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Fecho dos mercados: Bolsas europeias voltam às quedas, euro e petróleo recuam

As bolsas europeias terminaram a sessão em terreno negativo. A penalizar o sentimento dos investidores esteve a forte desvalorização da Volkswagen que contagiou negativamente o sector automóvel. Também as declarações de responsáveis da Reserva Federal dos EUA de que o banco central deveria subir os juros ainda este ano contribuíram para este desempenho. A sessão foi também de perdas para o euro e para o petróleo, em ambos os mercados de referência.

Bloomberg
22 de Setembro de 2015 às 17:23
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Os mercados em números


PSI-20 caiu 2,40% para 5.011,14 pontos

Stoxx 600 desceu 3,12% para 346,67 pontos

S&P 500 desvaloriza 1,63% para 1.934,84 pontos

"Yield 10 anos de Portugal subiu 2,1 pontos base para 2,602%

Euro recua 0,55% para 1,1128 dólares

Petróleo desce 1,37% para 48,23 dólares por barril em Londres

 

Sector automóvel deprime bolsas europeias

 

Depois de terem iniciado a semana em alta, as principais praças europeias voltaram às quedas, esta terça-feira. O índice de referência do Velho Continente, o Stoxx 600, depreciou 3,12% para os 346,67 pontos, num dia em que o alemão Dax protagonizou a queda mais expressiva: cedeu 3,80% para os 9.570,66 pontos. A penalizar o índice germânico esteve a Volkswagen que, depois de ter cedido quase 19% na última sessão, recuou 19,82% para os 106 euros. A construtora automóvel continua a ser penalizada pelas notícias em torno da manipulação que efectuou nos testes às emissões tóxicas de veículos a diesel nos EUA. Estes receios levaram o sector automóvel europeu a registar a maior queda em bolsa desde 2011.

 

A praça portuguesa não foi excepção numa sessão marcada pelas quedas. O PSI-20 desvalorizou 2,40% para os 5.011,14 pontos, com 17 cotadas em queda e uma inalterada. A banca destacou-se com o BPI a liderar as quedas. O banco cedeu 4,31% para os 0,91 euros, no dia em que a Standard & Poor’s anunciou que manteve a perspectiva para o "rating" do banco em "negativa". Já o BCP, que viu a mesma agência de notação financeira melhorar o "Outlook" de "estável" para "positivo", caiu 2,60% para os 0,0487 euros. Nota negativa ainda para a Semapa que desceu 5,70% para os 11,175 euros e para a Pharol que desvalorizou 4,29% para os 0,268 euros.

 

Juros da dívida portuguesa em alta


Os investidores voltaram a exigir, esta terça-feira, juros mais altos para apostar na dívida portuguesa, com o agravamento a ser mais expressivo nos prazos mais longos. Na maturidade de referência a 10 anos, a "yield" subiu 2,1 pontos base para 2,602%, depois de na segunda-feira ter chegado a negociar abaixo de 2,5% no início da sessão. No final da semana passada, a Standard & Poor’s subiu o "rating" da dívida portuguesa de "BB" para "BB+". A tendência de subida não foi partilhada pela dívida dos restantes países da periferia e também pela dívida alemã que viu os seus juros diminuírem, o que levou o diferencial da dívida nacional face à germânica a situar-se nos 201,15 pontos.

 

Euribor fixa mínimos históricos em todos os prazos


As taxas Euribor desceram em todos os prazos, tendo atingido novos mínimos históricos. A Euribor a três meses, que assume valores negativos desde Abril, caiu para -0,039%, o valor mais baixo de sempre. Já a taxa a seis meses, o principal indexante no crédito à habitação em Portugal, desceu para 0,034%. A Euribor a nove meses desceu para 0,085%, enquanto a taxa a doze meses fixou-se nos 0,150%.

