontem a descida ter sido motivada pela inflação alemã abaixo do esperado, hoje é a vez do índice de preços ao consumidor em França.
Após um recorde de 7,1% em novembro, a inflação em França caiu para 6,7%, bem abaixo das expectativas que apontavam para uma subida para 7,2%.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a região, recua 8 pontos base para 2,3%, enquanto os juros da dívida italiana na mesma maturidade aliviam 15,1 pontos base para 4,331%.
Os juros da dívida francesa a 10 anos, por sua vez, diminuem 9,4 pontos base para 2,816%, enquanto a "yield" da dívida espanhola perde 10,7 pontos base para 3,334% e os juros da dívida portuguesa recuam 11,7 pontos base para 3,27%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a 10 anos aliviam 6,8 pontos base para 3,578%.
Ouro em alta pelo quarto dia. Euro sobe após tocar mínimos de dois meses
O ouro está a registar ganhos pelo quarto dia consecutivo, numa altura em que está a ganhar atratividade com a queda do dólar, uma vez que este metal está cotado na divisa norte-americana.
Ao mesmo tempo, a especulação de que a Reserva Federal norte-americana vai deixar a sua posição mais "hawkish" na subida das taxas de juro está a dar apoio ao metal precioso que terminou o ano praticamente inalterado.
O ouro ganha assim 1,11% para 1.859,81 dólares por onça.
No mercado cambial, o euro está a valorizar com perspetivas de que a reabertura da China dê mais força ao crescimento económico, isto depois de a moeda única europeia ter descido a mínimos de dois meses face ao dólar esta terça-feira.
O euro sobe 0,63% para 1,0614 dólares. Ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais - recua 0,43% para os 104,0710 pontos.
Esta quarta-feira são divulgadas as atas da reunião de dezembro de política monetária da Fed. "As minutas [da Fed] vão permitir compreender as decisões de política monetária e isso vai impactar o dólar e o ouro", realçou Hareesh V., analista da Geojit Financial Services, à Bloomberg.
"Preocupações com uma atual recessão e tensões geopolíticas devem melhorar as perspetivas para o ouro, colocando-o como um ativo refúgio em 2023. Há ainda mais hipóteses de subida deste metal quando a Fed começar a relaxar as suas políticas", completou.
Possibilidade de uma recessão penaliza petróleo. Gás também cai com temperaturas mais quentes
O petróleo está a desvalorizar esta quarta-feira, num começo de ano negativo para o "ouro negro", que está a ser penalizado pelas piores perspetivas de procura. A possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, a dificuldade da China em controlar a covid-19 e um inverno mais quente são fatores que estão a prejudicar a negociação desta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,61% para 75,69 dólares por barril, depois de ontem ter tombado 4,2%, registando a maior queda desde novembro.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 1,73% para 80,68 dólares.
"O aumento das infeções por covid-19 pode pesar na procura no curto prazo", explicou o analista Warren Patterson, do ING, à Bloomberg. Acrescentou que, por outro lado, o relaxamento das restrições relativas à covid "devem ser construtivas para as perspetivas de procura a médio e longo prazo".
No mercado do gás, os preços do gás natural seguem em queda, numa altura em que as temperaturas mais elevadas - e em máximos históricos nalguns pontos da Europa para esta altura do ano - reduzem a procura e aliviam a pressão sobre os governos e os bancos centrais.
O gás natural negociado a um mês em Amesterdão (TTF), referência para a Europa, tomba 6% para os 68 euros por megawatt-hora, no valor intra-diário mais baixo desde 16 de fevereiro. Ainda assim, os países continuam a pedir às pessoas que poupem no consumo energética, uma vez que ainda falta grande parte do inverno e os preços permanecem bem acima da média dos últimos cinco anos.
Ásia regista ganhos pelo quarto dia consecutivo. Europa aponta para o verde
As principais praças europeias estão de olhos no terceiro dia de negociação do ano a verde, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a avançarem 0,3%.
A influenciar está a negociação na Ásia, com ganhos consideráveis, depois de os reguladores chineses terem aprovado um plano para o Ant Group levantar um financiamento de 1,5 mil milhões de dólares para a unidade do consumidor do Alibaba - dando força ao setor tecnológico da região.
O índice agregador da região, MSCI Asia Pacific manteve-se com ganhos pelo quarto dia consecutivo - a maior série de subidas desde agosto - e valorizou 0,6%. Ainda assim, os avanços foram limitados com os investidores a aguardarem hoje a divulgação das atas da última reunião de 2022 da Reserva Federal norte-americana, bem como dados do emprego nos Estados Unidos esta sexta-feira.
Ao mesmo tempo, as perspetivas de uma reabertura na China, depois da política covid-zero, voltou a estar na mira dos investidores com a possibilidade das infeções terem atingido um pico em algumas cidades. No entanto, está reabertura pode falhar em materializar-se, explica Chris Senyek, analista da Wolfe Research.
"Do nosso ponto de vista, ainda há muita incerteza nesse campo e quando a economia começar de facto a reacelerar, a inflação é capaz de ir contra e impedir o crescimento económico", apontou ainda numa nota.
Na China, Xangai subiu 0,3%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, somou 2,3%. No Japão, o Topix desceu 1% e o Nikkei perdeu 1,3%. Já na Coreia do Sul o Kospi avançou 1,4%.