Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,62% para 5.710,92 pontos

Stoxx 600 deslizou 0,17% para 398,75 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,08% para 2.096,36 pontos

Yield 10 anos de Portugal inalterado nos 2,399%

Euro avança 0,02% para 1,0953 dólares

Petróleo sobe 1,03% para 50,03 dólares por barril em Londres

Bolsa alemã escapa às quedas das congéneres europeias

A maioria das principais bolsas europeias encerrou em queda esta terça-feira. Esta foi mais uma sessão marcada pelos desempenhos negativos no índice grego FTASE que, após a queda de 16% na segunda-feira, desvalorizou agora 3,61% para 194,45 pontos. Desempenhos seguidos pelo italiano FTSE MIB e pelo espanhol IBEX 35 que perderam, respectivamente, 1,02% para 23.473,25 pontos e 1,02% para 11.150,5 pontos. Esta tendência foi apenas contrariada pelo alemão DAX. O índice fechou a subir 0,11% para 11.456,07 pontos.

Por cá, o PSI-20 seguiu os desempenhos negativos, ao cair 0,62% para 5.710,92 pontos. A pressionar o principal índice de Lisboa esteve o BCP, com uma queda de 2,90% para 0,067 euros, num dia em que negociou em mínimos de Fevereiro. Ainda na banca nacional, o BPI deslizou 1,92% para 1,022 euros e o Banif desceu 4,84% para 0,0059 euros. Mas com um forte pendor negativo na bolsa nacional esteve também a EDP Renováveis, cujos títulos desvalorizaram 0,29% para 3,385 euros.

Juros da dívida sem tendência definida
Após a subida registada na segunda-feira, os juros da dívida soberana portuguesa registaram desempenhos mistos nesta sessão. Oscilações muito ligeiras, sendo que a taxa de juro das obrigações a 10 anos ficou inalterada nos 2,399%. Mas chegou a tocar nos 2,356%, o que representa o valor mais baixo desde 22 de Maio. Já a "yield" de Espanha recuou 0,2% pontos para 1,939%, ao passo que a taxa de Itália subiu 0,1 pontos para 1,773%. Por fim, a taxa da dívida alemã na mesma maturidade avançou 1,0% pontos para 0,638%, o que levou o "spread" de Portugal a cair para 176 pontos.

Euribor a seis meses volta ao mínimo histórico

As taxas Euribor registaram uma tendência mista esta terça-feira. A seis meses, aquele que é o principais indexante ao crédito à habitação em Portugal caiu de 0,049% para 0,048%, o actual mínimo histórico, registado pela primeira vez a 2 de Junho. Tendência também registada pela Euribor a 12 meses, que caiu de 0,166% para 0,164%. Já a Euribor a três meses manteve-se inalterada em -0,023%, o valor mais baixo de sempre.

Queda generalizada do dólar impulsiona euro
O dólar voltou às quedas esta terça-feira. Após ter atingido um máximo de quatro meses na última sessão, o índice da Bloomberg, que segue o desempenho da moeda norte-americana face às principais congéneres, recua agora 0,16% para 1.209,77 pontos. Numa sessão em que começou a ser penalizado pela forte valorização do dólar australiano, a moeda os EUA segue agora a perder face a quase todas as principais grandes moedas mundiais. Uma tendência também registada face ao euro, que valoriza agora 0,02% para 1,0953 dólares.

Brent volta a negociar acima dos 50 dólares
Após ter encerrado na segunda-feira abaixo dos 50 dólares, o preço de cada barril de Brent voltou a superar essa fasquia durante esta sessão. Negociado em Londres, o Brent avança 1,03% para 50,03 dólares por barril, ao passo que o WTI, em Nova Iorque, valoriza 2,01% para 46,08 dólares. Esta é uma recuperação da tendência que tem sido registada nas últimas semanas, graças ao abrandamento da economia chinesa e da entrada de mais petróleo do Irão no mercado, após o acordo nuclear que inclui o levantamento das sanções impostas ao país.

Platina cai para mínimo de seis anos
A matéria-prima caiu esta terça-feira, o que acontece pela terceira sessão consecutiva. Desta feita, a platina recuou 1,02% para 957,2 dólares por onça. Mas chegou a negociar nos 945,4 dólares, o que representa o valor mais baixo desde Janeiro de 2009, segundo a Bloomberg. Uma tendência que já vem sendo registada há vários meses, com a recuperação da produção na África do Sul, o abrandamento da economia chinesa e a perspectiva cada vez mais forte de que os EUA estarão prestes a subir os juros.

Destaques do dia

Português António Simões eleito CEO do HSBC para o Reino Unido e Europa. O maior banco da Europa vai passar a ser liderado por um português. António Simões, que já lidera o HSBC no Reino Unido, assume as novas funções de presidente executivo do HSBC Bank e HSBC Europe a partir de 1 de Setembro.

Bolsa grega cai mais de 6% na segunda sessão após voltar a negociar. Depois de ter afundado mais de 16% na sessão de ontem, a bolsa grega continua em terreno negativo, com uma desvalorização de 6,5%. Os bancos continuam a pressionar a bolsa, com perdas de quase 30%.

Atenas quer aprovar novo memorando no parlamento em dez dias. O governo grego espera aprovar no parlamento em 18 de Agosto o memorando que prometerá cumprir a troco de um terceiro resgate dos europeus. Depois das pensões, banca e privatizações estão hoje na agenda das negociações.

Controlo de capitais vai continuar a asfixiar acções gregas. A bolsa de Atenas encerrou a perder 16% na primeira sessão em que negociou após a suspensão devido ao controlo de capitais. Os analistas antecipam a continuação das quedas, especialmente no sector da banca.

BCE já tem um quinto das obrigações nacionais. A instituição monetária comprou em Julho 1.160 milhões de euros em dívida portuguesa. Desta forma, o BCE tem agora 20% de todas as obrigações nacionais. Isto no mês em que estreou-se a comprar de dívida do Chipre.

Galp inicia produção na área de Iracema Norte no pré-sal do Brasil. A produção comercial teve início com a entrada em operação do navio-plataforma FPSO Cidade de Itaguaí. O petróleo nesta área é de "elevada qualidade" e até final do primeiro semestre de 2016 mais duas plataformas deverão começar a produzir.

O que vai acontecer amanhã

Emprego em Portugal. O Instituto Nacional de Estatística divulga a evolução do empego em Portugal, ao longo do segundo trimestre.

Assembleia do Montepio. Realiza-se uma assembleia geral extraordinária de accionistas da Caixa Económica Montepio Geral.

Reunião do BCE. Os responsáveis do Conselho do BCE têm agendada uma reunião não monetária. 

Balança comercial nos EUA. São publicados os dados da balança comercial nos EUA, relativos a Junho, estando previsto um alargamento do défice para 42,50 mil milhões de dólares.