 

Reseva Federal anima dólar


A moeda norte-americana voltou, esta terça-feira, a ganhar terreno face ao euro, tendo mesmo atingido o valor mais elevado em quase duas semanas. A justificar este desempenho estiveram as declarações de vários membros da Reserva Federal dos EUA de que a economia norte-americana está forte o suficiente para justificar uma subida dos juros ainda este ano. O dólar sobe faca a 14 das 16 moedas mais negociadas. O euro cede 0,55% para os 1,1128 dólares.

 

Irão leva petróleo a cair mais de 2% em Nova Iorque


Depois da recuperação de segunda-feira, o petróleo voltou às quedas, em ambos os mercados de referência. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) deprecia 2,29% para os 45,61 dólares por barril. Em Londres, o Brent, que serve de referência às importações portuguesas, desvaloriza 1,37% para os 48,23 dólares por barril.

 

Estas quedas registam-se depois de o Irão ter anunciado que fez progressos no processo de levantamento das sanções impostas ao país. A suspensão gradual das sanções faz parte do acordo alcançado, em Julho, entre o Irão e seis outras potências mundiais (EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Rússia e China) em torno do programa nuclear iraniano. O fim destas sanções deverá levar o país a elevar as suas exportações de petróleo, contribuindo para aumentar o excesso de oferta no mercado e, consequentemente, pressionar os preços.

 

Receios em torno da China penalizam cobre


A China voltou a justificar o desempenho negativo do cobre, que liderou as quedas entre os metais industriais. O Banco de Desenvolvimento Asiático cortou as suas estimativas para o crescimento da China. Um anúncio que acentuou os receios dos investidores de que este país venha a diminuir a procura por matérias-primas, nomeadamente metais, dos quais é um dos maiores consumidores do mundo. O cobre para entrega a três meses desce mais de 2% para os 5.122,50 dólares por tonelada métrica. Já o zinco cede para o valor mais baixo desde Junho de 2010.

 

Destaques do dia

 

Regulador brasileiro está a analisar pedido de reavaliação da fusão Oi/PTO regulador do mercado financeiro brasileiro (CVM) está a analisar o pedido da reavaliação da fusão entre a Oi e PT, hoje Pharol, feito pelo accionista brasileiro Polo Capital. A gestora alega que a renegociação do negócio no seguimento do caso Rioforte beneficiou apenas os controladores da Oi.

 

S&P melhora perspectiva do BCP e CGD e eleva "rating" do Santander TottaA agência de notação financeira melhorou a perspectiva do banco estatal e do BCP, apontando assim para a possibilidade de rever em alta o "rating" dos dois bancos. Já o Santander Totta viu mesmo a sua notação aumentar. A decisão surge dias depois da S&P ter elevado o "rating" de Portugal.

 

Merkel pede "transparência total" à VolkswagenA chanceler alemã, Angela Merkel, pediu hoje ao construtor automóvel Volkswagen que garanta "transparência total" no caso da manipulação das emissões poluentes nos veículos.

 

Passos afirma que "cofre está apetrechado" em caso de volatilidade do mercadoO presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou esta terça-feira que Portugal tem o "cofre devidamente apetrechado" para pagar os empréstimos aos credores, mesmo em caso de volatilidades do mercado.

 

Volkswagen volta a afundar e já perde mais de 23 mil milhões de euros em dois diasAs acções da Volkswagen voltaram a afundar, chegando a deslizar mais de 20%, depois de ter admitido que 11 milhões de veículos em todo o mundo estão afectados pelo problema relacionado com emissão de poluentes.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Banco de Portugal. Sinopse de Actividades de Supervisão Comportamental.

 

EUA. Administração de Informação de Energia dos EUA publica relatório sobre reservas petrolíferas.

 

Zona Euro. Índice PMI da Markit, em Setembro [anterior: 54,3 pontos; estimativa: 54 pontos].

 

Alemanha. Índice PMI da Markit [anterior 55, pontos; estimativa: 54,6 pontos].

 

INE. Contas nacionais, em 2013 e Procedimento dos Défices Excessivos, em 2015.

 

INE. Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação, em Agosto.

 

BCE. Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, participa na comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu. 

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