Notícia
Powell e Bailey pressionam Europa. Petróleo e ouro em queda
Acompanhe, minuto ao minuto, todos os desenvolvimentos dos mercados durante esta quinta-feira.
Bancos centrais pressionam fecho de sessão europeia
A Europa encerrou a sessão em terreno negativo, num dia em que os investidores reagiram ao discurso de Powell sobre os próximos passos a serem dados pela Fed em termos de política monetária e pela decisão do Banco de Inglaterra (BoE) de subir os juros diretores em 75 pontos base, como não era visto desde 1989.
O Stoxx 600 perdeu 0,93% para 409,55 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, imobiliário, indústria e automóvel foram os que comandaram as perdas.
Entre as restantes praças europeias, apenas Londres terminou o dia no verde, ao ganhar 0,62% horas depois da decisão do BoE de aumentar os juros diretores em 75 pontos base. Já Amesterdão recuou 0,91%, Madrid perdeu 1,25% e Paris desvalorizou 0,54%.
Frankfurt perdeu 0,95% enquanto Milão deslizou 0,43%.
A negociação europeia foi ainda marcada pela reação à decisão de política monetária, tomada ontem ao final do dia pela Reserva Federal norte-americana, de subir as taxas de juro em 75 pontos base.
No discurso que se seguiu a esta decisão, o presidente do banco central, Jerome Powell, revelou que a Fed vai subir ainda mais os juros diretores, mas admitiu que o comité poderá considerar - já em dezembro - aliviar a dimensão dos aumentos.
Juros agravam-se na Zona Euro ao som de Bailey e Powell
Os juros agravaram-se na Zona Euro, num dia marcada pela reação dos investidores às decisões de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed) e do Banco de Inglaterra (BoE).
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos agravou 11,5 pontos base para 2,244%.
Por sua vez, os juros das obrigações italianas a dez anos somaram 13,1 pontos base – o aumento mais expressivo da Zona Euro – para 4,411%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos acumula 9,3 pontos base para 3,211%, enquanto os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade sobem 9,9 pontos base para 3,307%.
Fora da Zona Euro, no Reino Unido a "yield" da dívida britânica a dez anos cresceu 11,4 pontos base para 3,502%.
Força do dólar penaliza metais preciosos
Os preços dos metais preciosos seguem em queda num dia em que o dólar ganha terreno perante as principais divisas. A força da "nota verde" penaliza o preço das "commodities" que são expressos em dólares.
A onça de ouro no mercado "spot" recua 0,52%, para 1.626,72 dólares.
Também a prata cai 1,04%, cotando nos 19,39 dólares por onça, enquanto a platina cede 1,54%, para 923,19 dólares por onça, e o paládio tomba 2,21%, para os 1.816,75 dólares por onça.
Dólar ganha força com "vitamina Powell"
A moeda norte-americana segue a ganhar terreno face às principais divisas esta quinta-feira, animada pela indicação dada ontem pelo presidente da Fed, Jerome Powell, de que as taxas de juro nos EUA terão de subir mais do que o anteriormente antecipado.
Assim, o euro cede 0,71% face à "nota verde", para os 0,9748 dólares.
A divisa norte-americana ganha 0,26% perante a rival japonesa, cotando nos 148,29 ienes.
A libra esterlina, por seu turno, cai 1,86%, trocando-se por 1,1180 dólares, num dia em que o Banco de Inglaterra subiu as taxas de juro em 75 pontos base e indicou que prevê que o Reino Unido entre este trimestre em recessão e que a situação apenas se inverta na segunda metade de 2024.
Ecos do discurso de Powell empurram petróleo para o vermelho
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar, depois de o presidente da Reserva Federal norte-americana ter dito que as taxas de juro vão continuar a subir. O impacto das palavras de Jerome Powell acabou por se sobrepor ao efeito de uma oferta mais reduzida do crude.
O barril de Brent, referência para a Europa, para entrega em janeiro, recua 0,72%, para 95,47 dólares por barril. Já os contratos de dezembro do West Texas Intermediate (WTI) descem 1,14%, para 88,97 dólares.
"Uma correlação entre as movimentações diárias das ações e os preços da energia aumentou nas últimas duas semanas, e algumas dessas perspetivas negativas parecem estar a contagiar também a área da energia", escreveu o distribuidor de combustível TACenergy numa nota aos clientes.
O petróleo perdeu quase um terço do valor desde junho, à medida que as preocupações com um abrandamento económico global se refletem no mercado. Ainda assim, permanecem incertezas sobre a oferta com a aproximação do inverno, com a OPEP a implementar significativos cortes de produção e com a União Europeia determinada em sancionar fluxos de petróleo russo.
Wall Street arranca negativa em rescaldo de decisão da Fed
Wall Street vestiu-se de encarnado esta quinta-feira, um dia depois de a Reserva Federal norte-americana ter anunciado uma subida das taxas de juro em 75 pontos base.
O presidente da Fed, Jerome Powell, anunciou que os juros diretores vão subir mais que o esperado, mas admitiu abrandar o ritmo da subida.
O "benchmark" S&P 500 perde 1,12% para 3.717,58 pontos. Já o industrial Dow Jones recua 0,74% para 31.909,19 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cai 1,28% para 10.390,35 pontos.
