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Fecho dos mercados: Vítimas do vírus disparam e bolsas sofrem. Petróleo perde pela quinta semana

O sentimento foi negativo um pouco por toda a Europa, numa altura em que o coronavírus aumenta o número de vítimas e os dados económicos não animam. O petróleo também sofre com este surto e com a resistência da Rússia em aplicar cortes na produção.

Bloomberg
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,05% para os 5289,93 pontos
Stoxx 600 cedeu 0,27% para os 427,32 pontos
S&P 500 recua 0,21% para os 3.338,70 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 02,2 pontos base para os 0,311%
Euro desce 0,17% para os 1,0964 dólares
Petróleo em Londres desvaloriza 0,82% para os 54,48 dólares por barril


Europa inverte após ganhos de quatro dias
 

Na Europa, as bolsas também descem após o índice de referência ter atingido máximos históricos na sessão de ontem. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desceu 0,27% para os 427,32 pontos, refletindo as quedas de setores como o automóvel e das matérias primas. 

"A pesar nas ações do Velho Continente estiveram novamente os receios em relação à epidemia do coronavírus e os dados económicos algo dececionantes", resumem os analistas do CaixabankBPI no comentário de fecho. O sentimento negativo pesa numa altura em que os impactos económicos do coronavírus se afiguram mais significativos do que o inicialmente esperado. No globo, já estão registados 31.432 casos, após uma subida abrupta de 3000 num só dia. As mortes ascendem às 638.

A influenciar de forma negativa as bolsas europeias estão ainda os dados económicos revelados esta manhã: a produção industrial alemã caiu 3,5% em dezembro - a maior descida desde a crise financeira - e em França a queda foi de 2,8%, acima do esperado.

A bolsa nacional fechou em contraciclo com o Velho Continente, embora com um ganho muito ligeiro de 0,05% para os 5289,93 pontos. A "salvar" esteve o grupo EDP.

Juros aliviam pela segunda sessão

Os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviaram pela segunda sessão consecutiva, acolhendo a "debandada" de investidores que migram do mercado de ações para o obrigacionista. Os juros desceram 2,2 pontos base para os 0,311%, numa tendência semelhante à da Alemanha, onde a taxa remuneratória da díivida com a mesma maturidade recua 1,5 pontos base para os -0,386%. Desta forma, o prémio da dívida portuguesa face à germânica é de 69,7 pontos base.

Euro perde há cinco sessões

A moeda única europeia está a perder 0,17% para os 1,0964 dólares, nesta que é a quinta sessão consecutiva no vermelho. Já chegou mesmo a tocar um mínimo de 8 de outubro de 2019. Sem surpresas, a semana apresenta um saldo negativo, de 1,15%.

A pressionar o euro face ao dólar estão os dados do emprego nos Estados Unidos, os quais superaram as expectativas e dão força à divisa norte-americana.

Petróleo caminha para quinta semana de perdas

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, está a desvalorizar 0,82% para os 54,48 dólares, numa tendência negativa, o mesmo cenário que se verifica no acumulado da semana. A matéria-prima, desde segunda-feira, desvalorizou 6,41% para os 54,43 dólares, repetindo o registo negativo das últimas quatro semanas.

A pesar sobre o "ouro negro" têm estado os receios quanto a propagação do coronavírus e o impacto que este poderá ter nas economias e, consequente, na procura pela matéria-prima, em particular da parte da China, onde surgiu o surto. Esta semana os investidores recuperaram a esperança face à reunião convocada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os respetivos aliados, a OPEP+. Contudo, estas esperanças desvaneceram-se depois de a Rússia, líder entre os países aliados da OPEP, se ter oposto à intenção da Arábia Saudita de cortar a produção para controlar os preços. A decisão final fica para a próxima semana e, para já, o sentimento é negativo.

Ouro soma pela terceira sessão

O ouro segue no verde numa altura em que os receios exacerbados em relação ao coronavírus impelem os investidores a apostarem neste ativo refúgio, abandonando as praças acionistas. O ouro soma 0,38% para os 1.572,57 pontos, naquela que é a terceira sessão de ganhos para o metal. Apesar disso, o saldo da semana é negativo em mais de 1%.

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