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Bolsa grega atenua perdas mas banca volta a cair 30%
Numa sessão em que chegou a desvalorizar mais de 6,5%, a bolsa grega acabou o dia a deslizar pouco mais de 3,5%. O sector financeiro helénico, com perdas próxima dos 30%, voltou a penalizar a bolsa grega naquele que foi o segundo dia de negociações após cinco semanas de encerramento.
O principal índice bolsista grego, o FTASE, encerrou a sessão desta terça-feira, 4 de Agosto, a recuar 3,61%. Depois de ter chegado a desvalorizar mais de 6,5%, a bolsa helénica conseguiu assim atenuar as perdas. Isto depois de ontem, naquela que foi a primeira sessão após cinco semanas de encerramento decretado pelas autoridades do país, o principal índice grego ter afundado mais de 16%, a maior queda 1987.
O sector da banca voltou a penalizar de forma mais acentuada a praça helénica, acumulando perdas próximas dos 30%. O índice que mede a evolução dos bancos gregos, o FTSE Athex Banks desvalorizou 29,84%. O Piraeus Bank caiu 30%, o Eurobank afundou 29,70%, o Alpha Bank cedeu 29,65%, o National Bank of Greece deslizou 28,45% enquanto o Attica Bank recuou 29,53.
Quando os títulos estão a afundar 30%, o regulador impõe a automática suspensão das transacções dessas mesmas cotadas. Esta segunda-feira, o regulador do sector determinou a suspensão de negociação bolsista de 58 cotadas, entres as quais se contavam os maiores bancos do país.
Desde 2007, os títulos accionistas gregos desvalorizaram mais de 85%. Um exemplo é o National Bank of Greece, cuja valorização bolsista passou ontem a ser menor do que a da sua filial turca, o Finansbank.
A desconfiança dos investidores face às acções gregas manteve-se esta terça-feira, dia em que surgiu a notícia de que as autoridades helénicas acreditam poder chegar a acordo com as instituições credoras até ao dia 18 de Agosto. Olga Gerovasili, porta-voz do governo helénico, disse que a primeira fase das conversações entre Atenas e os credores terminou hoje, tendo agora início a segunda fase que a própria revelou irá tratar dos detalhes sobre um eventual acordo que permita conceder um resgate em torno dos 86 mil milhões de euros a Atenas.