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Fecho dos mercados: Os máximos de Londres, o mínimo da libra e a Fed debaixo de olho

As bolsas europeias tiveram a melhor sessão das últimas semanas. Mas as atenções dos mercados já estão viradas para os próximos passos da Fed, com reflexos no preço do dólar e do ouro.

Bloomberg
04 de Outubro de 2016 às 17:30
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,80% para 4.635,71 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,84% para 346,10 pontos

S&P 500 perde 0,16% para 2.157,66 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 0,7 pontos base para 3,386%

Euro recua 0,25% para 1,1183 dólares

Petróleo avança 0,57% para 51,18 dólares por barril em Londres

Máximos em Londres, sexta sessão de ganhos para a Europa

As bolsas europeias viveram uma sessão positiva, com o índice das 100 maiores cotadas da bolsa de Londres em destaque. O FTSE 100 subiu 1,30% e estabeleceu um novo máximo histórico, impulsionado pelas exportadoras que estão a tirar partido da descida da libra. No resto da Europa, o dia também foi de ganhos. O Stoxx 600 avançou 0,84% para 346,10 pontos, a sexta sessão seguida de ganhos.

As maiores subidas nas bolsas europeias ocorreram nos sectores automóvel, do retalho e das petrolíferas. E apenas três dos 19 sectores do Stoxx 600 perderam valor (imobiliário, "utilities" e mineiras). Os analistas têm justificado as subidas recentes, que ocorrem apesar da preocupação com o sector financeiro do Velho Continente, com os últimos indicadores económicos, que bateram as estimativas. No entanto, a atenção do mercado está já na próxima época de apresentação de resultados, para aferir se aquelas aparentes melhorias se traduzirão nas contas das empresas.

O PSI-20 seguiu o guião das praças europeias, ao valorizar 0,80% para 4.635,71 pontos. A Galp, a Jerónimo Martins e a Nos foram as cotadas que mais puxaram pelo índice, com ganhos de entre 1,43% e 1,97%. Mas as maiores subidas da sessão pertenceram à Semapa e à Sonae, com valorizações de 4,15% e 3,62%.

Taxa a dez anos alivia

A taxa das obrigações portuguesas a dez anos desceu esta terça-feira, em sentido contrário ao registado nas "yields" de Espanha e Itália. A taxa nacional teve uma descida ligeira de 0,7 pontos base para 3,386%, no dia em que o BCE revelou que acelerou o ritmo das compras de dívida nacional em Setembro. Já a "yield" espanhola subiu 4,2 pontos base para 0,977%, enquanto a taxa italiana aumentou quatro pontos base para 1,306%.

Também a "yield" germânica subiu. Escalou 3,9 pontos base para -0,054%. Como consequência, o prémio de risco da dívida portuguesa baixou 4,6 pontos base para 344 pontos base.

Euribor sobe a seis meses

As taxas Euribor tiveram comportamentos distintos esta terça-feira. O indexante a seis meses subiu 0,1 pontos base para -0,202%, muito perto do mínimo histórico de -0,203%. Já no prazo a três meses, a Euribor ficou inalterada em -0,301%. A taxa a 12 meses também não sofreu alterações, mantendo-se no mínimo histórico de -0,064%, segundo dados da Lusa.

Fed dá força ao dólar, libra em mínimos

O índice que mede a força do dólar contra as dez maiores pares mundiais sobe 0,52% para 1.190,07 pontos. A nota verde foi beneficiada após as declarações a apontar para uma subida das taxas de juro por parte de membros da Reserva Federal dos EUA. Foram os casos de Loretta Mester, da Fed de Cleveland, e de Jeffrey Lacker, da Fed de Richmond. As declarações dos dois responsáveis, a apontarem para a necessidade de subir as taxas de juro, levaram a aumento da probabilidade atribuída pelo mercado para que a Fed suba juros, o que é favorável para o dólar. 

Além da subida do dólar, a sessão está também a ser marcada pela fraqueza da libra. A divisa britânica perde 0,86% face à nota verde, transaccionando em 1,2732 dólares, o valor mais baixo dos últimos 30 anos. E cede 0,65% face à moeda única para 1,1381 euros, a cotação mais baixa desde Dezembro de 2013.

OPEP continua a segurar petróleo

Os preços do petróleo sobem pela segunda sessão. Os investidores continuam na expectativa sobre quais os próximos passos das Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no sentido de efectivarem o acordo da semana passada para cortarem a produção. A sustentar os preços estão ainda os receios de que o furacão Matthew possa causar problemas no armazenamento e transporte de petróleo na costa Leste dos EUA. Outro dos factores debaixo de olho são os dados das reservas na maior economia do mundo, com os economistas sondados pela Bloomberg a estimarem um aumento dos inventários. O valor do barril de Brent sobe 0,57% para 51,18 dólares.

Ouro abaixo dos 1.300 dólares

O metal amarelo transacciona no valor mais baixo desde Junho e perde valor há seis sessões. O preço da onça "troy" desce 2,76% para 1.275,40 dólares, com a maior probabilidade atribuída pelos investidores a uma subida dos juros por parte da Fed a retirar brilho. "O ambiente em que estamos, com as expectativas de uma subida da taxa de juro em breve e sem sinais de inflação no curto prazo é bastante negativo para o ouro", explicou Tim Evans, estratego da Long Leaf Trading Group, citado pela Bloomberg. 

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