Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,43% para 5.590,95 pontos

Stoxx 600 subiu 0,51% para 380,28 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,33% para 2.102,62 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recuou 1,4 pontos base para 2,556%

Euro recua 0,96% para 1,0859 dólares

Petróleo cai 3,15% para 48,92 dólares por barril

Bolsas em alta, excepto a da Alemanha

Foi uma sessão positiva para as bolsas europeias, com os investidores a serem animados pelo facto de Mario Draghi, presidente do BCE, ter vindo reiterar que está preparado para actuar, avançando com novos estímulos à economia. Este optimismo levou o Stoxx 600 a somar 0,51%, num dia de ganhos generalizados nas bolsas da região, excepto na Alemanha. A Volkswagen e a Porsche afundaram perante uma nova vaga de motores com emissões de gases elevadas.

Enquanto o Dax caiu 0,97%, em Lisboa o PSI-20 somou 0,43%, beneficiando do desempenho de títulos do sector financeiro. O BCP valorizou 4,46% para 5,62 cêntimos. Ainda na banca, o BPI desceu 0,35% para 1,136 euros e o Banif ganhou 3,7% para 0,28 cêntimos. Outro destaque na praça portuguesa foi a Altri. A empresa de pasta e papel somou 2,74% para 4,829 euros, depois de ter chegado a negociar nos 4,85 euros, o valor mais alto de sempre.

Portugal contraria pares nos juros da dívida

Os juros da dívida dos países do euro subiram, mas Portugal contrariou a tendência. Depois de algumas sessões em alta, a "yield" a 10 anos das obrigações do Tesouro recuou em 1,4 pontos para 2,556%, num dia em que tanto as taxas de Espanha e Itália se agravaram. Os juros das "bunds" da Alemanha subiram 2,5 pontos para 0,598%, o que levou a uma queda do prémio de risco da dívida nacional para 195,7 pontos base, isto apesar de bancos de investimento como o Rabobank ter vindo afirmas que está cauteloso com incerteza política em Portugal.

Euribor a seis meses chega a 0%

As Euribor têm vindo a afundar. Acentuaram a tendência com as declarações de Mario Draghi, presidente do BCE, que admitiu mais estímulos à economia em Dezembro. Essa tendência levou as taxas de mais curto prazo a ficarem ainda mais negativa, com a Euribor a três meses a fixar-se já em -0,069%, sendo que a Euribor a seis meses já chegou a zero. A taxa utilizada na maioria dos créditos à habitação em Portugal caiu de 0,003% para 0%, podendo passar também para "terreno" negativo nas próximas sessões.

Yellen leva euro a perder quase 1%

Numa altura em que se aguardam novos estímulos por parte do BCE, a Fed começa a dar sinais claros que poderá avançar com a subida de juros nos EUA. Se os dados económicos que forem divulgados até lá suportarem um aumento da taxa, "é uma possibilidade real", afirmou Janet Yellen, presidente da Fed, declarações que fizeram disparar o dólar contra as restantes divisas. Perante esta subida da moeda norte-americana, o euro caiu. Seguia a perder 0,96% para 1,0896 dólares. Chegou a cair 1,09%.

Petróleo afunda após aumento das reservas

O petróleo voltou a afundar. O Brent perdia 3,15% para 48,92 dólares em Londres, já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, seguia a descer 2,80% para 46,55 dólares, com os investidores a reagirem ao dados dos inventários dos EUA. Segundo os dados divulgados pela Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla inglesa), os inventários de crude nos EUA aumentaram em 2,85 milhões de barris na semana passada. Ao mesmo tempo, a produção de petróleo subiu para mais de 9,6 milhões de barris por dia, em Junho, confirmando o excesso de oferta no mercado.