"As perspetivas para os ativos de risco permanecem baixas, à medida que as taxas de juro continuam a restringir o crescimento económico por todo o mundo", explica Luca Paolini, analista da Pictet, em declarações à Bloomberg.
"Por isso, permanecemos 'underweight' no que toca às ações, cujas avaliações são ainda mais difíceis de justificar depois do recente 'rally'", termina o analista.
Fed coloca Europa em maré vermelha
As principais praças europeias estão a negociar em terreno negativo, no rescaldo de mais uma decisão de política monetária por parte da Fed, resultando numa subida dos juros diretores em 75 pontos base.
A seguir a este anúncio, o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, reviu em alta as taxas de juro no país, explicando que os dados económicos justificam esta decisão. Ao mesmo tempo o responsável admitiu abrandar o ritmo da subida.
O Stoxx 600 - referência para a Europa - tomba 1,21% para 408,38 pontos, com todos os setores no vermelho. Entre as maiores quedas está a tecnologia, o imobiliário e as viagens que perdem mais de 2%.
Esta quinta-feira é a vez do Banco de Inglaterra realizar uma reunião de política monetária, a primeira após o banco central ter decidido intervir no mercado para travar o "sell-off" causado pela instabilidade política.
"Para as ações europeias espero que tenham uma performance abaixo dos Estados Unidos, numa altura em que a queda no crescimento e nos resultados das empresas é bastante mais frágil e 2023 vai se provar um ano difícil", adiantou Esty Dwek, analista do Flowbank, em declarações à Bloomberg.
Juros agravam-se na Zona Euro. Itália sobe 13 pontos base
Os juros da dívida soberana na Zona Euro estão em rota de agravamento, um dia depois de ter sido anunciada uma subida de 75 pontos base das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana.
A "yield" das "bunds" alemãs, referência para o mercado da dívida europeu, sobe 10,1 pontos base, para 2,231%. Já os juros da dívida italiana a dez anos somam 13,1 pontos - o maior agravamento da região - para 4,41%.
Em Portugal, a "yield" da dívida portuguesa agrava 10,8 pontos, para 3,227%, enquanto que em Espanha os juros sobem 11,8 pontos base, até aos 3,326%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica ganham 6,8 pontos base para 3,457%.
Dólar sobe mais de 1% contra principais divisas
O dólar está a registar ganhos em relação ao euro, numa altura em que os investidores aguardam a divulgação dos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, que devem dar mais pistas sobre a resiliência economia norte-americana.
A nota verde sobe assim 0,55% para 1,025 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da divisa norte-americana contra dez divisas rivais – soma 1,21% para 112,692 pontos.
Ouro permanece em mínimos de duas semanas, pressionado por uma Fed mais agressiva
O ouro segue a negociar negativo e perto do valor mais baixo das últimas semanas, pressionado por uma Fed mais agressiva, que fez o metal precioso perder mais de 20% desde o valor mais elevado do ano, registado em março.
O metal amarelo perde 0,54% para 1.626,39 dólares por onça.
Taxas de juro mais elevadas devem continuar a pressionar a negociação desta matéria-prima, que não rende juros e tem uma correlação negativa com o dólar, uma vez que é negociada em dólares.
Petróleo em queda com anúncio de Powell sobre taxas de juro
O petróleo está a desvalorizar, após o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, ter anunciado que as taxas de juro vão subir ainda mais que o esperado, ofuscando as previsões para o crude.
O barril de Brent, referência para a Europa, para entrega em janeiro perde 1,32%, para os 94,89 dólares. Já os contratos de dezembro do West Texas Intermediate (WTI) descem 1,54%, para 88,61 dólares por barril, depois de terem subido mais de 4% nas últimas duas sessões.
A sugestão de que os juros diretores podem subir mais do que o esperado "deve dificultar um bom desempenho nas 'commodities'", aponta o analista Warren Patterson, do ING, à Bloomberg.
Fed deve empurrar Europa para o vermelho. Ásia negativa
As principais praças europeias estão a apontar para um dia de quedas, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a perderem 0,9%.
Os mercados vão estar esta quinta-feira a negociar em rescaldo da decisão de política monetária, tomada ontem ao final do dia pela Reserva Federal norte-americana, de subir as taxas de juro em 75 pontos base.
No discurso que se seguiu a esta decisão, o presidente do banco central, Jerome Powell, revelou que a Fed vai subir ainda mais os juros diretores, mas admitiu que o comité poderá considerar - já em dezembro - aliviar a dimensão dos aumentos.
"Sempre que o mercado fica com alguma esperança de uma ação mais 'dovish', acaba por levar com um jornal na cabeça", comenta o analista Scott Rundell, da Mutual, em declarações à Bloomberg. "Há muita volatilidade para vir ainda", termina.
Na Ásia, a negociação foi feita de vermelho, interrompendo assim um "rally" de dois dias com a Fed também a pesar na negociação. Ao mesmo tempo, Pequim reiterou que não vão existir mudanças na estratégia de covid-zero o que levou a quedas, principalmente nos índices do país.
Na China, o Hang Seng tombou 3,2% e Xangai recuou 0,6%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi desceu 0,9% e no Japão, o Nikkei cedeu 0,06% e o Topix somou 0,1%.