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Fecho dos mercados: Bolsas recuperam, matérias-primas estendem descidas

As bolsas do Velho Continente voltaram aos ganhos esta quinta-feira, enquanto as matérias-primas seguem a negociar no "vermelho". Petróleo regista quedas superiores a 2%.

Bloomberg
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,21% para 4.387,89 pontos

Stoxx 600 avançou 1,05% para 322,12 pontos

S&P 500 cede 0,07% para 2.098,25 pontos

"Yield" a dez anos de Portugal sobe 2,4 pontos base para 3,075%

Euro cai 0,34% para 1,1062 dólares

Petróleo cai 2,46% para 47,60 dólares por barril, em Londres


Mineiras suportam bolsas europeias

Depois de três sessões consecutivas de quedas, as bolsas europeias voltaram a negociar com sinal verde. O índice europeu Stoxx 600 valorizou 1%, numa sessão em que as empresas mineiras lideraram os ganhos e a banca esteve a recuperar de mínimos de 2011. As praças europeias regressaram assim aos ganhos, depois de terem estado a desvalorizar esta semana, penalizadas pelas preocupações na economia e em torno da banca italiana.

A bolsa portuguesa acompanhou a recuperação das congéneres europeias. O índice PSI-20 somou 1,21%, suportada pelas valorizações das acções da energia. A EDP foi uma das cotadas que mais subiu na praça lisboeta. Avançou 3,34% para 2,753 euros, a recuperar das descidas recentes. Já a Galp ganhou 1,64% para 12,10 euros. Na banca, O BCP somou 1,71% para 0,0178 euros, a acompanhar a subida do sector.

Juros voltam a agravar-se

Apesar da recuperação nas bolsas europeias, as taxas cobradas pelos investidores para investir em dívida nacional voltou a aumentar. A "yield" a dez anos de Portugal aumentou 2,4 pontos base para 3,075%, com os investidores a continuarem a evitar os activos de maior risco na sequência do Brexit. Já as "bunds" alemãs subiram, mas muito menos. Avançaram 0,6 pontos base para -0,170%, colocando o "spread" face à dívida nacional em 324,34 pontos.

Euribor mantêm-se inalteradas nos prazos curtos

As euribor mantiveram-se inalteradas nos principais prazos. Mas a taxa a 12 meses atingiu um novo mínimo histórico, ao descer pelo quarto dia consecutivo para -0,063%. Já a taxa a seis meses, que é utilizada como indexante em mais de metade dos créditos à habitação em Portugal, manteve-se no mínimo histórico de -0,189%. A euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril, ficou inalterada nos -0,293%, também um mínimo histórico. No prazo a nove meses, a euribor manteve-se nos -0,129%.

Libra mantém-se em 1985

A moeda britânica mantém-se a negociar em mínimos de 1985. Ainda assim, a libra estabilizou esta quinta-feira, 7 de Julho, depois de ter caído 2,7% face ao dólar na última sessão, num momento em que os investidores continuam a descontar na divisa os receios em relação ao impacto do Brexit na economia do Reino Unido. A moeda segue praticamente inalterada em 1,2935 dólares, depois de ontem ter tocado nos 1,2798 dólares, o valor mais baixo desde 31 anos.

Petróleo inverte para terreno negativo com dados das reservas

Os preços do petróleo estiveram a valorizar esta quinta-feira, mas inverteram a tendência positiva com a publicação dos dados semanais das reservas dos Estados Unidos. Os "stocks" de combustíveis recuaram, mas menos do que o esperado, o que penalizou o sentimento dos investidores. De acordo com o Departamento de Energia norte-americano, as reservas de crude diminuíram em 2,2 milhões de barris, quando os analistas consultados pela Bloomberg antecipavam uma queda de 2,5 milhões de barris. O West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, cede 2,53% para os 46,23 dólares por barril, enquanto o Brent, negociado em Londres, perde 2,48% para os 47,59 dólares por barril. 

Ouro corrige de máximos

O metal precioso segue a corrigir, depois de ter estado a negociar em máximos de Março de 2014 nos últimos dias. O ouro desce 0,53% para 1.356,50 dólares por onça, numa sessão em que os activos de risco estão a recuperar, depois da correcção registada nos últimos dias. O ouro tem sido um dos activos mais favorecidos pelo resultado do referendo britânico, com os investidores a procurarem refúgio no metal amarelo.