Ouro toca mínimo de um mês

O ouro caiu pela sexta sessão consecutiva. Recuou para mínimos de um mês perante a crescente expectativa em torno da subida dos juros nos EUA. Depois de Janet Yellen, presidente da Fed, ter afirmado que o aumento da taxa, "é uma possibilidade real", o metal precioso caiu 0,36% para 1.113,90 dólares, tendo chegado a recuar um máximo de 0,49% durante a sessão.

Destaques do dia

Moody’s: Resultados das eleições em Portugal e na Grécia são reflexo da fadiga face à austeridade - A ascensão de partidos de extrema-esquerda são um claro sinal de que os eleitores europeus estão a revelar sinais de cansaço em relação à austeridade. Esta é a perspectiva da Moody's que, ainda assim, diz que as reformas têm de ser feitas.

S&P: Adiar reestruturação do Novo Banco "não é positivo para a banca nacional" - A agência de notação financeira defende que a litigância tornou difícil a venda da instituição, pelo que não ficou surpreendida com a suspensão. Contudo, alerta para o risco de se adiar a reestruturação da instituição.

Rabobank cauteloso com incerteza política em Portugal - O Rabobank destaca, numa nota para investidores, que a situação de incerteza política em Portugal mantém-se, surgindo notícias contraditórias sobre o avanço de uma aliança de esquerda "menos amigável dos mercados".

Accionistas da Pharol aprovam programa de compra de acções - Os accionistas da Pharol aprovaram a compra e venda de acções próprias. Uma deliberação que dá à Pharol "um grau de liberdade maior na preparação de um eventual programa de compra de acções próprias", algo "que ainda não está decidido pelo conselho de administração", disse Palha da Silva.

Haitong corta preço-alvo da Sonae - Os analistas do Haitong Bank cortaram a avaliação da Sonae para 1,45 euros por acção, para reflectir um corte nas estimativas para a empresa. O banco manteve a recomendação em comprar, destacando o valor da retalhista.

Benfica dispara mais de 11% após vitória na Liga dos Campeões - A SAD encarnada já encaixou 16,5 milhões de euros com a edição deste ano da Champions e ficou mais perto de ganhar mais 5,5 milhões uma vez que tem fortes hipóteses de chegar aos oitavos-de-final.

Escândalo das emissões suspende emissão de dívida da Porsche - A fabricante de carros desportivos preparava-se para colocar no mercado títulos de dívida garantidos por créditos automóveis, mas o escândalo das emissões fez disparar os custos. A operação foi abortada.

Groupon afunda mais de 29% em bolsa após resultados abaixo do esperado - Os resultados decepcionantes do terceiro trimestre e a revisão das perspectivas para o trimestre corrente e para 2016 estão a penalizar a Groupon, que já recuou esta quarta-feira para o preço mais baixo dos últimos três anos.

Mario Draghi apela à Zona Euro para avançar com fundo de garantia de depósitos único - Sem uma segurança conjunta dos depósitos na Zona Euro, a união monetária e económica não ficará concluída. Esta é a posição de Mario Draghi, que pede que a resolução bancária seja uniforme em toda a região. E considera ainda que o mercado único de capitais deve ser implementado "o mais depressa possível".

Bancos gregos têm de ser recapitalizados até ao final do ano - Os bancos gregos - cujas necessidades de capital foram fixadas entre 4,4 e 14,4 mil milhões de euros - terão de ser recapitalizados até ao final do ano. O alerta foi deixado pela presidente do Conselho de Supervisão do BCE, Daniele Nouy.

O que vai acontecer amanhã

Resultados em Lisboa – Não é uma, nem duas. São cinco as empresas que vão apresentar as contas. Jerónimo Martins, Sonae, Sonaecom, Nos e também a Novabase vão dar a conhecer aos accionistas os resultados obtidos durante o terceiro trimestre deste ano.

Reunião do Banco de Inglaterra – Vai ser conhecida a decisão do banco central do Reino Unido sobre a taxa de juro. Não é esperada qualquer alteração à política monetária.