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Fecho dos mercados: Trump pressiona bolsas e impulsiona euro. Itália agrava juros

As principais praças europeias fecharam em terreno negativo com o sector automóvel a penalizar face ao receio de que os EUA agravem as tarifas aos automóveis europeus. Críticas de Trump à Fed penalizam dólar e petróleo enquanto a instabilidade em Itália colocou os juros em alta.

Reuters
20 de Julho de 2018 às 17:38
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,22% para 5.605,51 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,15% para 385,62 pontos

S&P 500 ganha 0,09% para 2.806,91 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos crescem 2,4 pontos base para 1,777%

Euro sobe 0,57% para 1,1708 dólares

Petróleo em Londres aprecia 0,43% para 72,89 dólares por barril

Perdas do sector automóvel põem bolsas europeias no vermelho

As principais bolsas europeias fecharam em terreno negativo pelo segundo dia seguido pressionadas sobretudo pelas quedas registadas no sector automóvel e também nas matérias-primas.

 

As fabricantes de automóveis europeias foram penalizadas pelo receio dos investidores quanto à possibilidade de concretização da ameaça de Donald Trump reforçar as taxas aduaneiras sobre os automóveis europeus. Isto numa altura em que volta a subir de tom a retórica do presidente norte-americano contra a União Europeia e a China.

 

O índice de referência europeu Stoxx 600 perdeu 0,15% para 385,62 pontos, enquanto o índice português PSI-20 recuou 0,22% para 5.605,51 pontos. A pressionar a praça lisboeta, que recuou pela terceira sessão, esteve o sector do papel com a Altri a cair 1,76% para 8,93 euros, a Semapa a desvalorizar 2,04% para 21,60 euros e a Navigator a perder 1,57% para 5,005 euros.  

 

Juros das dívidas sobem com incerteza em Itália

Os juros associados às obrigações soberanas dos países que integram a Zona Euro subiram esta sexta-feira, num dia em que a incerteza regressou a Itália. A nomeação do novo líder do banco estatal Cassa Depositi e Prestiti (CDP) provocou um choque entre o vice-primeiro-ministro e líder do 5 Estrelas, Luigi Di Maio e o ministro italiano das Finanças, Giovanni Tria.

 

Tria acabou por levar avante a escolha de Fabrizio Palermo para CEO do CDP, com o 5 Estrelas a fazer vingar uma outra nomeação relevante, a de Alessandro Rivera, para director-geral do Tesouro transalpino.

 

Também a provocar tensão no mercado secundário de dívida soberana esteve a notícia do Corriere della Sera que dava conta de que o presidente do comité orçamental da câmara baixa do parlamento italiano, Claudio Borghi, terá afirmado que Itália acabará por sair da Zona Euro, mais cedo ou mais tarde.

 

Assim, a "yield" das obrigações transalpinas cresceu 7,7 pontos base para 2,583%, tendo tocado no valor mais alto desde 16 de Julho. A taxa de juro associada aos títulos soberanos lusos com maturidade a 10 anos seguiu a tendência ao avançar 2,4 pontos base para 1,777%, assim como a "yield" das obrigações espanholas que aumentou 3,2 pontos base para 1,313%.


Também a taxa de juro corresponde às "bunds" germânicas a 10 anos tocou em máximos de 16 de Julho, terminando o dia a crescer 4,2 pontos base para 0,372%.

 

Euribor inalterada em todos os prazos

As taxas Euribor a três, seis, nove e 12 meses permaneceram inalteradas.

 

No prazo a três meses continuou em -0,321%; a seis meses, que é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, permaneceu pela quarta sessão em -0,269%; a nove meses ficou também pelo quinto dia em -0,216%; e, por fim, no prazo a 12 meses fixou-se novamente em -0,179%, valor registado há oito dias seguidos.

 

Euro recupera e libra cai para mínimo de mais de quatro meses

A moeda única europeia valoriza pelo segundo dia seguido, estando a subir 0,57% para 1,1708 dólares. O euro já tocou mesmo em máximos de 17 de Julho contra o dólar, com a moeda dos Estados Unidos a ser penalizada pelas declarações de Donald Trump.

 

O presidente dos EUA criticou a política de aumento gradual dos juros seguida pela Reserva Federal norte-americana e sustentou que um dólar demasiado forte é prejudicial para a maior economia mundial.

 

Já a libra recuou para mínimos de 7 de Março relativamente ao euro numa fase em que regressou a apreensão quanto a um cenário de não acordo sobre o Brexit.

Petróleo a caminho de desvalorização semanal com disputa comercial
O preço do petróleo segue em alta nos mercados internacionais, contudo o crude encaminha-se para fechar a semana com um saldo semanal negativo, o que a confirmar-se será a terceira semana a acumular perdas. A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China tem vindo a subir de tom como é prova a mais recente ameaça de Trump que afiança estar em condições de agravar as taxas alfandegárias sobre todos os bens chineses.

Esta tensão está a tirar peso à garantia da Arábia Saudita de que apesar do programado aumento da produção petrolífera não irá "inundar" o mercado, o que tenderia a baixar os preços. Assim, o Brent do Mar do Norte aprecia 0,43% para 72,89 dólares por barril e o West Texas Intermediate (WTI) ganha 0,46% para 69,78 dólares. 

Ouro com primeira valorização em seis sessões

O metal precioso valoriza 0,74% para 1.228,24 dólares por onça, a primeira subida do ouro em seis sessões. A apoiar a subida desta matéria-prima esteve a desvalorização do dólar que acabou por reforçar o valor enquanto activo de refúgio do ouro.



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