Destaques do dia

 

Bruxelas: "Sanção zero a Portugal é possível". Portugal não cumpriu as metas orçamentais a que se comprometera. O processo que pode levar a multas foi desencadeado. Mas evitar sanções é possível, diz Bruxelas. Bola está nas mãos do Governo de António Costa.

 

France Télécom pode ser julgada por onda de suicídios em 2008. Mais de 30 funcionários da France Télécom cometeram suicídio entre 2008 e 2009. A Procuradoria de Paris quer agora que a empresa e o seu antigo CEO sejam julgados por assédio moral.

 

Ex-corretores do Barclays condenados até seis anos de cadeia. Os antigos profissionais do Barclays acusados no caso de manipulação da libor foram condenadas com penas até seis anos, mas apenas terão de cumprir metade do tempo na prisão.

 

Mau desempenho no último ano de Passos abre caminho a sanções. A Comissão Europeia considera que Portugal não fez o esforço suficiente para fechar o Procedimento dos Défices Excessivos em 2015. As contas estavam bem até 2014, mas descarrilaram depois. Tem início o processo sancionatório ao país.

 

Estado da Nação: Costa promete mobilizar "todos os recursos" para que não haja sanções. O debate do Estado da Nação começa exactamente à mesma hora que, em Bruxelas, a Comissão Europeia anuncia as sanções que vai propor para Portugal e Espanha. Esse será um dos temas incontornáveis da discussão. A Caixa deve ser outro.

 

Accionistas do BES ficam sem nada com relatório da Deloitte. Se o BES tivesse ido para liquidação, os credores subordinados não iriam receber nada da massa liquidatária, segundo a Deloitte. Os accionistas estão abaixo dos detentores de dívida subordinada na hierarquia, logo também não teriam nada a receber do Fundo de Resolução.

 

Artur Santos Silva diz que eventuais sanções a Portugal são "absurdas". O chairman do BPI criticou a possibilidade de Portugal vir a sofrer sanções. "Acho inimaginável", referiu o responsável que elogiou o trabalho feito por Portugal nos últimos anos.

 

Portugal entre os países com pior qualidade do emprego. Dados da OCDE mostram que a qualidade do emprego em Portugal está entre as mais baixas entre os 34 países analisados pela instituição.

 

Esquerda estraga planos do PSD para audições no inquérito à CGD. O PSD queria ouvir Mário Centeno, Carlos Costa e José de Matos antes das férias parlamentares. A esquerda dificultou. O PSD vai insistir. Os partidos têm até 14 de Julho para apresentar documentos.

 

Impasse nas negociações para recapitalizar banca em Itália. Segundo fontes próximas das negociações, citadas pela Bloomberg, Itália e a Comissão Europeia ainda estão muito longe de chegar a um acordo "porque a sua interpretação das regras difere".

 

Libra em mínimos de 1985. Quem ganha e quem perde? A saída do Reino Unido da União Europeia levou a libra a afundar para o valor mais baixo em 31 anos. Uma tendência que penaliza os consumidores britânicos, mas também o turismo português. Já o Banco de Inglaterra vê um maior ímpeto à inflação.

 

Investidores do BES sem certezas quanto a prazos dos processos judiciais. A CMVM fez um esclarecimento a indicar que não há forma de calcular quando haverá decisões judiciais em relação ao BES, incluindo o papel comercial. Cada caso é um caso, assinala o regulador.

 

Pharol duplica de valor em bolsa em duas semanas. As acções da accionista da Oi recuperaram 140% desde os mínimos registados quando a operadora brasileira pediu recuperação judicial.

 

Regulador brasileiro abre duas investigações à fusão entre PT e Oi. A operação de fusão anunciada em 2013, que iria criar o "operador de telecomunicações líder gerido por Zeinal Bava como CEO", está a ser averiguada pela brasileira Comissão do Mercado de Valores.

 

 

 

O que vai acontecer amanhã

 

Dados do INE. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica o Inquérito de Conjuntura ao Investimento, no primeiro semestre, e também o índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria, em Maio.

 

Revisões de "ratings". Para esta sexta-feira estão agendadas algumas revisões de "ratings". A Moody’s pode rever a notação da União Europeia, a S&P a da Alemanha e a DBRS a do Reino Unido.

 

Desemprego nos EUA. Do outro lado do Atlântico será conhecida a taxa de desemprego, em Junho. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipam que esta tenha subido para 4,8% face aos 4,7% do mês anterior.

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