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Fecho dos mercados: Bolsas e petróleo caem, ouro ganha brilho

A primeira sessão da semana ficou marcada pelo desempenho negativo das principais praças europeias. Uma tendência à qual a bolsa de Lisboa não escapou. Negativo é também o desempenho do petróleo, num dia em que o ouro ganhou terreno.

Bloomberg
25 de Abril de 2016 às 17:27
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,59% para 5.067,62 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,51% para 346,68 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,55% para 2.080,11 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal subiu 0,9 pontos base para 3,303%

Euro avança 0,42% para 1,1269 dólares

Petróleo recua 1,39% para 43,12 dólares por barril em Nova Iorque

 

Produtoras de matérias-primas ditam terceira queda das bolsas europeias

Depois de terem iniciado a negociação em alta, as principais praças europeias terminaram a sessão em terreno negativo. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, cedeu 0,51% e completou três dias no "vermelho". A penalizar o sentimento dos investidores estiveram as perdas das cotadas relacionadas com as matérias-primas e as energéticas, num dia de quedas para o petróleo. Além disso, o dado pior do que o esperado relativo à confiança dos empresários alemães também contribuiu para o pessimismo.

 

Em Lisboa, e apesar do feriado nacional, o mercado accionista esteve a transaccionar. Trocaram de mãos 238,7 milhões de acções, o que compara com os 504,7 milhões de títulos negociados em média diariamente nos últimos seis meses. O PSI-20 cedeu 0,59% para 5.067,62 pontos, também "castigado" pelos títulos do sector da energia. A EDP Renováveis caiu 1,21% para os 6,80 euros, enquanto a Galp Energia desvalorizou 1,53% para os 11,895 euros, no dia em que o Haitong subiu a avaliação das acções da petrolífera de 10,60 euros para 11,20 euros, mantendo a recomendação de "neutral". Nota positiva para o BCP, que somou 0,99% para os 0,0408 euros, na sessão em que foi anunciado que a escritura de fusão do Millennium Angola e do Privado Atlântico foi autorizada, pelo que o banco liderado por Nuno Amado pode, agora, avançar com devolução de parte da ajuda pública que ainda falta pagar.

 

Juros da dívida com tendência indefinida

Numa sessão marcada pelo feriado em Portugal, os juros da dívida pública nacional registaram uma tendência indefinida, tendo desvalorizado nos prazos curtos e apreciado nas maturidades mais longas. A dívida a dois anos cedeu 4,7 pontos-base para os 0,661%, enquanto na maturidade de referência, a 10 anos, os juros subiram 0,9 pontos-base para os 3,303%. A dívida alemã, no mesmo prazo, subiu 3,3 pontos-base para os 0,264%, o que colocou o diferencial da dívida portuguesa face à germânica nos 303,9 pontos.

 

Euribor a seis meses fixa novo mínimo histórico

As taxas interbancárias iniciaram a semana em queda, em todos os prazos. Mas o principal destaque vai para a taxa a seis meses que, segundo os últimos dados do Banco de Portugal, é a referência em mais de metade dos créditos à habitação. A taxa caiu para o valor mais baixo de sempre, nos -0,144%. Já a taxa a três meses caiu para -0,250%, aproximando-se do mínimo histórico de -0,251%. Quanto à taxa a 12 meses, recuou para -0,013%, ainda acima do mínimo histórico de -0,028%, fixado no passado dia 4 de Março. A Euribor a nove meses caiu de -0,076% para -0,078%. Tocou no valor mais baixo de sempre (-0,084%) a 10 de Março. 

 

Iene recupera de mínimos de três semanas

O iene ganhou terreno esta segunda-feira, tendo valorizado face a todas as principais divisas negociadas. Face ao dólar, a moeda nipónica recuperou dos mínimos de três semanas, tendo somado 0,6% para 0,09001 dólares, sendo que um dólar vale 11,099 ienes. A moeda recupera, assim, da queda superior a 2% registada a 22 de Abril, depois de a Bloomberg ter avançado que o Banco do Japão poderia considerar contribuir para o financiamento dos bancos oferecendo uma taxa de juro negativa em alguns créditos. Este desempenho surge, assim, numa altura em que os investidores estão na expectativa em relação à reunião de política monetária, cuja decisão será conhecida esta quinta-feira, 28 de Abril.

 

Petróleo cai após quatro dias de ganhos em Nova Iorque

Os preços do petróleo seguem a negociar em queda, em ambos os mercados de referência. Em Nova Iorque, após quatro dias de ganhos que levaram a matéria-prima a máximos de cinco meses, o West Texas Intermediate (WTI) deprecia 1,39% para os 43,12 dólares por barril. Já em Londres, o Brent, que serve de referência às importações portuguesas, cede 0,71% para os 44,79 dólares por barril. A penalizar o desempenho do "ouro negro" está a expectativa de que o excesso de oferta no mercado se prolongue, isto numa altura em que os produtores do Médio Oriente aumentaram as reservas. O Kuwait pretende aumentar a produção para mais de três milhões de barris por dia nos próximos meses, duplicando a oferta.  Já o Irão elevou a produção em um milhão de barris por dia desde que as sanções foram levantadas em Janeiro.

 

Ouro ganha brilho com a queda dos outros activos

Num dia marcado pela desvalorização dos principais mercados accionistas mundiais e do petróleo perante um excesso de oferta no mercado, o ouro ganhou brilho, animado pelo seu estatuto de activo de refúgio em contextos de turbulência. Além disso, a queda do dólar face à maioria das principais moedas negociadas também contribui para este desempenho da matéria-prima que é denominada na moeda norte-americana. O ouro soma 0,55% para os 1.239,87 dólares por onça, depois de já ter chegado a avançar 0,76% esta sessão.

 

Destaques do dia:

Telepizza deve chegar à bolsa quarta-feira a valer 7,75 euros por título. O regresso à bolsa, nove anos depois, coze-se em lume brando nos últimos dias, com a definição do intervalo de cotação. Na quarta-feira, 27 de Abril, deve chegar à mesa dos investidores institucionais, que ficam com a maior fatia: até 74,1%.

 

Bimbo vende marca Panrico e fábrica em Portugal à Adam Foods. A Bimbo chegou a acordo com o grupo ibérico Adam Foods para vender a marca Panrico bem como as unidades de produção em Portugal e nas Canárias.

 

Concorrência espanhola abre investigação a 11 tecnológicas por suspeitas de cartel. A investigação foi desencadeada depois de informação fornecida pelo Fisco e obtida em buscas nas sedes das empresas. Inicia-se agora um período de 18 meses para que o processo seja instruído e deliberado pela CNMC.

 

Arábia Saudita estima avaliação da Saudi Aramco acima dos 2 biliões de dólares. A venda de parte da posição da empresa faz parte do plano "Saudi Vision 2030". Neste plano estão incluídas medidas que serão levadas a cabo pela Arábia Saudita para reduzir a dependência da economia ao petróleo.

 

Partidos disponíveis para o consenso, pelo menos nas palavras. Todos responderam à chamada de Marcelo Rebelo de Sousa, que na intervenção do 25 de Abril pediu consensos de regime. Mas os caminhos para lá chegar devem continuar a ser feitos ao ritmo de cada partido.

 

Marcelo: "Troquemos as emoções pelo bom senso". O Presidente da República defendeu esta segunda-feira, 25 de Abril, que são possíveis consensos sectoriais e que o seu mandato está acima dos partidos.

Oi negoceia reestruturação da dívida com Moelis
. A brasileira Oi celebrou um acordo com a norte-americana Moelis & Company que vai assessorar a negociação com o grupo de credores de dívida da Oi. O objectivo é facilitar o processo de reestruturação da dívida.

Haitong prevê lucro trimestral de 46 milhões para Portucel. O Haitong estima que a papeleira apresente um "conjunto de resultados fortes suportados pela elevada produção de pasta, por preços do papel estáveis e melhoria das margens do [papel] tissue".

 

Haitong sobe avaliação da Galp Energia em 6% para 11,20 euros. O banco de investimento reviu em alta o preço-alvo da petrolífera para 11,20 euros e reiterou a recomendação de "neutral", tendo em conta o potencial de queda que vê nas acções.

 

Fusão do Millennium Angola com Privado Atlântico avança. A escritura de fusão do Millennium Angola e do Privado Atlântico foi autorizada. Nasce o Millennium Altântico. BCP pode, agora, avançar com devolução de parte da ajuda pública que ainda falta pagar.

 

 

O que vai acontecer amanhã:

Resultados nos EUA. A Apple, o Twitter e o Ebay apresentam, esta terça-feira, as contas dos primeiros três meses do ano.

 

Resultados em Portugal. A Nos dá o "pontapé de saída" na época de apresentação de resultados do primeiro trimestre na bolsa nacional.

 

Mercado imobiliário. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica o inquérito à avaliação bancária, relativo a Março.

 

Dados nos EUA. Serão conhecidos, esta terça-feira, vários indicadores relevantes na maior economia do mundo: as encomendas de bens duradouros, relativas a Março, o índice S&P/Case-Shiller de preços na habitação, referente a Fevereiro e o índice de confiança dos consumidores, relativo a Abril.

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